Domingos Simões Pereira: “JOMAV NÃO COMPREENDE QUE ELE SÓ É PRESIDENTE DA REPÚBLICA POR EXISTIR LEIS”

13/05/2019 / OdemocrataGB / No comments

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O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira disse na tarde desta segunda-feira, 13 de maio de 2019, que o Presidente José Mário Vaz não compreende que ele só é Presidente da República, porque existem leis e, se insistir em não cumpri-las, então deixa de ter a legitimidade para exercer a função do Presidente da República. 

Simões Pereira respondia assim à questão sobre a marcha projetada para amanhã, 14 de maio, pela juventude de diferentes formações políticas que constituem a maioria parlamentar nesta X Legislatura, com o propósito de exigir do Chefe de Estado guineense a nomeação do Primeiro-ministro e, consequentemente, a formação do governo. Acrescentou ainda na sua declaração aos jornalistas que os jovens pretendem chamar atenção da comunidade nacional e internacional sobre o risco de incumprimento das leis do país da parte do Presidente da República. 

O político fez estas declarações depois de uma reunião mantida com o Embaixador dos Estados Unidos de América para a Guiné-Bissau e o Senegal, Tulinabo Mushingi, com a residência em Dacar, capital do Senegal. A reunião realizada na sede dos libertadores visa analisar a situação do impasse político sobre a formação da Mesa da Assembleia Nacional Popular. 

O diplomata norte-americano se encontra de visita de trabalho no país e promove encontros com líderes de formações políticas com assento parlamenta e alguns titulares de órgãos de soberania, para debater a situação do impasse político sobre a constituição da Mesa do Parlamento. 

Questionado sobre os mecanismos que os partidos que constituem a atual maioria parlamentar pretendem acionar para exigir a nomeação do Primeiro-ministro, caso a marcha de amanhã não surtir efeito desejado, Simões Pereira diz que está otimista quanto aos efeitos da marcha de amanhã.

“Eu não quero evocar qualquer tipo do recurso! Em democracia, o recurso é a pressão popular e penso que vamos chegar ao ponto em que o Presidente da República vai compreender que ele tem a obrigação de respeitar outras instituições. Ele é uma instituição e tal como outras instituições existem e a sua tarefa principal enquanto o primeiro magistrado é garantir o funcionamento das instituições”, assegurou.

Por: Assana Sambú

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