Diretor-geral da Promoção e Investimento Turístico afirma que só assistência técnica não é suficiente para recuperação económica

Bissau, 26 jun 20 (ANG) – O Diretor-geral da Promoção e Investimento Turístico afirmou que só a assistência técnica não é suficiente para a recuperação económica, salientando que é preciso mais incentivos, nomeadamente, fiscais e de outra natureza.

Umaro Baldé que falava esta sexta-feira na abertura de um ateliê destinado às agências de viagens, grandes hotéis e restaurantes, subordinado ao tema “Gestão de Negó

cios durante e após Covid-19”, disse esperar que o seminário venha a ajudar a apontar certas soluções relativamente a situação que o mundo está a viver.

O setor turístico,segundo Baldé, é o maior empregador além do Estado em termos do setor privado.

Disse  que, com essa situação pandémica vários hotéis e restaurantes não têm condições de continuar com seus trabalhadores,uma situação que diz não ser bom para  o Estado “porque vai acarretar a situação de delinquência”.

“Se vários hotéis e restaurantes não têm condições de reter os empregados, estamos a beira de licenciamento dos trabalhadores, e este não é bom para o Estado porque vai acarretar mais uma outra situação de delinquência. Se várias pessoas ficarem em casa sem trabalho é um grande fardo para a economia nacional”, sustentou Baldé.

Afirmou  que estão a trabalhar no sentido de reduzir licenciamento e tentar injetar os operadores turísticos para que possam resistir à esta situação.

Umaro Baldé afirmou ainda que, segundo a Organização Mundial de Turismo, o impato negativo do codid-19 no setor  pode provocar uma perda entre 30 à 40 bilhões de dólares, frisando que a mesma organização apontou 23 recomendações que consistem em 3 eixos, sustentando que as grandes linhas de referidas recomendações é que cada Estado  trabalhe no sentido de reduzir o licenciamento e injetar algum incentivo financeiro junto aos operadores turísticos para poderem fazer face aos efeitos da pandemia.

Exortou ainda os operadores turísticos a continuarem a  respeitar as medidas impostas pelas autoridades no quadro da prevenção e combate a Covid-19..

“Não é fácil mas estamos aqui para tentar ajudar da melhor forma possível”, frisou Umaro Baldé, encorajando a iniciativa de fazer o referido ateliê.

Aquele responsável disse que, enquanto autoridade reguladora, estão a ser levados a cabo certas ações no sentido de poder mitigar o impacto negativo da covid-19 no setor turístico, acrescentando que nesta perspectiva foi criado um programa de assistência técnica  aos operadores turísticos.

“No sentido de poder dar assistência técnica aos operadores turísticos, na semana passada realizamos um ateliê com os operadores turísticos de categoria similares nomeadamente restaurantes, aparthóteis e bares. E hoje estamos a dar continuidade das nossas ações reunindo grandes hotéis, agências de viagens e grandes restaurantes no mesmo quadro”, referiu.

Reconheceu entretanto que só a assistência técnica não é suficiente para fazer face a situação, adiantando que a sua direção está em contato com várias instituições financeiras no sentido de poder ver a possibilidade de injetar algum incentivo  aos operadores turísticos.

Para o Presidente da Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau, Jorge Paulo Cabral, sem a organização interna e desconcentração dos fundos não será possível desenvolver o turismo.

Cabral  criticou que  os grandes operadores não devem ficar afastados da classe como tem sido até aqui.

Defendeu que os operadores turísticos devem se manter próximo para poder apoiar o desenvolvimento da classe, acrescentando que devem se juntar para poderem discutir o futuro do turismo e cada um dar as suas contribuições para fazer uma  proposta ao governo tendo em conta que ele, sozinho não pode traçar uma política sem ouvir os operadores.

Jorge Paulo Cabral disse que a sua associação está a contar com a Secretaria do Estado do Turismo no sentido de fazer funcionar o fundo do turismo conforme o Decreto-Lei 41/83 e aprovação do regulamento pelo Decreto-lei 33/89.

Paulo Cabral exorta os associados e seus parceiros a de juntar sinergias e troca de experiência para elaboração de estratégia com vista a poder impulsionar e desenvolver o setor.

Sustentou que o setor de turismo, hotelaria, restauração similares e agências de viagens tornarão, num futuro próximo, numa alavanca importante para o desenvolvimento económico e promocional do país.

Disse que mesmo que a pandemia do covid-19 terminar vai ser difícil esse setor recuperar sem o apoio do governo. ANG/DMG/ÂC//SG