EUROPA EXPLORA PESCA EM ÁFRICA DE FORMA “OPORTUNISTA” – GREENPEACE

Lisboa, 01 mai 2019 (Lusa) — Os recursos pesqueiros em África estão a ser explorados de forma “oportunista” por frotas europeias, chinesas e de outros países, que aproveitam em seu benefício a má gestão das águas africanas, acusa um ativista da Greenpeace.
“Os problemas que temos na África Ocidental não se devem apenas aos chineses. Infelizmente, os media tendem a focar-se nestes, mas o que se passa é que África é um ‘puzzle’ com vários atores diferentes em que cada um quer levar a sua avante”, disse à Lusa Ibrahima Cissé, diretor da campanha dos oceanos da Greenpeace África.
A África ocidental é uma das regiões mais ricas do mundo em termos de biomassa e biodiversidade. Por exemplo, os 1,5 milhões de quilómetros de área marítima da Mauritânia, Gâmbia, Senegal, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Conacri e Serra Leoa (que integram a Comissão Sub-regional de Pescas) representam cerca de um quinto do total de capturas mundiais.
Mas a falta de um organismo de gestão dos recursos pesqueiros compromete a sustentabilidade ambiental e económica das pescas nesta área, sujeita a uma enorme pressão de frotas industriais estrangeiras.
“É uma área muito alargada e com poucos meios para assegurar a vigilância”, lamentou o biólogo marinho.
Segundo Ibrahima Cissé, as frotas chinesas adotam “práticas erradas” de pesca ilegal, não-declarada ou não-regulamentada, mas o mesmo fazem outros países europeus numa abordagem que classificou como “oportunista” e que já foi denunciada várias vezes pela Greenpeace.
“Aproveitam as fragilidades dos sistemas de gestão de pescas em África para fornecer os seus mercados e agem como se fosse ‘terra de ninguém'”, critica.
O estudo “Euro vs. Yuan: Comparing European and Chinese Fishing Access in West Africa” (Euros vs Yuans: Comparando o acesso de europeus e chineses às pescas na África ocidental), do projeto Sea Around Us, confirma esta análise.
“O nosso estudo revela que a União Europeia (UE) e a China apresentam desempenhos similares em termos de pesca ilegal, padrões de exploração e sustentabilidade do uso dos recursos, enquanto a subdeclaração [do pescado] por parte da UE aumenta e a da China diminuiu”, concluem os sete cientistas que assinam o documento, publicado em 2015.
Segundo as estimativas dos investigadores, a UE (1,6 milhões de toneladas/ano) e a China (2,3 milhões de toneladas/ano) reportaram apenas 29% e 8%, respetivamente das suas capturas totais (incluindo rejeições) nos países da África Ocidental entre 2000 e 2010.
Estão atualmente em vigor 14 acordos relativos às pescas da União Europeia em países terceiros: dez para o atum (Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Costa do Marfim, Gâmbia, Madagáscar, Senegal, Libéria, Seychelles, Ilhas Cook e Maurícias) e quatro para ‘stocks’ mistos (Mauritânia, Marrocos, Gronelândia e Guiné-Bissau).
A EU tem também acordos, cujo período de vigência já terminou, com Moçambique, Gabão, Madagáscar, Guiné Equatorial, Micronésia e Ilhas Salomão, alguns dos quais em fase de renegociação.
“Os acordos europeus proporcionam, em teoria, espaço para melhoria da pesquisa científica, monitorização e vigilância, sugerindo um desempenho melhor do que os acordos com a China, mas a utilização final do financiamento europeu é mais difícil e, por vezes, impossível de aferir”, adianta o estudo.
As capturas europeias têm vindo a diminuir, enquanto a frota chinesa pesca cada vez mais, mas ainda assim longe de atingir os recordes das pescas europeias (3 milhões de toneladas/ano em média entre 1970 e 1980).
As consequências refletem-se no ambiente, na economia e no abandono da atividade, levando ao aumento da imigração e das tensões sociais.
Não há peixe, não há trabalho, resume o ativista senegalês, aludindo às comunidades locais de pesca artesanal que se vêm privadas de meios de subsistência económica e de uma fonte de proteínas barata.
Ibrahima Cissé acrescenta que, em África, as pessoas pouco mais vêm do que “palavras bonitas” vindas da Europa.
“As pessoas ouvem palavras como transparência e igualdade, mas na prática não vêm isso acontecer”, valorizando antes a moeda de troca chinesa.
“Os chineses não falam em transparência, mas constroem infraestruturas, uma ponte num sítio remoto que estava isolado, um porto”, exemplifica.
Por isso, Ibrahima Cissé, considera que atribuir aos chineses o papel de vilões é antes de mais conveniente para os seus concorrentes europeus.
“Agora há concorrência [entre europeus e chineses] pelos mesmos recursos, no fundo para ver quem explora melhor África”, destaca, argumentando que a responsabilidade dos líderes europeus é apoiar os países na construção de parcerias que ajudem a promover uma gestão adequada dos recursos.
“Isso só vai acontecer com legislação harmonizada, um sistema de vigilância marítima, pagamento de taxas idênticas, acordos de partilha de ‘stocks’ entre países. Aí teremos mais garantias de que as frotas estrangeiras não beneficiam de atividade ilegais na África Ocidental. É isto que as pessoas esperam da União Europeia, é por isso que as coisas têm de mudar”, incita.
Conosaba/Lusa

