Covid-19/Secretário-geral das Nações Unidas chama atenção para a desinformação na luta contra Coronavírus

Bissau, 15 Abr 20 (ANG) – O Secretario-Geral da Nações Unidas afirmou esta terça-feira que enquando o mundo luta contra a pandemia mortal do Cvovid-19, a crise mais desafiadora que o mundo enfrenta desde a Segunda Guerra Mundial, está perante uma outra perigosa epidemia que é de desinformação.

Segundo a ONU News, António Guterres que falava a partir de Nova Yorque numa mensagem em video, frisou que em todo mundo, as pessoas estão assustadas e querem saber o que fazer, salientando que o momento é da ciência e solidariedade .

“No entanto a “epidemia de desinformação“ global está a espalhar-se, as falsidades estão a encher ondas de rádios, teorias de conspiração selvagens estão infectando a internet o ódio está-se a tornar viral, estigmatizando e difamando pessoas e grupos e o mundo também deve unir contra esta doença”,avisa Guterres.

O secretário geral da ONU aponta a confiança como a vacina contra esta epidemia, tendo saudado aos jornalistas e outros que verificam a montanha de histórias enganosas e pots nas redes sociais, chamando atenção as empresas de media social a fazerem mais para erradicar o ódio e as afirmações prejudiciais sobre o Covid-19.

António Guterres apelou igualmente a confiança nas instituições ,fundamentada em governança e liderança responsáveis e baseadas em evidenciais e confiar um no outro, bem como o respeito mútuo a a defesa dos direitos humanos, devem ser a bussola para enfrentar esta crise.

“Juntos vamos rejeitar as mentiras e bobeiras que circulam por aí e hoje estou anunciando uma nova iniciativa de respostas as comunidades das Nações Unidas para inundar a internet com fotos, ciência e combater o crescente flagelo da desinformação, um veneno que está a colocar ainda mais vidas em risco”, aconselhou.

Adiantou que com uma causa comum de bom senso e factos, podemos derrotar o Covid-19 e construir um mundo mais saudável, mais equitativo e resiliente.

A pandemia da covid-19 já causou mais de 118 mil mortos e infectou quase 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Os Estados Unidos são o país que regista o maior número de mortes (23.529) e de infectados (mais de 570 mil).

O continente europeu, com mais de 962 mil infectados e cerca de 80 mil mortos, é o que regista o maior número de casos, e a Itália é o segundo país do mundo com mais vítimas mortais, contando 20.465 óbitos e mais de 159 mil casos confirmados.

Em Espanha, as autoridades sanitárias apontam 17.489 mortos e mais de 169 mil casos de infecção.

Além de Estados Unidos, Itália e Espanha, os países mais afectados são França, com 14.967 mortos (mais de 137 mil casos), Reino Unido, com 11.329 mortos (88 mil casos), Irão, com 4.585 mortos (73 mil casos), China, com 3.339 mortos (82 mil casos), e Alemanha, com 2.799 mortes (123 mil casos).

Em África, há registo de 793 mortos num universo de mais de 14 mil casos em 52 países. ANG/ONU News