ANALISTA POLÍTICO: “ALIANÇAS FAVORECEM O DSP”

O analista político, Luís Petit, disse em entrevista à Deutsche Welle que “há falta de maturidade e coerência política” por parte dos políticos da Guiné-Bissau.

“Significa que ou uma parte está aliciada pelo poder, não só político, mas também aos ganhos económicos, ou há outros benefícios subjacentes a todos esses apoios”.

Lembrou que “desde 2014″o Nuno Nabiam anda a criticar o Sissoco, classificando-o mesmo como “um perigo para o país, mas hoje associou-se a ele”.

“Falta de coerência”

O analista critica igualmente a posição do presidente da República cessante, que falhou a sua reeleição.

José Mário Vaz, recorde-se, anunciou o seu apoio ao Umaro Sissoco Embaló na segunda volta. “Aos políticos guineenses falta uma grande dose de coerência política. José Mário Vaz, depois de ter vangloriado Sissoco como melhor filho da Guiné-Bissau, aquando da sua nomeação como primeiro-ministro, deu uma volta de 180 graus, dizendo, num áudio que vazou na Internet, que este é perigoso, algo que nunca desmentiu, o que corresponde à verdade. Se Sissoco fosse inteligente, não aceitaria o apoio de Jomav”, considera Luís Petit.

O analista argumenta que o facto de José Mário Vaz não atingir a segunda volta, estando na presidência, significa que “o povo fez uma avaliação dos seus cinco anos de mandato e deu-lhe o cartão vermelho”. Por isso, no seu entender, Jomav deveria tentar ‘salvar’ a sua honra e ficar de fora na segunda volta, sem declarar apoio a ninguém.

“Alianças favorecem o DSP”

Petit entende que as alianças que se fazem contra o candidato do PAIGC “só trarão benefícios a Domingos Simões Pereira, porque esses candidatos derrotados acabam, desta forma, por reconhecer a sua derrota antecipada e não conseguem levar com eles a sua máquina para apoio no terreno. AAS