LGDH – Liga Guineense dos Direitos Humanos

Missão de sensibilização na aldeia de Maqué!

Com o apoio financeiro do PNUD Guiné-Bissau, uma delegação da LGDH chefiada pelo seu Presidente o Sr. Augusto Mário da Silva, visitou hoje a aldeia de Maqué Sector de Bissorã, região de Oio, onde recentemente duas pessoas foram brutalmente espancadas até a morte, devido as acusações de práticas de feitiçaria.

Esta missão, visava de um lado, recolher informações sobre os tristes acontecimentos ocorridos nesta localidade, por outro lado, sensibilizar a comunidade local sobre os perigos de persistirem nestas crenças obscurantistas, capazes de minar a paz e convivência pacífica.

Na sua intervenção, Augusto Mário da Silva, condenou mais uma vez os atos de espancamentos que ocorreram naquela aldeia, no dia 28 de Fevereiro de 2019, tendo assegurado que a LGDH tudo fará para que os autores morais e cúmplices sejam traduzidos à justiça e exemplarmente punidos.

“Não podemos permitir que no pleno Sec. XXI os cidadãos sejam amarrados, torturados de forma bárbara e cruel, ao ponto de sucumbirem destes atos hediondos, devido as acusações de práticas que ninguém pode provar”, lamentou o Presidente Augusto Mário da Silva.

Na sua longa intervenção perante os anciões da aldeia, familiares das vítimas e alguns supostos cúmplices, Augusto Mário da Silva lançou um vibrante apelo a população local, a se absterem de todo e qualquer ato de vingança ou a justiça privada, tendo assegurado que a LGDH vai acionar todos os mecanismos ao seu alcance para que a justiça seja feita de forma célere e independente neste caso.

Para Terminar, o Augusto Mário da Silva apelou a reconciliação com base nos critérios da justiça, entre as diferentes famílias envolvidas no caso.

Durante o encontro, era perceptível a revolta dos familiares das vitimas, agravada pelos pressentimentos de impunidade, na justa medida em que, os casos semelhantes na região nunca foram punidos pela justiça.

Infelizmente, a LGDH testemunhou o ambiente de grande tristeza e da dor junto das viúvas das vítimas as quais denunciaram que serão os próximos alvos destas praticas criminosas que têm ceifado dezenas de vidas humanas na Guiné-Bissau, sem que as autoridades nacionais tomassem quaisquer medidas.

Nos próximos dias, a LGDH irá solicitar um encontro de urgência com o Procurador Geral da República para pedir o aprofundamento das investigações sobre este caso, tendo em vista a tradução à justiça de todos os implicados.

LGDH

A Hora do Planeta

A Hora do Planeta é um movimento global para mobilizar a sociedade em torno da luta contra o aquecimento global, lançado pela primeira vez em 2007. No último sábado de março de cada ano, durante 1 hora, governos, empresas e a população de todo o planeta são convidados a apagar as luzes para demonstrar a sua preocupação com as mudanças climáticas e em favor da conservação dos ecossistemas terrestres e aquáticos.

A família das Nações Unidas na Guiné-Bissau, e em todo o mundo, no dia 30 de março, adere uma vez mais à Hora do Planeta e apela a todos/as que apaguem as luzes por uma hora – a Hora do Planeta. O objetivo é não só contribuir para a preservação do nosso Planeta, como fazer parte da maior plataforma voluntária de cidadãos contra as alterações climáticas.

Desta vez será por uma boa causa ficarmos na escuridão para concentrar a nossa atenção em soluções voltadas às pessoas para proteger o planeta e construir um ambiente sustentável.

COMUNICADO DE IMPRENSA DO CONSELHO DE SEGURANÇA SOBRE A GUINÉ-BISSAU

Os membros do Conselho de Segurança felicitaram o povo e o governo da Guiné-Bissau, bem como os líderes políticos e as organizações da sociedade civil, pela realização pacífica das eleições legislativas de 10 de março. Elogiaram os parceiros internacionais [a União Africana, Nações Unidas, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Comunidade de Países de Língua Portuguesa, União Europeia e o Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau] (UNIOGBIS)] pelo seu apoio na preparação das eleições e aplaudiram o papel das missões de observação eleitoral internacionais, regionais e nacionais pelo seu contributo para a transparência do processo eleitoral. Os membros do Conselho elogiaram também a Comissão Nacional Eleitoral da Guiné-Bissau por ter conduzido um processo de contagem expedito e pelo anúncio oportuno dos resultados.

Os membros do Conselho de Segurança apelaram aos líderes de todos os partidos políticos para que continuem a abster-se de incitar os seus apoiantes a qualquer ação violenta e a respeitar o resultado das eleições. Eles também reiteraram seu apoio e compromisso contínuos, em colaboração com atores regionais e parceiros internacionais, para a consolidação da paz, estabilidade e desenvolvimento na Guiné-Bissau.

