Primeira morte registada na Gâmbia devio a Covid-19

Um líder religioso muçulmano de 70 anos, originário do Bangladesh, foi a primeira vítima mortal do novo coronavírus na Gâmbia, onde estava depois de várias celebrações religiosas feitas noutros países, anunciaram hoje as autoridades.

Primeira morte registada na Gâmbia devio a Covid-19
Notícias ao Minuto

23/03/20 12:37 ‧ HÁ 4 HORAS POR LUSA

MUNDO COVID-19

De acordo com a agência de notícias France-Presse, o imã tornou-se o segundo caso detetado neste pequeno país da África Ocidental, depois de ter chegado do Senegal no dia 13 de março, disse o Ministério da Saúde em comunicado.

Este cidadão do Bangladesh tinha-se estabelecido na parte residencial de uma mesquita em Bundung, na periferia da capital, Banjul, “e estava envolvido em atividades religiosas, estando em contacto com várias pessoas”, lê-se ainda na declaração emitida no domingo e recebida hoje pela AFP.

“Dizem que ele já viajou antes para outros seis países, nos quais também celebrou cerimónias religiosas”, lê-se ainda na declaração, que dá conta que o homem, diabético, morreu numa ambulância a caminho do hospital, depois de ter ido pedir ajuda a um centro de saúde.

As autoridades da Gâmbia estão “ativamente a procurar” as pessoas com quem o imã esteve em contacto e vão avisar os seis países que o imã visitou, e que não foram ainda divulgados.

Mais de 15 mil pessoas já morreram em todo o mundo infetadas por Covid-19, de acordo com um balanço feito pela Agência France-Presse (AFP) a partir de dados oficiais divulgados hoje às 11:00.

De acordo com o novo balanço divulgado às 11:00, o novo coronavírus matou 15.189 pessoas em todo o mundo desde que surgiu em dezembro, a maioria na Europa (9.197).

Foram registados mais de 341.300 casos de infeção em mais de 174 países e territórios desde o início da epidemia.

Com 5.476 mortes, a Itália é o país mais afetado à frente da China (3.270), foco inicial do contágio, e Espanha (2.182).

O continente africano regista já pelo menos 40 mortes devido ao novo coronavírus, ultrapassando os 1.250 casos em 43 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia da covid-19.

No total, estão contabilizados naquele continente 1.267 casos de infeção desde o início da pandemia, tendo o primeiro sido detetado em 14 de fevereiro, no Egito.

De acordo com o portal Worldometer, que compila quase em tempo real a informação da Organização Mundial de Saúde (OMS), dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças de fontes oficiais dos países, de publicações científicas e de órgãos de informação, há registos de mortes pela covid-19 em dez países africanos: Egito, Argélia, Marrocos, Tunísia, Burkina Faso, Gabão, Sudão, Maurícias, Gana e República Democrática do Congo (RDCongo), tendo estes dois últimos registado as suas primeiras mortes.

MINISTÉRIO DE SAÚDE ANUNCIA DOIS CASOS SUSPEITOS DE CORONAVÍRUS COLOCADOS EM QUARENTENA

O diretor-geral dos Serviços da Epidemiologia e Segurança Sanitária, Salamão Mário Crima, anunciou esta segunda-feira, 23 de março de 2020, a existência de dois casos suspeitos da doença de covid-19 (coronavírus) que estão colocados em quarentena nas suas respectivas casas sob a vigilância das autoridades competentes.

Os dois casos suspeitos do Covid-19 foram anunciados esta manhã durante abertura do seminário de formadores em matéria da prevenção da doença do covid-19, pelo responsável do serviço da Epidemiologia e Segurança Sanitária. Trata-se de dois cidadãos estrangeiros residentes no país, nomeadamente, um cidadão indiano e outro da República Democrática do Congo.

Salomão Mário Crima explicou que os suspeitos estão em quarentena e aguardam pelos resultados de diagnósticos. Frisou que se houver mais informações sobre o assunto, a entidade competente pronunciará sobre o mesmo.

Precisou que os dois indivíduos  colocados em quarentena são apenas suspeitos e, por isso ficarão sob a vigilância nas suas residências.

