2019PRESIDENCIAIS: ‘General’ rendido ao DSP

Na reta final da campanha, o candidato concorrente do próximo presidente da república, Domingos Simões Pereira, declarou à imprensa que se fosse eleito recorreria ao DSP para ser o primeiro-ministro.

Para os militantes, simpatizantes e apoiantes do PAIGC que estão a fazer uma campanha visivelmente vencedora as declarações do concorrente não surpreendem. Na verdade, ratificam o que todos já sabem: o outro lado não possui nomes com capacidade para a superação dos problemas do nosso povo.

“O segundo candidato olhou ao seu redor e se viu num deserto de ideias e projectos. O primeiro nome que lhe veio à cabeça como socorro foi o do Domingos Simões Pereira”, afirmou uma fonte da Direcção do APU-PDGB que apoia o Candidato Número 1.

“Os eleitores estão atentos aos riscos que seria eleger um candidato despreparado e desprovido de ideias originais que possam dar algum alento ao nosso povo”, comentou a mesma fonte.

Sobre expectativas, em número de votos nas urnas, o membro da Direcção do APU-PDGB foi categórico ao afirmar que Domingos Simões Pereira será o vencedor. “Vi um inquérito popular encomendado pelos adversários e posso afirmar que a vitória do DSP será ainda mais expressiva no dia 29 de Dezembro”, concluiu a fonte.

Tchon Na Fria, Pa Terra Ranka!

GOLPE DE ESTADO?: Sissoco abre essa possibilidade…e promete interromper as eleições

O candidato suportado pelo Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15), Umaro Sissoco Embalo, afirmou que pode aproveitar da história de 12 Abril para inviabilizar a segunda volta das eleições presidenciais, isto na sequência da retenção dos seus materiais eleitorais em São Domingos pelas autoridades junto à a fronteira entre a Guiné-Bissau e o Senegal.

Sissoco Embalo revela ainda que viajará neste domingo, 22 de dezembro, a São Domingos para retirar à “força” os seus equipamentos, e caso mantiver o bloqueio das autoridades competentes, ele vai mesmo interromper a segunda volta do escrutínio eleitoral na Guiné-Bissau.

“Nesta domingo, estarei em São Domingos, com os meus apoiantes, nomeadamente Nuno Gomes Nabiam, Alberto Nambeia, Braima Camara e entre outros para retirar a “força” os equipamentos em São Domingos, caso mantiverem o bloqueio, vamos interromper a segunda volta das eleições presidenciais” afirmou Sissoco Embalo.

Sissoco Embalo falava este sábado, 21 de dezembro, no sector de Buba, região de Quinará, sul do país, no âmbito da campanha eleitoral, na qual acusa o seu adversário, Domingos Simões Pereira, e o secretário de Estado da Ordem Pública, Mário Saegh, de serem os responsáveis desta intentona na fronteira que fica no norte da Guiné-Bissau.

Visivelmente desapontado com a situação, o antigo primeiro-ministro guineense pondera ainda impedir Simões Pereira de realizar o comício popular em qualquer sítio do país, se as autoridades competentes não desbloquearem os seus materiais eleitorais.

Acompanhado pelos dirigentes do seu partido e alguns dirigentes políticos de outras formações políticas, Embalo diz que não tem medo de enfrentar DSP, caso for necessário, por isso fez lembrar ao candidato suportado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde(PAIGC), que a Guiné-Bissau pertence a todos os cidadãos guineenses, e não a um grupo de pessoas.

Durante a sua intervenção em Buba, no âmbito da sua deslocação às regiões de Quinará, Tombali e Bolama, Sissoco Embalo somente falou da retenção dos seus materiais eleitorais na fronteira aos seus apoiantes e simpatizantes da sua candidatura.

A segunda volta das presidenciais na Guiné-Bissau está marcada para 29 de dezembro. A campanha eleitoral termina no dia 27.

As sétimas eleições presidenciais guineenses são tidas como cruciais para a estabilização política da Guiné-Bissau, que realizou legislativas em março.

Por: Rádio Jovem/Alison Cabral

SIMÕES PEREIRA ADMITE QUE SENEGAL POSSA TEMER A SUA ELEIÇÃO

O candidato às eleições presidenciais na Guiné-Bissau Domingos Simões Pereira admite que o Senegal possa temer a sua eleição por saber que a sua capacidade de defender o país “é incomparavelmente superior” à do seu adversário. Em entrevista à agência Lusa em Lisboa, o candidato apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) refere que “provavelmente o Presidente do Senegal [Macky Sall] e o próprio Senegal” poderão ficar “bastante mais tranquilos” se for eleito o seu adversário, Umaro Sissoco Embaló, na segunda volta das presidenciais, em 29 de dezembro.