No comunicado final: CEDEAO RECOMENDA FORMAÇÃO COMPLETA DA MESA DE PARLAMENTO E DO GOVERNO

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A missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) exortou no início da tarde desta terça-feira, 30 de abril de 2019, a partidos com o assento parlamentar a necessidade urgente de se concluir a formação da Mesa de Assembleia Nacional Popular, de acordo com os resultados exprimidos nas urnas.

No comunicado final lido na voz do presidente da Comissão da CEDEAO, o costa-marfinense Jean Claude Kass-Brou, a organização sub-regional encorajou igualmente a formação do novo executivo, depois da nomeação do Primeiro-ministro, com o intuito de fazer face aos desafios do desenvolvimento económico e social do país.

A missão sub-regional dirigida pelo ministro nigeriano dos Negócios Estrangeiros e igualmente Presidente do Conselho de Ministros da CEDEAO, Geoffrey Onyeama, chegou a Bissau por volta das 11 horas e seguiu de imediato para o palácio da República e no palácio reuniu-se com Presidente da República, José Mário Vaz.

A missão está igualmente composta pelo presidente da Comissão da CEDEAO, Jean Claude Kass-Brou, Secretário-geral da Presidência da República da Guiné-Conacri, Naby Issuf Kiridi Bangura, representante da CEDEAO no país, Blaise Diplo e membros do Gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiro de Nigéria.

“A delegação ministerial considera que as divergências registadas são frequentes em todos os parlamentos, portanto é preciso encontrar soluções através do diálogo franco e construtivo entre atores”, lê-se no comunicado, que, entretanto, aconselhou os políticos a abdicarem-se das posições extremas e colocar em primeiro lugar o interesse da nação.

A missão ministerial exortou ainda às bancadas parlamentares para finalizarem, com a urgência, a composição da Mesa de Assembleia Nacional Popular, de acordo com os resultados exprimidos nas urnas pela população guineense.

No entanto, a delegação reitera a disponibilidade da CEDEAO em prosseguir com a parceria estabelecida com a Guiné-Bissau, como também dar o seu apoio ao governo que será formado nos próximos dias a fim de permitir o país sair da crise e reencontrar-se com a paz e o desenvolvimento.

Salienta-se que a nova crise política e parlamentar deve-se a composição da Mesa de Assembleia Nacional Popular, sobretudo com maior incidência na reprovação da candidatura do coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G 15), Braima Camará, ao posto do segundo vice-presidente do Parlament.

30/04/2019 / OdemocrataGB /

LGDH – Liga Guineense dos Direitos Humanos – Votos de feliz 1 de Maio!

A LGDH felicita à todos os trabalhadores guineenses. 

Esta data reveste de uma enorme importância, no processo da legítima luta pela melhoria de condições de vida dos trabalhadores e das suas respectivas famílias, num contexto caracterizado pela demora no pagamento de salários aos funcionários públicos, fraco poder de compra dos trabalhadores, decorrente da miserável tabela salarial em vigor, ausência de assistência médica e medicamentosa, ausência da proteção social dos servidores públicos, enfim, uma situação laboral degradante, que põe em causa os direitos econômicos e sociais dos trabalhadores.

A LGDH manifesta a sua inequívoca solidariedade a UNTG, CGSI e todos os trabalhadores guineenses, neste difícil momento porque passam os funcionários do estado.