Criticou aquilo que considera da desobediência de alguns cidadãos, que segundo ele, continuam a frequentar espaços públicos de aglomeração inclusive as praias. Pediu a população no sentido de obedecerem às medidas da prevenção anunciadas pelas autoridades guineenses.

O epidemiologista informou que a Guiné-Bissau  dispõe de um laboratório nacional e “Kits” para diagnosticar casos de suspeitos do Covid-19.

Presente no ato, a Secretária de Estado de Gestão Hospitalar, Cornélia Lopes, disse que a formação de formadores em matéria da prevenção do Covid-19 é de extrema importância, porque permitirá  capacitar os agentes que irão lidar diretamente com as populações suspeitas ou infetadas do coronavírus.

Assegurou que o flagelo que o mundo enfrenta deve ser encarado como uma guerra mundial, porque o vírus se transformou agora em bombas.

A responsável aproveitou a ocasião para pedir a comunidade internacional e aos parceiros do Ministério da Saúde Pública no sentido de apoiarem e colaborarem com as autoridades guineenses para que em conjunto lutarem contra a “maldita doença”.

“Apesar de o governo ser o executor das políticas de Estado, mas o desafio do combate contra o coronavírus não cabe só ao executivo, por a colaboração de todos os cidadãos guineenses é indispensável” enfatizou.

Por: Carolina Djemé

Foto: Marcelo Na Ritche

COVID-19» LÍDER DE PUN DEFENDE CRIAÇÃO DE EQUIPA DE ESPECIALISTAS DIRIGIDA POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE PARA PREVENÇÃO DA PANDEMIA

Bissau, 23 Mar 20 (ANG)- O líder de Partido de Unidade Nacional (PUN) defendeu a necessidade de se criar uma equipa de especialistas dirigidas por profissionais de saúde pública com o objectivo de se prevenir melhor contra a pandemia de coronavirus.

A ideia de Idrissa Djaló foi tornada pública numa mensagem sobre a situação de pandemia de coronavirus, à que a ANG teve acesso hoje.
A pandemia já foi confirmada em muitos países do mundo e já se encontra nos países vizinhos da Guiné-Bissau como Senegal e Guiné Conacri.
“No plano sanitário, devemos criar uma equipa de especialistas dirigidas por profissionais de saúde pública e de epidemiologistas reconhecidos como a Dra.Magda Robalo, Dr. Inacio Alvarenga, Dra. Amabélia Rodrigues e Dr.Paulo Rabna entre outros”, sugeriu.
Na missiva, Djaló disse que como acontece na Europa, este grupo de experts deverão ser encarregues de fornecer respostas científicas às questões colocadas pelas autoridades politicas, e de recomendar as medidas de saúde pública como o confinamento, o funcionamento dos espaços públicos (mercados, estádios) precauções e medidas de higienização”.
Sublinhou que só confiando as referidas responsabilidades à uma equipa de profissionais competentes é que o país terá a chance de ultrapassar este flagelo.
Idrissa Djaló recomendou que os atores, de todos os quadrantes políticos, se comprometem por escrito e publicamente em transferir poderes alargados à estas equipas e abster-se de toda a ingerência e aproveitamento político durante este período crítico.
Disse ainda que no plano económico deve ser solicitada personalidades como Carlos Lopes e Paulo Gomes para refletir no impacto das medidas que sejam tomadas e conceber as solicitações realistas de apoio aos parceiros europeus, chineses, americanos e africanos e que as duas equipas deverão dispor de plenos poderes até ao final da pandemia e da fase de relance da economia de Guiné-Bissau.
Idrissa Djaló disse que é necessário começar por negociar um Pacto Nacional para melhor preparar o País para fazer face aos desafios sanitários, económico, social e politico que a nação guineense enfrenta.
“Para tal, teremos que adiar o contencioso político, sem pôr em causa a necessidade de resolvê-lo logo que fôr possível. Contudo, se não queremos correr o risco de ver centenas ou milhares dos nossos compatriotas morrer em consequência do Covid-19, a prioridade é de construir um consenso nacional e colocar a Guiné-Bissau em ordem de batalha”, recomendou.
Na mensagem, o líder de PUN disse que a Guiné-Bissau faz parte do elo mais frágil do continente africano e que a tragédia global de Covid-19 acontece na pior das situações, ou seja, num momento em que o país se encontra mergulhado numa instabilidade crônica, que mina, a cada dia, as estruturas do Estado.
“Hoje, somos confrontados com querelas de legitimidade política e disputas pós-eleitorais que paralisam o funcionamento normal das nossas já frágeis, instituições. Esta situação impede que os nossos parceiros internacionais concedam apoio e assistência. Toda a nossa energia é canalizada para disputas políticas estéreis que levarão claramente para a destruição do pouco que resta da estrutura da administração do Estado”, referiu Djaló.
O Presidente de PUN afirmou que o Governo que está em funções não tem tomado as medidas acertadas por não ter a capacidade de avaliação do que está em causa e de não possuir no seu seio pessoas capazes de assumir a extensão da pandémia e de oferecer respostas satisfatórias.
O líder do PUN referiu que o mundo inteiro está confrontado, há vários meses, com uma pandemia do novo coronavírus denominado Covid-19, cujos efeitos já tiveram um grave impacto na economia mundial. Os melhores sistemas de saúde do mundo – China, Europa e América têm dificuldade em conter a pandemia.
Acrescenta que a África por sua vez, já foi atingida, e que as fragilidades dos sistemas de saúde de diferentes países africanos expõem as populações á riscos incalculáveis no plano sanitário, económico e social.
Conosaba/ANG/AALS/ÂC//SG

