NE PONDERA APRESENTAR “AÇÃO JUDICIAL” CONTRA JOSÉ MÁRIO VAZ

O presidente da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau, José Pedro Sambú, admitiu hoje “intentar uma ação judicial” contra o Presidente cessante e candidato nas eleições de domingo passado, José Mário Vaz, por insinuar “falsidades e calúnias”.
“As insinuações, falsidades e calúnias, proferidas nas declarações do candidato José Mário Vaz são apenas manobras de diversão, contudo, a CNE pondera intentar uma ação judicial, com vista a salvaguardar o seu bom nome e dos seus membros”, refere, em comunicado divulgado à imprensa, José Pedro Sambú.
O Presidente cessante da Guiné-Bissau e candidato às eleições presidenciais realizados no domingo passado, José Mário Vaz, disse na quinta-feira que aceita os resultados, mas salientou que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) sabe “perfeitamente” quem deveria estar na segunda volta.
José Mário Vaz não passou à segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, tendo obtido 12,41% dos votos.
“O candidato José Mário Vaz, bem sabe que os atos administrativos praticados pela CNE na decorrência do processo eleitoral podem ser impugnados por via judicial, à luz do contencioso eleitoral e nos termos permitidos por lei”, salienta José Pedro Sambú.
No comunicado, o presidente da CNE exorta os “guineenses a manterem-se coesos e unidos em torno dos pilares da democracia pluralista, banindo do seu seio pessoas mesquinhas, que de forma inconfessa, querem perturbar e aniquilar as conquistas irreversíveis da democracia no pleno do século XXI e no contexto das sociedades modernas”.
A segunda volta das presidenciais, marcadas para 29 de dezembro, vai ser disputada entre Domingos Simões Pereira e Umaro Sissoco Embaló.
Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) foi o candidato que obteve maior percentagem de votos, 40,13%, não conseguindo mais de metade para vencer à primeira volta.
Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), foi o segundo mais votado e obteve 27,65% dos votos.
Conosaba/Lusa