Uma luta sindical para inverter este quadro sombrio, constitui um dever de todos quanto acreditam, que a dignidade da pessoa humana é um valor e um princípio constitucional, cuja observância constitui a missão primordial do estado.

Parabéns à tod@s @s #trabalhadores/as da #GuineBissau!

LGDH – Liga Guineense dos Direitos Humanos

RENAJ preocupada com desentendimentos ocorridos no parlamento

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Bissau, 30 Abr 19 (ANG) – O Presidente da Rede Nacional de Associações Juvenis (RENAJ),Seco Duarte Nhaga mostrou-se preocupado com a situação política resultante dos desentendimentos ocorridos no parlamento a volta da constituição da nova mesa da Assembleia Nacional Popular.

A mesa da ANP entrou em funções sem o preenchimento do lugar de 2º vice-presidente do parlamento, reservado ao segundo partido mais votados, neste caso o Madem G-15, cuja proposta para o preenchimento desse lugar não obteve votos de aprovação dos deputados.A  preocupação de  Duarte Nhaga foi exposta à imprensa à saída da audiência segunda-feira com o Presidente da República, José Mário Vaz.
“A RENAJ não vai tolerar mais os comportamentos de nenhum político ou partido que quer inviabilizar ou bloquear o país e colocar o futuro da juventude guineense em causa”, diz Seco Duarte Nhaga.
Este líder juvenil ainda salientou que o país sofreu muito com as diversas e cíclicas crises, e que o povo está cansado disso e a juventude  está no limite de paciência com atitudes dos políticos e governantes.
Ainda o Presidente da RENAJ disse que transmitiram ao chefe de Estado a preocupação da juventude no que toca com a educação, a questão de aumento de fatia orçamental de Estado do novo governo para 20 por cento no sector educativo,  e a questão do emprego jovem.
Para Seco Nhaga a Guiné-Bissau só será um país digno quando houver um investimento sério no sector educativo.
Sustenta   que o país não pode almejar o desenvolvimento se   no Orçamento Geral de Estado, o bolo para educação ainda ronda apenas 10 por cento, enquanto que o exigido pelo Fundo Global da Educação é de pelo menos  20 por cento para todos os Estados.
Por último, este líder juvenil disse que o encontro com o Presidente Mário Vaz também serviu para apresentação da nova direcção da RENAJ, saída da última Assembleia Geral ordinária, realizada  em Fevereiro.   ANG/CP/ÂC//SG

«NOTA DE IMPRENSA» CONSCIENTES E INCONFORMADOS

Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados 
(MCCI) 
Nota de Imprensa Reunida a sua direção para analisar a atualidade sócio-política, particularmente sobre o roubo do arroz destinado aos mais desfavorecidos, que envolve o Ministro da Agricultura, Nicolau dos Santos, e o Conselheiro do Presidente da República, Botche Candé, resultando num conflito de competências entre o Ministério Público e a Polícia Judiciário, o MCCI vem tornar público o seguinte: 
1. Condenar a atuação do Ministério Público em obstruir a investigação da PJ na “Operação Arroz do Povo”, por ter ordenado a esta a devolução dos produtos apreendidos em armazéns e quintas onde se encontravam escondidos, facto que só pode ser entendido como uma declaração pública de “entregar ouro ao bandido” e, com isto, o MP estar a assumir que seja cúmplice deste ato vergonhoso! 
2. Exortar à PJ que em nenhuma circunstância proceda à devolução dos produtos apreendidos, por se tratar de ilegal e atentatório ao Estado de Direito o despacho do magistrado que o ordena. Por outro lado: 
3. Aconselhar aos representantes do povo na ANP, deputados, a conformarem as suas práticas em estrita observância das leis que eles mesmos criam para que a legislatura a iniciar seja diferente da última, marcada por mediocridade e desrespeito à lei; e aos partidos que não estejam de acordo com os procedimentos a vigorar no emiciclo a recorrerem a vias legais de reclamar os seus direitos que julguem colocados em causa. 
4. Exigir ao Presidente da República a imediata nomeação do Governo resultante das últimas eleiçõs legislativas e, sem demora, a fixação da data da próxima eleição presidencial. 