Covid-19: “Economias africanas sofrerão consequências dramáticas”, diz economista Carlos Lopes

Angola terá crescimento negativo, Cabo Verde ficará muito perto do zero, Guiné-Bissau sem ajudas dos parceiros e Covid-19 levará economia de Moçambique ao tapete, segundo as previsões do economista Carlos Lopes.

    

Carlos Lopes Vorsitzender UNECA (UNECA)Carlos Lopes

O economista guineense e atual alto representante da União Africana (UA) para as negociações com a Europa, Carlos Lopes, anunciou esta segunda-feira, em entrevista exclusiva à DW África, que todas as atividades de preparação da cimeira África-Europa, prevista para outubro, estão suspensas devido à pandemia do novo coronavírus.

O antigo secretário-geral adjunto das Nações Unidas diz também que já não será substituir o franco CFA pelo ECO no decurso deste ano e prevê um crescimento bastante negativo das economias africanas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que África possa tornar-se o próximo epicentro do covid-19, devido à rápida evolução dos contágios.

Na entrevista à DW, Carlos Lopes analisa também o impacto da doença na economia do continente africano, sobretudo nos PALOP. Aponta também as medidas que os líderes africanos devem tomar com uma certa urgência para evitar o pior para as suas economias.

DW África: Que impacto terá à pandemia de Covid-19 na economia africana?

Calos Lopes (CL): Eu penso que o mais importante a assinalar é o facto de que a economia já estava numa situação de certa dificuldade. Tinha havido duas revisões para diminuir a previsão de crescimento por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de outros organismos internacionais. Estávamos já com uma previsão de cerca de 3,2% e acontece a paragem praticamente total das atividades das cadeias globais de produção e a procura das matérias-primas que sofreu reduções drásticas, sobretudo petróleo que vai até os 20 dólares. Podemos contar que a economia africana neste ano vai ter imensas dificuldades e uma delas, seguramente, é um conjunto grande de países que vai ter um crescimento negativo. Estou praticamente ciente do facto de que devido ao impacto do coronavírus, nós temos não só uma diminuição considerável de tudo o que é logística, transportes, temos uma diminuição drástica da produção manufatureira, temos também uma diminuição do comércio a nível mundial e portanto, o turismo, que cria muitos empregos, embora não seja ainda uma área com grande importância no Produto Interno Bruto (PIB) de muitos países africanos, em alguns ele é fundamental. Portanto, este conjunto de más noticias faz com que possa prever uma diminuição muito grande da procura, que tem sido responsável por dois terços de crescimento de África – a procura interna neste caso. Mas depois temos um outro fator que eu acho que é consideravelmente mais impactante, que é o facto de as nossas moedas serem moedas que é possível especular em momentos como este, tanto em termos da dívida soberana como em termos da própria taxa de câmbio. Por causa disso, termos uma diminuição de valor das moedas e um aumento considerável das obrigações internacionais em dólares ou em moeda forte. Portanto, tudo isto combinado faz crer que por causa das economias maiores do continente que são a Nigéria, o Egito, e a África do Sul ficarem a sofrer fortemente uma perturbação, vamos ter um crescimento negativo este ano em África.

