2ª Volta das presidenciais: CADOGO JÚNIOR DECLARA APOIO A ÚMARO SISSOCO EMBALÓ

O candidato independente, Carlos Gomes Júnior (Cadogo) declarou na tarde deste sábado, 30 de novembro de 2019, o seu apoio político ao candidato do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G 15), Úmaro Sissoco Embaló durante a segunda volta das eleições presidenciais agendadas para o próximo dia 29 de dezembro. Gomes Júnior disse acreditar que com o apoio de todos, Úmaro Sissoco Embaló é capaz de resgatar a Guiné-Bissau do estado de conflitualidade e de pobreza acentuada em que se encontra.

Cadogo Júnior, como é conhecido na praça pública concorreu como independente a primeira volta das eleições presidenciais realizadas no passado dia 24 de Novembro e obteve 14.766 (catorze mil e setecentos sessenta e seis) votos correspondentes a 2,66 por cento. A declaração de apoio de Carlos Gomes Júnior ao candidato do MADEM-G15, foi marcada pela assinatura de um acordo político lido por Maria da Concessão Évora, no qual a candidatura de Carlos Gomes Júnior compromete-se a desenvolver ações de campanha política por meio das suas estruturas, a favor do candidato Úmaro Sissoco Embaló.

Segundo o documento, a candidatura de Cadogo Júnior compromete-se igualmente a trabalhar conjuntamente com a directoria da campanha de Sissoco na organização e desenvolvimento de outras tarefas que se revelarem necessárias para a mobilização dos eleitores. O documento informa ainda que a candidatura de Sissoco Embaló responsabiliza-se pelo fornecimento de meios logísticos, materiais e financeiros indispensáveis à realização da campanha eleitoral.

Na sua comunicação, Carlos Gomes Júnior disse que o seu apoio é sem reservas e que o mesmo representa o seu desejo de ver a magistratura suprema entregue a alguém, que no seu entender, pode unir os guineenses para os grandes desafios. Sublinhou neste particular que mais uma vez a sua consciência lhe guiou para apostar em mais um jovem, tal como fez ao longo da sua carreira política.

“Neste momento, o país precisa de se reencontrar e pôr fim às divergências, marcadas por profundas divisões políticas, que chegaram ao ponto de ameaçar a coesão social e familiar! O poder não pode valer tanto”, advertiu o ex-Primeiro-Ministro e antigo líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

“Não preciso provar a minha profunda ligação ao PAIGC, partido que dirigi durante 12 anos, bem como a minha ligação afectiva a todos os seus militantes. Mas todos conhecem a história do meu relacionamento com a actual direcção”, lamentou para de seguida, acrescentar que Umaro Sissoco Embaló é aquele que nas circunstâncias atuais, melhor pode aglutinar sinergias para tirar o país da situação em que se encontra, por isso apela todos os seus apoiantes e ao povo guineense em geral para votarem massivamente no candidato Úmaro Sissoco Embaló.

Por: Assana Sambú
Foto: A.S

OPINIÃO: NÃO HÁ NENHUM DISCURSO SEGREGACIONISTA DE DOMINGOS SIMÕES PEREIRA

A unidade nacional é um dos âmagos dos discursos do DSP. O grau de intelectualidade que possui, muitas vezes, podemos dizer que pode sem intenção ferir os menos entendidos e por ausência de capacidade de compreender o profundo teor de sua oração, se sintam excluídos por mero complexo de inferioridade e o ataquem. Freud deve explicar.

Neste leque de cotovelos ardidos de dor, pode ser que estejam alguns intelectuais degradados da nossa sociedade que por ausência de humildade recusam ver mérito no que poderia ser a sua própria salvação. Peço desculpas se firo alguma susceptibilidade, mas a ausência de inteligência emocional de alguns maduros me surpreende.

Em nenhum dos discursos do candidato Domingos Simões Pereira há indícios de segregação. Dizer o contrário é uma falsa retórica e nem é política. É dar bandeira ao estado de desespero quando se vislumbra no horizonte o fim de uma era tenebrosa para o povo guineense e o início do fim dos saques do erário público.

Se analisarmos, veremos que o próprio capital intelectual juvenil conduz uma massa que dentro e fora do país se empenha contra sistemas que oprimem o povo e esta luta não me parece que vá acabar mesmo depois destas eleições guineenses, seja quem for o vencedor. Os guineenses despertaram, graças a Deus e estão cada dia mais a despertar do sono de décadas.

Não é preciso ter muita substância para constatar que salvo as fraudes dos que realmente ganham a vida à custa dos ciclos de instabilidade não haveria chances de chegarmos à segunda volta.

Aí sim há um discurso perigoso e tribalista. Mas a má notícia para os que remam contra a maré de uma Guiné-Bissau livre que progrida, é que na era em que estamos, já não há lugar para tribalismo. Nô djagassi!

