Política/Presidente da República diz ser  triste ver um partido que ajudou a criar, organizar uma reunião para o insultar

Bissau,09 Ago 21(ANG) – O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, afirmou no sábado, não ter nenhum problema com o coordenador nacional do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), Braima Camará.

“Qual é o problema que tenho com o Braima Camará? O que é que o chefe de Estado pode ter com o Braima Camará? Por favor deixam isso”, disse o chefe de Estado, quando respondia aos  jornalistas sobre a sua relação com o coordenador nacional do Madem-G15, que apoiou à sua candidatura às presidenciais.

O presidente guineense falava aos jornalistas após uma reunião com os régulos de diferentes regiões do país.

“Penso que é preciso compreender uma coisa, com a responsabilidade que tenho nos meus ombros é normal que as pessoas falem mal de mim, porque as pessoas não falam mal apenas do régulo”, referiu.

Umaro Sissoco Embaló salientou, no entanto, que é triste ver um partido que ajudou a criar, organizar uma reunião para o insultar.

“É normal, porque a vida é uma dinâmica, disse, referindo-se a vídeos que começaram a circular nas redes sociais de intervenções de dirigentes do Madem-G15 durante a reunião do conselho nacional fechada à imprensa.

No passado 21 de julho, Braima Camará, apelou à unidade dos guineenses e afirmou que não pode pertencer a regimes que não respeitam as regras do Estado de Direito.

“Não vamos promover a ditadura neste país. Eu tenho princípios, e os que me conhecem sabem que tenho convicção, que definitivamente os guineenses têm de entender-se, respeitar o Estado de Direito democrático”, disse, apelando ao diálogo, à tolerância e ao fim da violência.

Em resposta, o Presidente guineense afirmou que não é um ditador e que o país é um Estado de Direito, mas que não vai permitir desordem nos partidos que fazem parte da coligação no Governo.

Já no início desta semana, Braima Camará afirmou que respeita o chefe de Estado, que o Madem-G15 apoiou na corrida às presidenciais, mas que não negoceia a sua “liberdade”, “independência”, o “exercício da democracia, a paz e estabilidade”.ANG/Lusa