“Se for o caso, será exclusivamente por eles perceberem que a minha capacidade de defender a Guiné-Bissau é incomparavelmente superior àquela do meu adversário, que olha para o Governo e olha para o Estado numa perspetiva completamente folclórica”, diz.

Questionado sobre se considera que o alegado apoio do Senegal ao seu adversário pode ser uma ameaça à soberania da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira refere que a ameaça “não é necessariamente aquilo que é a posição e a visão das autoridades senegalesas”, mas “a ignorância que pode haver por parte das autoridades guineenses”.

“É medonho pensar que nós podemos ter um chefe de Estado que não sabe rigorosamente nada sobre a história dessas relações”, diz, referindo-se a Sissoco Embaló, a quem acusa de nunca ter ouvido falar de questões como a definição da plataforma continental ou a delimitação de fronteiras, que dominam as relações entre a Guiné-Bissau e o Senegal.

Segundo o candidato do PAIGC, os guineenses “precisam saber dessas questões” para perceberem “o risco que paira” sobre a Guiné-Bissau. Neste sentido, Simões Pereira defende que a questão que se coloca atualmente é perceber se “a delimitação da fronteira marítima entre o Senegal e a Guiné-Bissau está abrangida pelo acordo que foi assinado antes da proclamação da independência dos dois países e portanto os dois reconhecem esse traçado e a inalterabilidade dos limites que foram fixados ou se é algo posterior a essa proclamação” e deve ser reavaliado.

Ressalvando que não está a propor nenhuma revisão dos tratados existentes, o candidato defende, no entanto, que esta questão deve ser “um objeto de estudo” e de “um trabalho consistente”, sobretudo agora que o Senegal anunciou a descoberta de petróleo.

“O Senegal descobriu petróleo, descobriu gás, mas descobriu petróleo onde? Descobriu gás onde?” – questiona, referindo-se ao traçado que delimita a fronteira marítima entre os dois países e a zona conjunta, bem como os azimutes que levaram à definição desse traçado.

A Zona Económica Conjunta tem cerca de 25 mil quilómetros quadrados da plataforma continental e é gerida por uma agência de gestão e cooperação, baseada em Dacar, atualmente presidida pelo antigo primeiro-ministro guineense Artur Silva. A ZEC é considerada rica em recursos haliêuticos, cuja exploração determina 50% para cada um dos Estados, e ainda hidrocarbonetos (petróleo e gás), mas cuja divisão é 15% para a Guiné-Bissau e 85% para o Senegal.

Sob orientação do Presidente cessante, José Mário Vaz, o Estado guineense disse pretender uma nova partilha em relação ao petróleo, mas as negociações que começaram em 2014 ainda não foram conclusivas. Várias personalidades da sociedade civil guineense e o ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Zamora Induta defendem que estas negociações devem ser suspensas até que o Senegal aceite renegociar a delimitação de fronteiras marítimas e terrestres.

Domingos Simões Pereira considera que as suas partes devem respeitar as regras que foram definidas e que “não pode ser o Senegal a interpretar as regras” pela Guiné-Bissau.

“Nós vamos continuar a ser a periferia dos outros Estados que nos deixam migalhas e nós temos que nos contentar com isso”, questiona.

O candidato defende ainda que se as interpretações dos acordos não forem coincidentes, será necessária a intervenção de “entidades terceiras”, mas não como em negociações anteriores em que o Senegal foi assistido pela França, ex-potência colonial, enquanto a Guiné-Bissau foi assistida pela Argélia.

“Não compreendo e certamente enquanto chefe de Estado irei querer compreender, mas na base de um diálogo franco, de um diálogo sem comprometimento porque os chefes de Estado africanos que me conhecem hoje sabem que eu falo sem restrições porque a minha única responsabilidade é defender a verdade e o meu país”, diz.

“Isto não pode ser folclore, isto não pode ser brincadeira. Isso pode pôr em causa a nossa soberania”, remata.

