UNIÃO PARA MUDANÇA DECLARA APOIO À DOMINGOS SIMÕES PEREIRA


União para Mudança (UM) declarou hoje o seu apoio político ao candidato do PAIGC, Domingos Simões Pereira, alegando ser o único capaz de garantir a estabilidade governativo e o respeito à Constituição da República e demais leis em vigor no país.
A declaração foi feita  em conferência de imprensa pelo líder do partido, Agnelo Augusto Regala, na qual justificou o apoio com a convicção de que, a vitória de qualquer candidato irá derrubar o atual Governo por não partilhar da mesma visão política.  Disse que o apoio à candidatura de DSP é uma das decisões saídas na reunião de análise da situação política vigente no país, da Comissão Permanente UM, realizada no dia 24 de outubro.

Regala disse esperar do candidato que apoia uma sintonia com o Governo no combate, sem tréguas, ao narcotráfico, crime organizado e aos fundamentalismos de qualquer ordem. 
Agnelo Regala espera ainda que o candidato que apoia promova uma ação no sentido de “refundação do Estado guineense”, de forma a torná-lo mais moderno, funcional, democrático e despartidarizado.
No seu entender, a refundação do Estado implica, antes de mais, uma ruptura com o passado, a  mobilização efectiva de todos os setores da sociedade, para uma parceria estratégica que contribua para uma maior justiça social, e que permita corrigir as disparidades que continuam a verificar no tecido económico e social, por forma a evitar eventuais clivagens que põem em causa a unidade e o bem-estar dos guineenses.
Essa refundação, conforme o líder da União para Mudança deve se assentar  numa estratégia que visa a  normalização da vida pública e na definição  da dinâmica dos moldes em que se processará a interdependência e interacção de todos os órgãos de soberania e adequação das leis com a nova realidade que o país vive.
Neste quadro, a UM ainda espera do  candidato que apoia, uma nova forma de abordagem da problemática do Estado, envolvendo todas as forças da Nação, inclusive os partidos políticos, a sociedade civil,  para um diálogo profícuo na defesa dos supremos interesses da povo, permitindo o estabelecimento de uma plataforma nacional de entendimento para um novo contrato social e político que favoreça o desenvolvimento do país.
Após as eleições presidências, a UM quer um Estado desconcentrado, descentralizado e que esteja mais próximo e ao serviço dos cidadãos, sobretudo os mais carenciados, que possa garantir a igualdade de oportunidade de acesso aos recurso básicos, bem como a igualdade na distribuição das riquezas nacionais, numa perspectiva de desenvolvimento global durável e integrado, ainda, no respeito dos equilíbrios sociais e culturais.
“Um estado que coloque com particular atenção a situação da juventude, garantindo-lhe o acesso à educação e ao ensino de qualidade. Um Estado que coloque o homem e a mulher guineense como o seu centro de gravidade, orientado para a resolução dos problemas da sociedade guineense no seu todo”, perspectivou Agnelo Regala.
Segundo Regala, são estas as razões pelas quais, a União para Mudança defendeu a continuidade e o reforço da Aliança de Incidência Parlamentar e Governativa, que engloba partidos com e sem assento no hemiciclo e a afirmação do principio de que “os interesses nacionais se devem sobrepor aos interesses político-partidárias ou particulares”.

A UM é representada no parlamento por um deputado e integra a coligação que assegura a estabilidade governativa  e parlamentar com o PAIGC vencedor das legislativas de março passado, sem maioria absoluta.

Notabanca; 25.10.2019