DW África: Podemos também prever situações complexas para os países africanos de língua portuguesa, sobretudo para a Angola que tem uma economia dependente do petróleo?

CL: Na realidade todos os países lusófonos vão ter consequências graves e Angola mais por causa do petróleo. Os preços do petróleo estão em patamares históricos mais baixos deste que se começou a fazer a medição do preço por barril de Brent. Temos um país que já estava numa situação grande dependência de recursos públicos em relação à exportação do petróleo, que já estava numa fase recessiva, que vai fazer face não só à baixa dramática destes preços nunca vistos antes, como também as consequências do próprio coronavírus na procura interna. Portanto, Angola seguramente vai ter um crescimento negativo.

No caso de Moçambique, temos um problema equivalente. É que já tinha a questão das dívidas ocultas e Moçambique começava a sair dessa dificuldade com uma série de investimentos que normalmente trazem grandes fluxos de capitais, que inflacionam o PIB de uma forma artificial. Ou seja, não vai para o bolso das pessoas, mas digamos nas contas nacionais parece muito dinheiro que estava a vir para investimentos na área do gás. Acontece que esses investimentos para esse tipo de indústria são normalmente feitos à cabeça. O que significa que Moçambique estava a ter grande influxo, mas não estava a ter retorno na economia real. E esses investimentos vão também ser passados por causa do coronavírus. Portanto, vai haver aqui um atraso de pelo menos dois ou três trimestres, o que vai levar a economia de Moçambique ao tapete. Não creio que chega ao crescimento negativo, mas vai ficar uma grande dificuldade e para o bolso das pessoas o impacto vai ser gigantesco.

No caso de Cabo Verdetemos um problema ligado ao turismo. Há uma perda total de fluxos turísticos. A principal dívida do país está associada ao setor dos transportes. O país estava a tentar a reestruturação a companhia aérea e dos transportes marítimos. Tudo isso está altamente impactado pelo coronavírus. Portanto, podemos imaginar que o crescimento que Cabo Verde está a projetar bastante alto para este ano vai provavelmente ficar muito perto do zero.

No caso da Guiné-Bissau, temos a dificuldade política de não estar numa situação de gestão orçamental tradicional. Estarmos num problema de crise, as ajudas ao desenvolvimento não vão chegar porque o clima político é o que conhecemos, não permite que se disfarcem as dúvidas associadas aos compromissos internacionais. O Governo já tinha várias obrigações do tesouro que tinha emitido, agora está sem a possibilidade de o fazer também por razões políticas e, portanto, vai ter um impacto gigantesco nas contas nacionais, para além do facto de o país estar completamente isolado do ponto de vista dos transportes.

E, no caso de São Tomé e Príncipe, havia já as grandes dificuldades em gerir as dívidas que vão ser exacerbadas com o coronavírus, que vai seguramente ter impacto indireto em economias muitos vulneráveis como a de São Tomé. Ou seja, estamos aqui a falar dos cinco países africanos de língua oficial portuguesa sofrerem consequências dramáticas por causa do coronavírus do ponto de vista económico, sem falar da importância do ponto de vista sanitário.

DW África: Enquanto alto responsável pelas negociações das trocas comerciais entre a União Europeia e África, estas foram suspensas devido ao coronavírus?

CL: Extremamente. Nós tínhamos previsto uma conferência ministerial no mês de maio, que depois, deveria levar-nos a uma cimeira África e Europa, no mês de outubro. O calendário está completamente interrompido porque inclusive as consultas internas africanas pararam, sem falar do lado europeu que suspendeu todas as reuniões que não sejam emergenciais, o que inclui também todas as negociações. Aliás, as negociações paralelas as que estamos a conduzir continente a continente a nível dos ACEP (organização que junta 79 países de África, Caraíbas e Pacífico) estão paralisadas, porque o secretariado está fechado por causa do coronavírus. Temos um calendário completamente interrompido. As consultas internas africanas deveriam ter lugar durante o mês de abril, a União Africana suspendeu todas as reuniões por razões do coronavírus. Temos um calendário que tem de ser completamente refeito à luz do que vier acontecer nos próximos meses.