5. À missão da CEDEAO, o MCCI exige que a sua atuação seja em estrita obediência às leis nacionais, em defesa dos interesses do Povo Guineense. Povo I Ka Lixo! Bissau, 29 de Abril de 2019 O MovimentoPublicada por CONOSABA DO PORTO

PAIGC: Resoluções finais do BP

PARTIDO AFRICANO PARA A INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE

ªIII Reunião Extraordinária do Bureau Político do PAIGC
29 de Abril de 2019

Resoluções Finais
(aprovada por unanimidade pelos 82 participantes)

O Bureau Político, alargado aos deputados da nação, reuniu-se hoje dia 29 de abril de 2019 no Salão Nobre Amilcar Cabral, na sua IIIª reunião extraordinária, presidida pelo Camarada Eng. Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC.

Dos 91 membros do Bureau Politico, participaram 82 membros, que aprovaram por unanimidade a seguinte ordem-do-dia:
Apresentação da proposta da composição da Direcção da Bancada Parlamentar;

Apresentação das propostas de nomes dos deputados que integrarão a comissão permanente e as comissões especializadas da ANP;

Diversos

O Presidente do PAIGC deu início aos trabalhos da IIIª Sessão Extraordinária do Bureau Político, pedindo um minuto de silêncio em homenagem a todos os camaradas desaparecidos desde a última reunião deste orgão, nomeadamente a camarada Windjaba N’bundé, o camarada Jacinto da Silva e Srº Augusto Ussumane Sow, reafirmando logo de seguida o seu regozijo pelo árduo trabalho realizado pelos deputados na IX legislatura e apelando aos deputados da X legislatura que mantenham a mesma postura responsavél e patriótica a bem da nossa democracia e do reforço dos valores do Estado de Direito.

O Presidente do partido enalteceu ainda, que após 49 dias das eleições que deram a vitória ao PAIGC, e após o cumprimento de todos os procedimentos pela Assembleia Nacional Popular em vista a indigitação de um novo Primeiro-Ministro e a subsequente formação de um novo governo, não houve, até a data presente, qualquer reacção por parte do orgão de soberania com competência para exercer tal ato, não obstante as dificuldades que o país atravessa do ponto de vista económico-social.
Entrando na ordem do dia, o Bureau Político, foi informado da proposta da composição da Direcção da Bancada Parlamentar nos termos da alínea d) do Art 36º e das alíneas a), b), c) do artigo 59 dos Estatutos do PAIGC e do art 16 do Regimento da ANP.

Relativamente à proposta de nomes dos deputados que integrarão a Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular, um orgão constituído por 15 deputados, onde o Presidente e os seus Vices tem assento, e os restantes são distribuidos pela sua representação parlamentar através do metodo de Hondt foi apresentado aos membros do Bureau político.

Sobre a constituição das Comissões Especializadas da Assembleia Nacional Popular, o Bureau Político decidiu protelar a aprovação da lista de constituição para a próxima reunião do órgão, para que se possa fazer um trabalho mais exaustivo.

No capítulo dos diversos, os membros do Bureau Político reafirmaram a necessidade da Direcção Superior do Partido e os deputados do PAIGC manterem coerência, a mesma determinação e linha de votação relativamente à constituição da mesa da ANP ocorrida na primeira sessão desta X legislatura e exigir a rápida indigitação do Primeiro-Ministro e a subsequente formação do governo.

Da mesma forma, o Bureau Politico, instruiu os órgaos executivos do partido a se manterem firmes na defesa dos valores que instruem a consolidação do Estado de Direito Democrático e a observar de forma escrupulosa e sem hesitações a aplicação integral das leis da República, a começar pela nossa Constituição.

Após um aturado debate, o Bureau Político delibera:

Aprovar a proposta de Composição da Direcção da Bancada Parlamentar;
Aprovar por unanimidade a proposta da Composição da Comissão Permanente da Assembleia Nacional Permanente;
Condenar de forma veemente e determinada a tentativa desesperada, de criar de novo um ambiente de suspeição e medo junto da população e que visa exclusivamete o prosseguimento do período e regras da transição, regras já consumidas e ultrapassadas com a realização das ultimas eleições legislativas de 10 de Março passado. Ou seja, concluidas as eleições, de regresso à normalidade constitucional, devemos obrigação escrupulosa à Constituição e às leis da República da Guiné-Bissau e a mais nenhum outro instrumento ou disposição, pretensamente baseada no consenso ou na unanimidade;
Exigir do Presidente da República o mais rápido cumprimento da sua obrigação constitucional de reconhecer os resultados das últimas eleições legislativas e viabilizar a imediata nomeação do Primeiro ministro e a consequente formação do governo, para se começar a cumprir com as obrigações assumidas com o povo guineense; 
Exortar os militantes do partido e a todos os cidadãos guineenses, no país e na diáspora a prepararem-se para uma defesa sem recuos nem reticências da liberdade conquistada pelos heroícos Combatentes da Liberdade da Pátria e fazer valer a aplicação integral das leis;
Reconhecer os esforços que têm sido desenvolvidos por toda a Comunidade Internacional e particularmente pela CEDEAO e que permitiram a realização das eleições e a criação de condições para o retorno à normalidade constitucional;
Saudar a disponibilidade da Comunidade Internacional que se manifesta pronta a prosseguir o acompanhamento da situação política na Guiné-Bissau e a criação das condições para a realização dentro do prazo constitucional e legal, das próximas eleições presidenciais;