Domingos Simões Pereira será sem dúvida o próximo presidente da Guiné-Bissau 🇬🇼!

Suzana Lopes

BISSAU PALCO DA SEMANA DA INCLUSÃO FINANCEIRA DA UEMOA

O Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) promoveu, esta sexta-feira (29 de Dezembro), uma campanha de sensibilização sobre a Educação Financeira e Protecção do Consumidor

A campanha é no âmbito da segunda edição da semana de inclusão financeira na União Monetária Oeste Africana (UEMOA) que decorreu sob tema “Digitalização ao Serviço da Inclusão Financeira: Desafio para o sector financeiro e os estados-membros da UEMOA”.

A escolha do tema é justificada pelo crescente papel que as inovações tecnológicas têm desempenhado no reforço da inclusão financeira nos últimos anos uma vez que o desenvolvimento de produtos financeiros digitais, favorece pela revolução tecnológica e trouxe avanços significativos nos países de baixo rendimento, consolidando desta forma a dinâmica da inclusão financeira.

A este propósito, o ministro da Educação Nacional e Ensino Superior, Dautarim Monteiro da Costa, ao presidir a cerimónia, defendeu a criação do modelo de cidadão que se enquadra nas demandas internacionais para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.

Por seu turno, a Directora nacional do Banco Central dos Estados da Africa Ocidental (BCEAO), Helena Nosoline Embaló, disse que a confiança na tecnologia é essencial para que os cidadãos possam utilizar os serviços financeiros digitais com protecção.

O Comité Nacional de Seguimento e Implementação da Estratégia Regional da Inclusão Financeira foi criado em 24 de Junho de 2016, no conselho de Ministros da União Monetária Oeste Africana (UEMOA), com a missão principal de assegurar a articulação e sinergia entre os Estados.

Este é o segundo ano que se dedica a uma semana para a inclusão Financeira na UEMOA, com o propósito de difundir os serviços e oportunidades oferecidos pela inclusão financeira, a um maior número possível da população enquanto alavanca do desenvolvimento económico e social.

Durante esta semana de inclusão financeira no espaço da UEMOA, que termina no sábado (30 de Novembro), realiza-se no país o seminário de formação Nacional sobre a Digitalização de Pagamentos do Estado e das Cadeias de Valores Agrícola assim como formação no domínio das inovações no domínio dos Serviços Financeiros e deve terminar no mesmo dia sábado com uma feira da inclusão Financeira.

 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Marcelino Iambi

VICENTE FERNANDES DISSE ESTAR PREOCUPADO COM AUMENTO DE “VOTOS ÉTNICOS E RELIGIOSOS”

O candidato apoiado pelo Partido da Convergência Democrática (PCD), Vicente Fernandes, derrotado na presidencial de domingo (24), disse, ontem (28), que o aumento do nível de votante em função da etnia e religiosa deve se à falta do ensino e formação

Em conferência de imprensa para posicionar face ao resultado preliminar da presidencial, Vicente Fernandes considera de satisfatória e segundo ele “o mais grave ainda e intolerável” são os espaços religiosos que estão a ser transformados como um espaço de transferência de opinião de votos.

“Não queremos o radicalismo étnico e religioso de um momento para outro, nós temos um país onde temos uma sã convivência de todas as raças e todas as religião, ou seja, é um país talvez mais pacífico da África e demostramos isso durante todo o processo da campanha, não ouve nenhum incidente, fizemos as eleições justas, livres e transparentes, independentemente da nossa crença e querer a Guiné-Bissau está acima de tudo e não podemos dividir o país”

Na mesma ocasião, Vicente anuncia que a sua formação política vai apoiar o candidato apoiado pelo PAIGC, Domingos Simões Pereira, na segunda volta da presidencial prevista para 29 de Dezembro, porque “no acordo do espaço da concertação dos partidos políticos democráticos, qualquer candidato que conseguir chegar a segunda volta os restantes vão apoiá-lo”.

 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Sigá

MANTENHA DI TCHUR» VELÓRIO DO PAI DO CANDIDATO NUNO GOMES NABIAM EM BISSAU

“Velório é uma cerimônia fúnebre em que o caixão do falecido é posto em exposição pública para permitir que parentes, amigos e outros interessados possam honrar a memória do defunto antes do sepultamento. Sua duração é variada: de poucas horas a mais de um dia, podendo inclusive acontecer durante a madrugada.”
Senhor Botche Cande, o coordenador do Madem G15 camarada Braima Camara, Líder do PAIGC Domingos Simões Pereira e Carlos Gomes Júnior foram prestar uma homenagem ao falecido pai do NUNO GOMES NABIAN,

Na política temos de saber estar, não é um jogo de vida ou morte, o senhor Botche Candé homem honroso e civilizado, Que a terra seja leve ao pai do NUNO GOMES NABIAN.
Junior Gagigo