In lusa

Turismo

     AEP e ASOPTS-GB assinam acordo de parceria para promoção do ecoturismo

Bissau,17 dez 19 (ANG) – A Associação Empresarial Portuguesa na Guiné –Bissau (AEP) e Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau (ASOPTS-GB) assinaram hoje um acordo de parceria por um período indeterminado para fomentar o ecoturismo no país.

O documento foi assinado pelo Presidente da Associação Empresarial Portuguesa na Guiné-Bissau Fernando Sousa Machado e pelo vice Presidente da Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau  Adnane Yamia, na presença do Secretário-geral da (ASOPTS-GB) Orlando da Costa Pinto.

O documento prevê, entre outras actividades, o relançamento das empresas nacionais que actuam no sector e a captação de investimentos para o desenvolvimento das actividades turísticas no país.

Na ocasião, o Presidente da AEP Fernando Sousa Machado se compromete em colaborar com empresas nacionais para formação de quadros para o sector.

Sousa Machado disse esperar  que o país volta a normalidade  ou seja que tenha  estabilidade política e governativa e paz social.

O vice-Presidente da Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau,  Adnane Yamia considera o acordo de interessante para Associação  e para o sector do turismo na Guiné-Bissau, na medida em que “vai contribuir para o desenvolvimento do turismo, sobretudo no domínio da formação”. ANG/LPG/ÂC//SG

Publicada por ANG 

«CAJU» UNIÃO EUROPEIA INAUGURA SEXTA-FEIRA NOVO CENTRO DE PROCESSAMENTO EM BISSORÃ

Bissau, 17 dez 19 (ANG) – A União Europeia inaugura na próxima sexta-feira um novo centro de processamento de caju, em Bissorã, norte da Guiné-Bissau.
Segundo um comunicado desta organização, a infraestrutura é criada no âmbito do Projecto de Processamento e Comercialização de Caju, na região de Oio, em implementação desde 2016, pela ONG Ajuda do Povo Para o Povo(ADPP) Guiné-Bissau, em parceria com a Associação de Clube de Agricultores.
Financiado pela União Europeia, o referido projecto formou centenas de agricultores em diferentes cadeias de valor do caju, desde as técnicas de produção de castanha e pedúnculo de caju, incluindo a reciclagem de resíduos até a comercialização final do que é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau.
O Centro tem produção biológica certificada e de excelência, e já produz e comercializa amêndoa, sumo, marmelada, bolo e pão de caju, e conta com diversos viveiros de cajueiros estabelecidos em 31 comunidades da região.
A inauguração oficial do centro prevê visita guiada dos participantes, animação cultural e intervenções da Senhora Ministra de Agricultura e Florestas, da Senhora Embaixadora da União Europeia junto da República Guiné-Bissau, do Senhor Governador de Oio, do representante da ADPP Guiné-Bissau e da representante dos/as agricultores/as e das trabalhadoras/estagiárias do Centro.
Conosaba/ANG//SG

Governador da região de Oio acusa  candidato Umaro Sissoco Embalo  de ser um “falso General”

Bissau, 17 dez 19 (ANG) – O governador da região de Oio, norte da Guiné-Bissau e militante do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde(PAIGC), acusou hoje o candidato à Presidência da República, Umaro Sissoco Embaló de ser um “falso General ” e diz que nunca será Chefe de Estado da Guiné-Bissau.

Veríssimo Tamba proferiu estas declarações numa conferência de imprensa em que analisou o  momento político e respondeu as acusações feitas pelo candidato apoiado pelo Movimento para Alternância Democrática (Madem G-15) durante os comícios realizados em São Domingos.

“Ouvi-o a dizer em Canchungo  que  no debate eleitoral com o candidato apoiado pelo PAIGC vai levar documentos que provam o seu curriculum vitae e peço-o que leva também o suporte jurídico que o nomeia como General.  Se ele comprovar isso, então o povo pode acreditar que ele realmente é o General “,frisou.

Tamba disse estar disposto a denunciar  como é que Umaro Sissoco Embalo  conseguiu obter a distinção de General e o nome das pessoas que o deram, frisando que a nomeação do Simões Pereira ao cargo do Secretário Executivo da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), não tem nada com Sissoco, ao contrário do que diz, que  foi uma das pessoas que contribuíram para que Domingos Simões Pereira fosse nomeado para a referida função.

O governador de Oio afirmou que, o Sissoco Embalo está a pensar ainda que o momento político é de “brincadeira ou de danças”.

