PRESIDENTE DE UNIÃO DE IMAMES BUBACAR DJALÓ MORRE VÍTIMA DE COVID-19

O presidente da União Nacional dos Imames da Guiné-Bissau, Bubacar Djaló, morreu hoje em Bissau vítima da doença de novo coronavírus (covid-19), informou ao jornal O Democrata uma fonte familiar.

O malogrado, o imame de Mansoa, como era conhecido na Guiné-Bissau, deu entrada nos serviços de urgências do hospital nacional Simão Mendes na segunda-feira, 16 de agosto de 2021, tendo-lhe sido diagnosticada a covid-19, doença causada pelo virus do novo coronavírus e internado de seguida no centro de tratamento de doentes de coronavírus.

Entretanto, Bubacar Djaló não resistiu às complicações, falecendo na madrugada desta quinta-feira.

Aladje Bubacar Djaló era o rosto da ligação nos últimos anos entre a comunidade muçulmana guineense e a católica. Várias vezes foi convidado pelo Bispo Emérito, Dom José Camnate Na Bissing, para participar nos eventos da Igreja Católica, como também convidou o Bispo a tomar parte na cerimónia de Ziarra em Mansoa.

O malogrado tinha um epaço radiofónico na estação emissora católica Rádio Sol Mansi, o programa “Voz de Islão”, divulgado todas as quintas-feiras. No período do mês de jejum era-lhe cedido outro espaço para apresentação do programa “Tribuna Islâmica”, três vezes por semana.

Djaló iniciou os estudos corânicos em Mansoa e mais tarde foi levado pelo seu pai para a Gâmbia. Em 1993 beneficiou de uma bolsa de estudos para a Universidade de Azhar, no Egito.

Ustaz Bubacar Djaló fundou a primeira estação emissora islâmica na Guiné-Bissau em Mansoa, a “RECOM”, em 2007. Foi eleito presidente da União de Imames da Guiné-Bissau a 7 de julho de 2013.

Segundo os dados epidemiológicos divulgados na terça-feira, foram realizados 606 testes e registados mais 99 casos, sendo agora o total acumulado de 5.305 casos. O número total  de óbitos  por covid-19 é 95, desde o início da pandemia na Guiné-Bissau.

Mais 27 pessoas foram dadas como recuperadas da doença, elevando o total de recuperados para 4.455, e 749 casos ativos no país. Os dados do Alto Comissariado indicam que 36 pessoas estão internadas devido à doença.

O aumento do número de casos da infeção e de óbitos nas últimas semanas, nesta terceira vaga da pandemia de covid-19, obrigou as autoridades guineenses a decretar o estado de calamidade. O ministério do Interior emitiu também um despacho no qual proíbe qualquer aglomeração com mais de 25 pessoas e apelando à observação das medidas de prevenção.

Por: Redação