Sociedade,/Presidente de AGAC-GB acusa  instituições  vocacionadas para combate  à corrupção de não estarem  a cumprir suas missões

Bissau, 03 Jun 21 (ANG) – O Presidente de Associação Guineense Anti-Corrupção (AGAC-GB) afirmou que as instituições públicas vocacionadas para o combate à esse mal não estão a cumprir a missão de que se incumbiram.

Joel Aló Fernandes falava em exclusivo á ANG na quarta-feira, após a abertura de um seminário organizado pela sua organização sob o tema: “Participação Popular na Gestão da Coisa Pública”.

Aquele responsável acusa o governo de não estar a trabalhar com zelo e dedicação na gerência da coisa pública, frisando que a Assembleia Nacional Popular (ANP) não está a cumprir  o  papel que a lei lhe dá, que é de criar e fiscalizar  leis necessárias .

“Tanto o Tribunal de Contas assim como o Ministério Público estão aquem das expetativas esperadas no quadro da construção do Estado de Direito Democrático”, criticou.

Aló Fernandes disse que perante isso, que chama de “ausência de poder”, é preciso que a Sociedade Civil se reúna  para exigir à  estas instituições a assumirem  o papel que lhes são reservados pela lei.

Disse que a sua organização trabalha na sensibilzação sobre a luta contra a corrupção e também na vertente de denúncias.

Disse haver para o efeito um gabinete  que recebe denúncias que dão tratamento e seguimento junto da  Polícia Judiciária ou Ministério Público, até que sejam identificados  e responsabilizados criminalmente os que praticaram o ilícito.

Para Fernandes  só com a sensibilização e educação é que a população pode entender  que a corrupção é um mal que destrói não só a economia como também as relações sociais.

Disse esperar com a realização do  seminário que os participantes mudem os seus comportamentos como cidadão e se tornem mais participativos e com interesse na gestão de coisa pública, “ porque o país precisa de cidadãos activos.

A Associação Guineense Anti-Corrupção é uma organização da Sociedade Civil criada em outubro de 2011 com o objetivo de lutar para combater a corrupção, e  para uma gestão transparente de coisa pública.

A organização foi criada, de acordo com Fernandes, com base na Convenção de Nações Unidas de Luta contra Corrupção. ANG/DMG/ÂC//SG