“O momento é de procurar o futuro Chefe de Estado da Nação guineense. Ele nunca será Presidente neste país e se isso acontecer eu Veríssimo Tamba vou ter cauda  no corpo, à semelhança de um cão”, disse.

Em jeito de reacção sobre a propalada vinda do multi-milionário saudita à Bissau no dia 26 de Dezembro, anunciado pelo Umaro Sissoco Embalo para entre outros entregar um cheque visado no valor de mil milhão de euros, Tamba questionou o porquê de só agora e não quando Sissoco Embalo era chefe do governo, acrescentando que “esta sua palhaçaria  vai terminar no próximo dia 29 de Dezembro”.

O governador de Oio alerta a população sobre o perigo das pessoas que estão em volta do Sissoco, casos de Carlos Gomes Júnior vulgo Cadogo, que “tem sobre os seus ombros suspeitas de assassínios  de Hélder Proença, Roberto Cacheu e outros”, salientando que estão com medo que o Domingos Simões Pereira ganhe, porque se isso acontecer, “vai imperar o império da lei na Guiné-Bissau” .

“As pessoas querendo ou não, haverá julgamento de actos bárbaros que aconteceram na Guiné-Bissau2, disse.

Tamba avisa que  se alguém responder as suas declarações vai “contra-atacar  duro e feio”.

Tamba afirmou que no próximo dia 29 de Dezembro, Simões Pereira será o novo Presidente da República com ou contra a vontade de quem quer que seja “porque é uma pessoa intelectual e capaz de dirigir os destinos do povo guineense” .ANG/MSC/ÂC//SG

Ordem dos Jornalistas: “REDES SOCIAIS DEIXARAM DE APROXIMAR CIDADÃOS E SÃO ESPAÇO DE COVARDES”

O bastonário da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau, Antonio Nhaga, considerou hoje que as redes sociais no país deixaram de aproximar os cidadãos para passarem a ser um espaço de cobardes ligados aos partidos políticos.

“As redes sociais já perderam há muito tempo o papel de aproximação dos cidadãos, ou seja, na Guiné-Bissau as redes sociais passaram a ser um meio de um grupinho de pessoas, cobardes, que insultam e mentem e isto não pode continuar assim”, lamentou António Nhaga, em declarações à agência Lusa.

As redes sociais na Guiné-Bissau, principalmente o Facebook, têm sido utilizadas para divulgar notícias falsas e muitas vezes associando às denominadas ‘fake news’ o nome de órgãos de comunicação social estrangeiros a trabalhar no país.

As notícias falsas aumentam conforme o momento político que o país vive e intensificam-se sempre com as campanhas eleitorais. O fenómeno já tinha sido registado durante a campanha eleitoral para as legislativas de março e prosseguiu com a campanha eleitoral para as presidenciais, cuja segunda volta decorre no dia 29.

“O problema é que essas pessoas estão fora do nosso controlo e ligadas aos partidos políticos. Essas pessoas têm sempre alguém que transmite a mensagem e em função do dinheiro que recebe.

Não há forma de controlar isso, por enquanto”, afirmou o Bastonário da Ordem dos Jornalistas guineense, que dirige o Semanário “O Democrata”.
Sublinhando que a ordem está a tentar criar condições para monitorizar esse comportamento. António Nhaga disse que o facto é que continua a “haver uma avalanche nas redes sociais de pessoas que mentem” e há jornalistas que estão a “cair nessa área”.

“Se continuarmos a fazer informação de qualidade, com isenção e imparcialidade poderemos triunfar”, pediu aos jornalistas o bastonário.

Mas, segundo António Nhaga, o fenómeno está a ter mais impacto no interior do que em Bissau.

“No interior há muita gente, sobretudo jovens, que não conseguem saber nada. Qualquer coisa que leem no telefone, consomem. O nível de informação e de conhecimento é insignificante”, afirmou, salientando que estão a ser vítimas das ‘fake news’, principalmente nesta altura de campanha eleitoral.

Questionado sobre se aquele tipo de abordagem pode prejudicar os candidatos à Presidência guineense, o bastonário disse que sim e “de que maneira”.

“Há pessoas que em vez de votarem num projeto claro, não vão ter a visão, porque as pessoas mentem e às vezes a pessoa que mente é alguém ligado à comunidade. O interior está a ser consumido por notícias falsas por falta de verificação”, disse, salientando que basta uma pessoa de Portugal ou Inglaterra enviar qualquer coisa que eles acreditam “piamente”.

