Embaixada de Portugal em Bissau pede calma a estudantes guineenses no processo de visto

O consulado de Portugal na Guiné-Bissau apelou hoje aos estudantes guineenses que pretendem obter visto de estudos para terem calma, tendo em conta a situação da pandemia provocada pelo novo coronavírus, que está a limitar o acesso às instalações.
Na segunda-feira, cerca de duas dezenas de estudantes guineenses, candidatos à bolsa de estudo em Portugal, manifestaram a sua indignação pela “demora na concessão de vistos” de entrada.
A polícia guineense impediu que a manifestação se realizasse diante do consulado, como era intenção dos estudantes.
Em comunicado, a embaixada de Portugal afirma que compreende “as aspirações e frustrações” dos jovens que já depositaram os documentos de pedido de visto ou que aguardam pela oportunidade de o fazerem.
A representação consular portuguesa em Bissau informa que enfrenta algumas restrições no processamento de vistos, decorrentes das limitações provocadas pela covid-19, daí evitar aglomerações de pessoas no espaço.
A situação tem influenciado o atendimento ao público, reforça o comunicado, sublinhando a existência de um volume assinalável de pedidos de vistos de estudo que todos os anos dão entrada naquele serviço consular.
As contingências no calendário escolar académico em Portugal, este ano, também dificultam a receção de alguns pedidos de visto até agora, nota o consulado português em Bissau.
Aquele serviço informa também que está a averiguar, junto de instituições do ensino superior portuguesas, das situações pendentes relativas aos anos anteriores, a validade das matrículas, detetar fraude documental que, disse, ainda persiste.
O consulado português em Bissau refere igualmente que o processo de concessão de visto acaba por ser moroso ao abrigo do cumprimento da legislação portuguesa e europeia.
Conosaba/Lusa