Conosaba/faladepapagaio

NE PONDERA APRESENTAR “AÇÃO JUDICIAL” CONTRA JOSÉ MÁRIO VAZ

O presidente da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau, José Pedro Sambú, admitiu hoje “intentar uma ação judicial” contra o Presidente cessante e candidato nas eleições de domingo passado, José Mário Vaz, por insinuar “falsidades e calúnias”.
“As insinuações, falsidades e calúnias, proferidas nas declarações do candidato José Mário Vaz são apenas manobras de diversão, contudo, a CNE pondera intentar uma ação judicial, com vista a salvaguardar o seu bom nome e dos seus membros”, refere, em comunicado divulgado à imprensa, José Pedro Sambú.
O Presidente cessante da Guiné-Bissau e candidato às eleições presidenciais realizados no domingo passado, José Mário Vaz, disse na quinta-feira que aceita os resultados, mas salientou que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) sabe “perfeitamente” quem deveria estar na segunda volta.
José Mário Vaz não passou à segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, tendo obtido 12,41% dos votos.
“O candidato José Mário Vaz, bem sabe que os atos administrativos praticados pela CNE na decorrência do processo eleitoral podem ser impugnados por via judicial, à luz do contencioso eleitoral e nos termos permitidos por lei”, salienta José Pedro Sambú.
No comunicado, o presidente da CNE exorta os “guineenses a manterem-se coesos e unidos em torno dos pilares da democracia pluralista, banindo do seu seio pessoas mesquinhas, que de forma inconfessa, querem perturbar e aniquilar as conquistas irreversíveis da democracia no pleno do século XXI e no contexto das sociedades modernas”.
A segunda volta das presidenciais, marcadas para 29 de dezembro, vai ser disputada entre Domingos Simões Pereira e Umaro Sissoco Embaló.
Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) foi o candidato que obteve maior percentagem de votos, 40,13%, não conseguindo mais de metade para vencer à primeira volta.
Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), foi o segundo mais votado e obteve 27,65% dos votos.
Conosaba/Lusa

Guiné-Bissau: Abstenção pode ser resultado da falta de confiança nos políticos

Segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau está em risco de ter uma afluência mais fraca que a primeira volta. Eleitores falam em falta de confiança na classe política. CNE vai reforçar apelo ao voto.

Photo of the logo of the National Election Commission of Guinea-Bissau (picture-alliance/Xinhua/X. Jianqiao)

Durante a primeira volta das eleições presidenciais de 24 de novembro na Guiné-Bissau, os observadores eleitorais admitiram que o grande vencedor foi a abstenção que atingiu um número recorde de 25,63%, uma das mais altas de sempre.

Num país onde mais de metade dos eleitores são jovens, Saturnino de Oliveira, um ativista social, considera que o povo não confia nos políticos. “É claro que a sociedade guineense, sobretudo a camada juvenil, está sem esperança. Passámos várias eleições em que votámos, mas não conseguimos ver os resultados da votação”, começa por explicar.

“Entretanto, os jovens hoje compreenderam que as eleições tornam-se apenas num instrumento para legitimar as pessoas que depois das eleições não respondem às necessidades do povo ou da juventude, sobretudo”, lamenta.

 José Mário Vaz, President of Guinea-Bissa

José Mário Vaz, Presidente em funções na Guiné-Bissau, não foi além dos 12% na primeira volta do sufrágio

Os candidatos Domingos Simões Pereira (PAIGC) e Umaro Sissoco Embaló (MADEM-G15) disputam a segunda volta das presidenciais guineenses a 29 de dezembro.

Saturnino de Oliveira aponta que é possível minimizar o número da abstenção na segunda volta do escrutínio, “mas para isso é preciso que os próprios candidatos, os políticos e a sociedade se empenhem”.

“Os dois candidatos devem usar discursos que vão incentivar os jovens a participar no processo, caso contrário a taxa de abstenção vai aumentar”, sugere.

Segunda volta antecipada

Inicialmente a segunda volta estava agendada para 5 de janeiro de 2020, mas devido à pressão dos doadores internacionais, as autoridades guineenses acabaram por antecipar o escrutínio para 29 de dezembro, que coincide precisamente a quadra festiva do Natal e Ano Novo.

José Rachide de Barros

José Rachid de Barros, imigrante guineense em Bona, Alemanha

“Essa data é a nossa preocupação aqui na diáspora. Porque nessa altura, de 23 de dezembro a 2 de janeiro, muitos emigrantes vão de férias. Estamos a tentar ver com a CNE a possibilidade de deixar eleitores nestas situações votarem com antecendência antes de viajarem. Esta é a nossa maior preocupação”, admite José Rachid de Barros, imigrante guineense em Bona, na Alemanha.

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