Mais de 760.000 guineenses escolhem no dia 29 o próximo Presidente da Guiné-Bissau, entre Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15).

In lusa

Foto: arquivo Odemocrata

ONG TINIGUENA ENTREGA UMA EMBARCAÇÃO (COM CAPACIDADE PARA 40 LUGARES E 4 TONELADAS PARA TRANSPORTE COLETIVO) AO CONSELHO DE GESTÃO DA ÁREA MARINHA PROTEGIDA DAS ILHAS DE UROK

A ONG TINIGUENA (Esta Terra É Nossa) entregou ao Conselho de Gestão da Área Marinha Protegida Comunitária das ilhas de UROK (Formosa, Nago e Chediã), no arquipélago dos Bijagós, na Guiné-Bissau, uma embarcação com a capacidade para 40 lugares e 4 toneladas para o transporte coletivo.
A embarcação com equipamentos de fabrico francês, montado no Senegal e que vai fazer a ligação entre UROK e Bissau, custou cerca 97 mil euros. Os fundos foram conseguidos graças a parceira com o Governo Japonês e o prémio Equador 2019, atribuído às ilhas UROK, recentemente.
Miguel de Barros, diretor Executivo desta ONG e membro de Gestão da Área Marinha Protegida Comunitária (AMPC), realçou a contribuição da comunidade do UROK na materialização desta iniciativa, contudo fez lembrar que a embarcação, para além da possibilidade de facilitar a deslocação das populações ao continente, irá permitir reduzir o desenclavamento e um maior fluxo económico.

OPINIÃO AAS: As mentiras do Cissoko sobre os seus diplomas

Em 1995, Umaro Cissoko Embaló, jovem oficial de diligência do Tribunal Superior Militar, rumou para Portugal para frequentar estudos superiores, com uma bolsa que lhe foi oferecida pelo General João Bernardo Vieira.

Nas terras lusas, Cissoko começou a sua aventura académica em Coimbra. Não ficou, porém, muito tempo nesse reputado centro estudantil de Portugal.

Alegando não poder viver numa cidade tão pequena, zarpou para Lisboa onde se inscreveu no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP).

Durante a sua permanência em Lisboa, fez amizades com alguns altos dirigentes do Partido Socialista Português. Foi no reinado de António Guterres.

Cissoko falava facilmente e com regularidade com José Sócrates, António Costa, José Lello entre outros dirigentes socialistas. Ao mesmo tempo, viajava frequentemente para países como a Turquia, Israel, Venezuela e outros, em estadias curtíssimas que por vezes não ultrapassavam 48 horas.

É impossível não se intrigar com a facilidade com que um jovem estudante oriundo de África conseguiu conexões fáceis com a estrutura do poder em Portugal, bem como com as suas viagens-relâmpago a vários países. O que Cissoko fazia em Portugal era tudo menos estudar.

Em 1999, Cissoko abandona Portugal sem ter terminado o curso no ISCSP. É curioso que alguns dos seus actuais apoiantes políticos foram colegas dele no ISCSP e sabem que o seu percurso académico foi um fiasco.

Quando em Novembro de 2016, Cissoko Embaló é nomeado Primeiro-ministro da Guiné-Bissau por José Mário Vaz, ele surpreende o mundo com um currículo vitae invejável.

Além de ser General, o que não deixa de ser surpreendente para um jovem de 44 anos na altura (mas isso é outra história), Cissoko assina que, além da licenciatura no ISCSP, é titular de um mestrado e de um doutoramento em universidades Espanholas (os referidos estabelecimentos não o conhecem, como DC provou nas trocas de e-mail), além da frequência de universidades Sul Africanas e Israelitas, bem como da prestigiada Harvard.

Uma amiga Portuguesa telefonou-me na altura da sua nomeação ao cargo de Primeiro ministro e perguntou se o currículo do novo Primeiro-ministro era verdadeiro.

– Claro que é falso – respondi-lhe com a maior das calmas.

Essa amiga observou que também já desconfiava, e acrescentou que se esse currículo fosse verdadeiro era fabuloso para um Primeiro ministro. Infelizmente para Cissoko, esse currículo é falso. Como Judas.

Em qualquer outro país democrático, isso era suficiente para o desqualificar para uma candidatura presidencial. Já se viu ministros demitirem-se em alguns países por se descobrir que mentiram acerca dos seus diplomas ou até mesmo por plágio de teses de doutoramento.