Os membros do Conselho de Segurança lembraram a importância de uma eleição presidencial crível, livre, justa e pacífica a ser organizada dentro do prazo legalmente estipulado em 2019, e ressaltaram a necessidade de um diálogo inclusivo de todas as partes interessadas para consolidar a paz e a estabilidade na Guiné-Bissau e instou as autoridades nacionais a acelerar a revisão da Constituição da Guiné-Bissau, em conformidade com o Acordo de Conacri, bem como com o roteiro de seis pontos da CEDEAO.

SC/13746

26 March 2019

Obscurantismo continua a matar!

Por: LGDH – Liga Guineense dos Direitos Humanos

Sene Camará era um funcionário assíduo na Agência de Cooperação de Kwait em Bissau. Num fatídico dia, recebeu uma chamada telefónica de um dos seus familiares, intimando-o para comparecer na sua aldeia natal – Maqué, sector de Bissorã, norte da Guiné-Bissau, para tratar de um assunto familiar de extrema urgência. Sem hesitações, Camará rumou de imediato para a aldeia, afinal, era para responder as acusações de feitiçaria que lhe foram formuladas por uma mulher grávida que estava gravemente doente.

No dia 28 de Fevereiro de 2019, por volta das 18h, Sene Camará, Saido Camará mais uma terceira pessoa, foram amarrados e submetidos a um interrogatório acompanhado de torturas brutais que os deixaram praticamente a beira da morte.

Alguns dias depois, Sene Camará e Saido Camará faleceram em consequência directa das torturas criminosas a que foram submetidos, sendo que a terceira vitima está entre a vida e morte. As autoridades policiais locais prenderam 5 suspeitos cujos processos seguem os trâmites legais.

Em 2017, três pessoas foram brutalmente espancadas em Bissorã com as mesmas acusações. Os suspeitos foram detidos e posteriormente libertados, os processos continuam engavetados. Só em 2018, a LGDH registou 6 casos de mortes em consequência de espancamentos, devido as acusações de práticas de feitiçaria.

A LGDH condena estes actos criminosos e exorta às autoridades judiciárias a punição exemplar dos seus autores morais e materiais.

A Liga apela firmemente ao governo, no sentido de adoptar uma estratégia urgente para fazer face a este fenômeno de obscurantismo, que está a ceifar vidas humanas no país.

Nós próximos dias, uma delegação de alto nível da LGDH, irá visitar o setor de Bissorã e sensibilizar as comunidades locais sobre a premente necessidade de abandonar estas acusações e atos de obscurantismo.

A organização ira igualmente, formular propostas concretas ao governo e as autoridades competentes, para erradicar este fenômeno perigoso.

Publicado: Radio Cacheu.

Luta pelas mulheres

ADIATU DJALÓ NANDIGNA Ministra das Pesca


Dirigente do PAIGC. Nasceu no dia 06 de novembro de 1958, em Canchungo. Licenciou-se em Ciências Políticas pela Universidade de Havana (Cuba), em 1976/1982. Fez o curso de Gestão, Administração Económica e Financeira no Centro Internacional de Formação (OIT), em Turim (Itália), em 1996/1998. Fez igualmente o curso de Gestão de Qualidade no Centro Universitário de Tecnologia Alimentar PISCA TAWAY em New Gersey (Estados Unidos de América), em 2000/2001. Desempenhou várias vezes funções ministeriais desde 2004, no executivo liderado por Carlos Gomes Júnior. Em 2008/2010, desempenhou a função da Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional. Em 2010/2012, Ministra da Presidência do Conselho de Ministros Comunicação Social e Assuntos Parlamentares. No ano de 2014 desempenhou a função da Conselheira de Assuntos Políticos e Diplomáticos do Presidente da República José Mário Vaz. Ocupou a pastada Defesa Nacional do governo de Carlos Correia, desta foi chamada para ocupar a pasta das Pescas.

MARIA INÁCIA CÓ SANHÁ – Ministra da Saúde Pública, Família e Coesão Social   


Nasceu a 25 de maio de 1968. Fez-Bacharel em Língua Portuguesa na Escola Normal Superior Tchico Té em Bissau  de 1989/92. 2001 -Curso de Criação e Gestão de Pequenas Empresas –  Praia Cabo-Verde. 2012 –Presidente do Instituto de Mulher e Criança. De 2006/ 2010 –  Diretora Geral da Solidariedade Social e Família. 1997/2000 – Chefe do Departamento de Informação e Orientação Profissional – DGTEFP – MFPT.1996/97 -Técnica do Emprego da Direcção Geral do Trabalho, Emprego e Formação Profissional (DGTEFP) – Ministério da Função Pública e Trabalho. Ocupou duas vezes a pasta da Secretária de Gestão Hospitalar nesta legislatura, depois foi promovida no seu partido para desempenhar, desta vez, a função da ministra da Saúde Pública, Família e Coesão Social, cumulativamente.

