Bissau,03 Mai 19(ANG) – O recém eleito deputado do partido Assembleia do Povo Unido(APU-PDGB), no Círculo Eleitoral número cinco que compreende o sector de Bissorã afirmou que o maior problema com que se depara a população local, principalmente a da secção de Binar, tem a ver com a falta de água.
Úmaro Conté, em entrevista exclusiva à ANG, disse que em cada manhã é notório ver longas filas das pessoas junto dos poucos fontenários existentes naquela povoação.
Disse que uma outra preocupação dos habitantes do Círculo cinco prende-se com a falta de escolas e das condições precárias das estradas.
“Os estudantes percorrem, a pé, muitos quilómetros das suas aldeias até a secção de Binar para puderem assistir as aulas”, lamentou.
Apelou aos governantes no sentido de prestarem mais atenção às populações que na sua opinião estão a e enfrentar enormes dificuldades.
“Se hoje em dia somos deputados, ministros, directores gerais entre outros é porque somos votados pelas pessoas, as quais devemos muita obrigação, e que não devemos esquecer”, sublinhou.
Aconselha aos governantes para, de vez em quanto, visitarem as regiões do país para constatar, “in loco”, como estão a viver as populações ,e não apenas ficar somente na capital Bissau.
“É triste ver o avançado estado de degradação das infra-estruturas herdadas dos colonialistas no interior do país , Nada novo foi construída”, lastimou.
Úmaro Conté garantiu que, como deputado da nação, irá usar toda a sua influência junto do Governo para minimizar o sacrifício das populações das referidas localidades.
Afirmou que a base de desenvolvimento de um país é o sector agrícola e industria, acrescentando que a agricultura na Guiné-Bissau está totalmente paralisado.
Perguntado sobre o que lhe motivou, pela primeira vez, a concorrer para as funções de deputado da nação, respondeu que decidiu abraçar a vida política porque sentiu-se revoltado com a situação do país.
“Os que nos afirmam ao longo de muitos anos que são políticos na Guiné-Bissau, na minha opinião, não estão a cumprir o seu papel, porque a política é feita para desenvolver um país e não o contrário”, disse.
Úmaro Conté disse que entrou na política para juntar a sua voz à camada da população mais carenciada, e fazer aos governantes sentirem pena deste martirizado povo.
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