PRESIDENCIAIS 2019: Domingos Simões Pereira classifica acordo contra si como “sentimento de derrota”

O candidato às presidenciais guineenses pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, considera que o acordo assinado entre os seus adversários para apoiarem um candidato único contra si numa eventual segunda volta constitui “um sentimento de derrota”.

Em declarações à agência Lusa à margem do comício de encerramento da campanha eleitoral, esta sexta-feira (22.11), Domingos Simões Pereira, disse que o anúncio do acordo assinado entre os seus adversários para apoiarem um candidato único contra si numa eventual segunda volta “a dois dias das eleições” só pode significar “um sentimento de derrota” e a “intenção de questionar ou colocar em causa aquilo que é a liberdade de escolha do povo guineense”.

O candidato disse esperar “que o povo guineense saiba compreender isso e saiba responder a isso”, à margem do comício no estádio Lino Correia, palco tradicional do comício que encerra as campanhas do PAIGC, que juntou milhares de apoiantes do líder do partido.

O acordo foi anunciado à Lusa pelo Presidente cessante, José Mário Vaz, que se recandidata ao cargo como independente, e pelo candidato apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), Umaro Sissoco Embaló, em declarações aos jornalistas na cidade da Praia, Cabo Verde.

Questionado sobre se teme perder as eleições por causa desse acordo, Domingos Simões Pereira respondeu que não.

“O meu pacto é com o povo guineense, desde o início que a minha preocupação não é convencer os candidatos, é ter a preferência do povo guineense e continuar a ter uma mensagem que seja capaz de mobilizar o povo guineense”, disse.

O candidato do PAIGC manifestou a esperança de que haja “transparência nestas eleições” e que “as coisas aconteçam em clima de tranquilidade e que o povo guineense se possa expressar”.

Sobre se tem confiança numa vitória à primeira volta, respondeu: “não sou eu que acho, é o povo que acha que há uma urgência e uma necessidade”.

Questionado sobre o acordo que os candidatos opositores anunciaram para todos apoiarem o candidato que entre eles passar à segunda volta contra Simões Pereira, o vice-presidente do partido, Cipriano Cassamá, referiu que isso “não mete medo” ao PAIGC.

A campanha para as eleições presidenciais de domingo, a que concorrem 12 candidatos, terminou ontem, sexta-feira. Lusa