Assegurar a todo o povo guineense, que o PAIGC, seu Presidente, sua Direção e todos os seus órgãos, seguem tranquilos e imperturbados todas as manobras que se estão a montar e, garante que fará uso das prerrogativas legais que lhe assistem para a defesa das suas conquistas e o cumprimento dos compromissos assumidos com o povo da Guiné-Bissau.

A sessão do Bureau Político decorreu num ambiente de elevado espírito de camaradagem.

Bissau, 29 de abril de 2019

O Bureau Politico

ditaduraeconsenso

TURISMO: Guiné-Bissau procura investimento em Macau

A Guiné-Bissau está recetiva a mais investimento chinês no país, principalmente na área do turismo, disse hoje à Lusa uma responsável pelo turismo guineense, que participou num evento, em Macau, de divulgação turística do país africano.

“Claramente o mercado chinês é um dos maiores do mundo e nós já temos alguns investimentos chineses na Guiné-Bissau, como o Palácio do Governo, a nossa Assembleia Popular, o Palácio da Justiça, portanto já foi feito um trabalho de base”, afirmou Raquel Mendonça Taborda, em declarações à Lusa, à margem da sessão de apresentação dos produtos turísticos dos países de língua portuguesa, que decorreu na 7.ª Expo Internacional de Turismo de Macau.

A diretora geral do Artesanato do Ministério de Comércio, Turismo e Artesanato da Guiné-Bissau disse que fez “uma apresentação para os empresários que consiste em mostrar as potencialidades turísticas” do país de forma a cativar o interesse desses investidores.

“O turismo na Guiné-Bissau está a dar alguns passos”, afirmou, acrescentando que o país está em Macau a promover o arquipélago dos Bijagós, constituído por 88 ilhas compondo uma área protegida, classificada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em 1996 como reserva da biosfera.

“Apenas 20 ilhas é que são habitadas e estamos a tentar, agora sim, captar alguns investimentos e fomentar o setor do turismo na Guiné-Bissau”, explicou a responsável.

Raquel Mendonça Taborda foi nomeada presidente da delegação das oito direções de turismo lusófonas que marcaram presença na sessão de apresentação dos produtos turísticos dos países de língua portuguesa, que decorreu na 7.ª Expo Internacional de Turismo de Macau.

Este ano o evento conta com 835 expositores, com todos os países lusófonos presentes, e com o dobro da área de exposição de 2018, atingindo os 22.000 metros quadrados.

“A indústria do turismo é uma área que o Fórum Macau promove entre a China e os países de língua portuguesa”, disse à Lusa a secretária-geral do secretariado permanente do Fórum Macau, Xu Yingzhen, à margem do evento.

Esta sétima edição, que decorre até domingo, tem como destaques as celebrações do 20.º aniversário do estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau, o papel de Macau nos ambiciosos projetos chineses como a Nova Rota da Seda e a participação na construção de uma metrópole mundial com Hong Kong e nove cidades chinesas, mas também o papel de Macau como plataforma entre a China e os países de língua portuguesa.

Por um lado, o território pretende promover parcerias turísticas com os países integrantes da iniciativa chinesa “Uma faixa, Uma Rota”, por outro quer incentivar os operadores turísticos a desenvolverem itinerários multidestinos nas cidades e territórios da Grande Baía, a metrópole mundial que abrange um território onde vivem cerca de 70 milhões de pessoas. Lusa

Ensino público – Primeiro-ministro defende continuidade do ano lectivo 2018/2019

Bissau, 29 abr 19 (ANG) – O Primeiro-ministro defendeu no fim-de-semana a continuidade do ano lectivo 2018/2019 nas escolas públicas, devido aos esforços que estão sendo levados a cabo, tanto pelo  governo como pelos professores, contrariamente as vozes que pedem a sua anulação devido a perda de mais de 90 dias lectivos.    