O problema do Cissoko é que a sua fraca capacidade intelectual o trai. Como comprar a ideia de que tem todas as formações que diz ter, se é um vazio de ideias e uma nulidade argumentativa?

Como pretender aceitar que tem os diplomas que diz ter se não consegue articular-se minimamente, se o seu raciocínio é básico e se não domina nenhuma das línguas dos países onde diz ter obtido seus diplomas?

Na verdade, Umaro Cissoko Embaló é oco e não convence. Durante toda esta campanha eleitoral só lhe ouvimos um discurso sectário, intriguista e mentiroso:

– fulano de tal é ‘tchuné’; o outro é lion brandy; o fulano e o beltrano é que impedem o levantamento de sanções aos militares; o fulano é feio, eu sou mais bonito; a mulher do fulano é isto e aquilo; o meu amigo milionário virá em quatro jatos privados trazer 1 bilhão de dólares à Guiné-Bissau, mas só se eu ganhar as eleições.

Este é todo o discurso que aquele que pretende dirigir os destinos do nosso país e de perto de 2 milhões de guineenses tem para oferecer.

Sem ideias e sem um manifesto, sem preparação e sem a mínima noção de responsabilidade, Cissoko Embaló é o protótipo de um charlatão perigoso e sem vergonha que não olha a meios para atingir os fins, mesmo que para isso tenha que nos mentir olhando-nos no fundo dos olhos.

A mentira sobre seus supostos diplomas é apenas a ponta do iceberg de uma série triste de mentiras a que já nos habituou desde que apareceu na cena política nacional em 2016.

Mas o que é realmente preocupante é o facto de ainda haver entre nós pessoas que o levam a sério. Cissoko é um homem que anda com um bidão de gasolina numa mão e um isqueiro aceso na outra. AAS

Mudanças climáticas

Mudanças climáticas

                                        COP 25 chega a acordo mínimo

Bissau, 16 dez 19 (ANG) – Os participantes da COOP25, após duas noites de intensas negociações,  chegaram finalmente no domingo (15) a um acordo em Madri, mas o compromisso alcançado foi mínimo e está longe de responder com firmeza à urgência climática, conforme reivindicado pelos cientistas e pela sociedade civil.

No encerramento da Conferência do Clima das Nações Unidas, a comunidade internacional ressaltou a “necessidade urgente” de agir contra o aquecimento global, mas fracassou em estabelecer as regras do mercado internacional de carbono.

Esse sistema estabelece que os países que emitiram gases demais poderão compensar essa poluição comprando créditos de CO2 daqueles que conseguiram despejar menos gases do que previam as suas metas.

Após duas semanas de negociações, os participantes concordaram apenas em pedir aos países que aumentem suas metas para reduzir as emissões de gases que provocam o efeito estufa no próximo ano. A medida é essencial para tentar conter o aquecimento a menos de +2°C.

A conferência, que negociava os termos da implementação do Acordo de Paris sobre o Clima, que entra em vigor em 2020, deveria ter acabado na sexta-feira (13) à noite, mas a falta de consenso arrastou as discussões até a manhã de domingo.

O fracasso ameaçava o encontro e, durante a última noite, a jovem ativista sueca Greta Trunberg tuitou que a COP 25 “estava se despedaçando”.

A ONU considera necessário reduzir as emissões em 7,6% ao ano entre 2020 e 2030. A porcentagem elevada visa compensar a alta registrada de gases lançados na atmosfera em 2019.

No atual ritmo de emissão de gases do efeito estufa, a temperatura pode aumentar até 4 ou 5°C até o final do século. Mesmo se os signatários do Acordo de Paris respeitassem seus compromissos, o aquecimento global seria superior a 3°C. Todos os Estados deverão apresentar até a COP26 de Glasgow uma versão revisada de seus compromissos.

Até agora, cerca de 80 países se comprometeram a apresentar um aumento de suas ambições, mas eles representam apenas cerca de 10% das emissões globais. E quase nenhum dos maiores emissores, China, Índia ou Estados Unidos, parece querer se juntar a este grupo.

Somente a União Europeia “endossou” esta semana em Bruxelas o objetivo de neutralidade de carbono até 2050. Mas sem a Polônia, muito dependente do carvão. E os europeus ainda vão levar meses para decidir sobre um aumento de seus compromissos para 2030. ANG/RFI/AFP