CNC ALERTA GOVERNO A TOMAR MEDIDAS PARA CORRIGIR DESEQUILÍBRIOS NAS FINANÇAS PÚBLICAS


O Conselho Nacional de Crédito (CNC), alertou ontem o executivo da Guiné-Bissau para a necessidade de tomar medidas que permitam corrigir os desequilíbrios nas finanças públicas e recomenda ao Governo incrementar esforços na mobilização de recursos internos, através do alargamento da base tributária, por forma a garantir recursos necessários para o financiamento dos sectores sociais e melhoramento das infraestruturas.

O apelo ao Governo consta numa nota do CNC divulgado à imprensa quarta-feira, no final da reunião nas instalações do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), no qual os membros do conselho felicitaram o executivo pela implementação do guichet único na Direção Geral das Alfândegas que se espera poder contribuir na melhoria da qualidade dos serviços e na redução dos custos e consequentemente no aumento das receitas.No que diz respeito ao plano monetário e do crédito, face à progressão relativamente modesta do crédito concedido e a sua concentração nos sectores do comércio, os membros do CNC estimam que apesar de algumas melhorias a sua contribuição continua ainda muito limitada e insuficiente face as necessidades de investimento da clientela.“O CNC manifesta o desejo de um maior engajamento dos bancos no financiamento da economia, nomeadamente nos sectores com potencial de crescimento como as Pequenas e Médias Empresas (PME), as pescas e a agricultura”, acrescenta a nota.No documento de duas páginas, os conselheiros exortaram o Governo a acelerar as reformas no sector da justiça e na melhoria do clima de negócios, que pesam negativamente na atividade dos bancos.Durante a reunião foi realçada a questão da acessibilidade e disponibilidade dos serviços bancários para as populações nomeadamente a sua extensão nos meios rurais. Os conselheiros apelaram o BCEAO a redobrar os seus esforços no controle das condições gerais dos bancos e para acelerar o projeto da instalação da fibra óptica.Por fim, o CNC felicita a implementação do dispositivo de apoio às PME/PMI lançado pelo BCEAO, contudo exorta o executivo para encontrar mecanismos financeiros de apoio às estruturas de enquadramento e para criar quotas de mercado com vista a facilitar a acessibilidade à concorrência das PME/PMI, nas empreitadas públicas e nos concursos públicos de aquisição e fornecimento de bens e serviços.Notabanca; 12.09.2019Publicada por notabanca 

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