Aristides Gomes que falava à imprensa após um encontro com organizações que actuam na fileira de caju, disse que não há razões para anular o ano lectivo 2018/19.

“Temos que estar vigilantes, porque asseguramos aos professores, que tanto  o meu governo como o futuro executivo irão continuar na perspectiva que nós definimos, porque a nulidade do ano lectivo põe em causa os projectos de médio e longo prazo discutidos recentemente nos Estados Unidos.  

Quanto a ameaça de paralisação da parte da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) agendada para o primeiro dia do mês de Maio, data também em que se celebra o dia dos trabalhadores, Aristides Gomes disse que a greve é um instrumento importante reconhecido pela lei  mas que o seu exercício deve ser aquele que não prejudique o interesse da maioria. 

Afirmou que o momento não é oportuno para a paralisação na função pública, porque o país acabou de sair de um processo eleitoral que, para além de difícil custaram muito ao Tesouro Público, porque muitas promessas de apoio financeiro às eleições não foram cumpridas e o governo foi  obrigado a fazer despesas mais do que  prevista.

Aristides Gomes sustentou   que  todos os parceiros estão a manifestar uma certa compreensão em relação a Guiné-Bissau, e que, nesta conjuntura de estabilização política,  não considera razoável ser os próprios guineenses a arranjarem problemas para o país.

Gomes revelou  que o governo está a negociar com o Fundo Monetário Internacional  novo programa para que o país possa ter acesso ao novo financiamento que visa criar condições para fazer reformas institucionais , razão pela qual considera que  não há motivos para greve.

Muitas correntes de opinião defendem a nulidade do ano lectivo nas escolas públicas devido a perda de três meses  de aulas provocada pela greve dos professores, observada na abertura do ano lectivo. 

ANG/LPG/ÂC//SG   

Inacep

            Trabalhadores preocupados com três meses de salário em atraso
Bissau, 29 Abr 19 (ANG) – Os funcionários da Imprensa Nacional-Inacep, a gráfica Pública manifestaram hoje as suas preocupações sobre a situação da empresa, por não estar, há tres meses, a conseguir pagar o salário dos funcionários.

 A preocupação foi manifestada pelo porta-voz do sindicato dos trabalhadores da Inacep, Iaia Djassi, em declarações à ANG.
Djassi considerou a situação de lamental e disse que já está a ser sentida pelos filhos dos trabalhadores da Inacep que já estão a ser expulsos das escolas por falta de pagamento das mesadas, e disse que alguns colegas já teriam sido  expulsos das suas residências, igualmente por incapacidade de pagamento do arrendamento.
Iaia Djasi salientou que a situação que a impressa vive actualmente já não acontecia há sete anos, e que deixa os funcionários desmotivados.
O sindicalista disse  que a produção baixou, mas que o facto não pode justificar o não pagamento de três meses de salário.
Disse que “o mais caricato”, é que a direcção não informa nada aos trabalhadores.
Segundo Djassi  a  queda da produção da Inacep está relacionada a situação financeira difícil do país, e, por outro lado, pede mais engajamento dos responsáveis da empresa, “porque, há outras empresas concorrentes no mercado nacional”.
“Por isso, a solução passa por atacar o mercado com a finalidade de obter mais receitas. Uma das soluções para relançar a Inacep é maior  engajamento do Governo para com a empresa”, disse.
“Ou seja, a Inacep pertence ao Governo apesar de ser uma instituição com autonomia administrativa e financeira.Politicamente, é o executivo que nomeia os directores-gerais, por isso deve fiscalizar, controlar e acompanhar o seu funcionamento “,disse.
O porta-voz do sindicato dos trabalhadores da Inacep disse que as nomeações políticas fazem retroceder a impressa porque quando se aumenta o número dos trabalhadores  torna-se complicado pagar salário, tendo pedido aos colegas a se manterem firmes porque os melhores dias hão-de chegar.
Iaia Seide disse que estão a ponderar enquanto sindicato, mas que não se pode descartar outras posições se a situação se agravar.
Disse que reuniram com a direcção, a propósito, mas que as justificações do não pagamento de salários não os convenceram. ANG/MSC/ÂC//SG