ESTER FERNANDES – Ministra da Administração Territorial  


Nasceu no dia 28 de abril de 1963, em Bubaque (região de Bolama). Fez a licenciatura em Direito – pela Faculdade de Direito de Bissau. Tem  Bacharelato em Direção e Gestão de Turismo – Instituto Superior de Hotelaria e Turismo de Estoril – Portugal. Fez o curso de Especialização em Gestão de Turismo e Hotelaria – Salzburg – Áustria. Foi diretora dos Serviços das Atividades Turísticas e Hoteleiras- Direcção Geral de Turismo. Antes da sua nomeação, desempenhava a função da diretora-geral da Administração do Território e Poder Local Ministério da Administração Interna. No Governo de Carlos Correia desempenhou o cargo da Secretária de Estado da Administração do Território e Poder Local. Desta vez vai dirigir a pasta da Ministra de Administração Territorial.

PAULETA CAMARÁ – Secretária de Estado da Gestão Hospitalar


Nasceu a 30 de junho de 1955, em Bolama, região de Bolama/Bijagós. Fez o curso de capacitação na especialidade de Secretariado, no Instituto Técnico de Formação Profissional. Estudou a língua inglesa em Banjul (Gâmbia), como também a língua francesa em Ziguinchor (Senegal). Dirigente e membro do Bureau Político e Comité Central do PAIGC. Eleita 1ª Secretária da UDEMU para o Setor Autónomo de Bissau. Foi diretora-geral da Fundação para Acção Social, em 2010. Em 2014, desempenhou a função da Conselheira do Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, para área social. Nomeada agora para exercer a função de Secretária de Estado de Gestão Hospitalar.

QUITE DJATA – Secretária de Estado do Ambiente

Nasceu a 27 de maio de 1958, em Mansoa, região de Oio, norte do país. Formou-se na área de Agronomia pela Universidade Karl Max /Leipzig, em Alemanha. Fez ainda a Pós-Graduação na área de Desenvolvimento Rural, em 1990/1991.Foi responsável do Programa de participação comunitária do Projeto “PADIR”. Trabalhou igualmente no Projeto “PROCOFAS”, Projeto de Mudança de Comportamento no domínio de Água e Saneamento. Foi assistente técnico de um Projeto Pós-Conflito financiado pelo Banco Mundial.Antes da sua nomeação exercia a função da Coordenadora do Programa Nacional do Comité Nacional para Abandono da Prática Nefasta na Guiné-Bissau. Vai agora desempenhar a função da Secretária de Estado do Ambiente.

LUSO-GUINEENSE, JOACINE KATAR MOREIRA CANDIDATA AO PARLAMENTO EUROPEU

Fonte: Radio Cacheu.

A.D. CELEBRA O DIA INTERNACIONAL EM MEMORIAS DAS VITIMAS DE ESCRAVATURA

Na próxima segunda-feira, 25 de Março de 2019, pelas 8h30 horas, no Auditório do Memorial da Escravatura e Tráfico Negreiro de Cacheu, a ONG AD – Acção para o Desenvolvimento em parceria com AIN onlus – Associazione Interpreti Naturalistici, COAJOQ – Cooperativa Agrícola dos Jovens Quadro e Governo Regional de Cacheu, organizarão a Celebração do dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravatura e do Comércio Transatlântico de Escravos.

O lema deste ano, “Lembrar a Escravatura: O poder das Artes para a Justiça” visa mostrar como as artes têm sido usadas para enfrentar a escravatura, reforçar as comunidades escravizadas e honrar aqueles que tornaram a liberdade possível. Elas também têm sido ferramentas vitais na comemoração das lutas do passado, destacando as injustiças em curso. Assim, diversas expressões artística – incluindo memoriais, música, dança e arquitetura – contribuem para a lembrar a história e as consequências do tráfico transatlântico de pessoas escravizadas. O evento inclui uma conferencia e debate com academicos e artistas.

A cerimónia realiza-se este ano no quadro do Projeto “Cacheu, di si cultura i istoria” implementado pela ONG AD-Acção para o Desenvolvimento, AIN onlus, COAJOQ e o Governo Regional de Cacheu e financiado pela União Europeia. 
O projeto visa promover a conservação e valorização de património histórico e cultural da antiga cidade de Cacheu; as indústrias culturais param o desenvolvimento humano e o crescimento socioeconómico; a participação comunitária e a concertação na governação do património cultural e o acesso aos bens e serviços culturais.

http://cacheu.adbissau.org/?p=2122