DW África: Está a admitir que as reformas do franco CFA que implicariam a entrada em vigor do ECO vão atrasar-se devido ao novo coronavírus?

CL: Sou das pessoas que nunca acreditou que o ECO viesse a ter lugar em 2020 por razões que não têm nada a ver com o coronavírus. As políticas de convergência macroeconómica a nível da Comunidade Económica dos Estados África Ocidental (CEDEAO) não permitiriam a criação da moeda durante este ano. A utilização do nome ECO para uma reforma do CFA, que é uma apropriação em relação aquilo que são as decisões próprias da CEDEAO, levaria seguramente a polémicas políticas muito grandes, como o que estamos a verificar, nomeadamente com o protagonismo da Nigéria que demonstra não estar à vontade com o desenrolar dos acontecimentos. Estou agora ainda mais convencido que durante ano de 2020 não haverá nenhuma transição mesmo a nível do CFA.

DW África: Alguns especialistas e instituições acreditam que é o momento de África aproveitar para intensificar as trocas comerciais inter-regionais para fortificar as suas economias. É uma opção realística para manter viva a economia do continente?

CL: É uma retórica simpática, mas que não tem muitos efeitos práticos. Porque em plena crise não se reorienta o comércio internacional. O comércio internacional depende muito mais de políticas muito bem concebidas em termos de pautas aduaneiras, em termos de facilitação de comércio, de logística, de investimentos nas cadeias de valor tanto a nível regional bem como nacional para os grandes mercados. Portanto, um conjunto de atividades que não se fazem em tempos de crises. Nós estamos em tempos de emergência, estar a dizer que isto vai contribuir para aumentar o comércio inter-regional é um coisa simpática de se dizer, mas que não terá efeito nenhum na prática.

Como manter as mãos limpas para evitar o coronavírus

No caso de Cabo Verdetemos um problema ligado ao turismo. Há uma perda total de fluxos turísticos. A principal dívida do país está associada ao setor dos transportes. O país estava a tentar a reestruturação a companhia aérea e dos transportes marítimos. Tudo isso está altamente impactado pelo coronavírus. Portanto, podemos imaginar que o crescimento que Cabo Verde está a projetar bastante alto para este ano vai provavelmente ficar muito perto do zero.

No caso da Gué-Bissau, temos a dificuldade política de não estar numa situação de gestão orçamental tradicional. Estarmos num problema de crise, as ajudas ao desenvolvimento não vão chegar porque o clima político é o que conhecemos, não permite que se disfarcem as dúvidas associadas aos compromissos internacionais. O Governo já tinha várias obrigações do tesouro que tinha emitido, agora está sem a possibilidade de o fazer também por razões políticas e, portanto, vai ter um impacto gigantesco nas contas nacionais, para além do facto de o país estar completamente isolado do ponto de vista dos transportes.

E, no caso de São Tomé e Príncipe, havia já as grandes dificuldades em gerir as dívidas que vão ser exacerbadas com o coronavírus, que vai seguramente ter impacto indireto em economias muitos vulneráveis como a de São Tomé. Ou seja, estamos aqui a falar dos cinco países africanos de língua oficial portuguesa sofrerem consequências dramáticas por causa do coronavírus do ponto de vista económico, sem falar da importância do ponto de vista sanitário.

DW África: Enquanto alto responsável pelas negociações das trocas comerciais entre a União Europeia e África, estas foram suspensas devido ao coronavírus?

CL: Extremamente. Nós tínhamos previsto uma conferência ministerial no mês de maio, que depois, deveria levar-nos a uma cimeira África e Europa, no mês de outubro. O calendário está completamente interrompido porque inclusive as consultas internas africanas pararam, sem falar do lado europeu que suspendeu todas as reuniões que não sejam emergenciais, o que inclui também todas as negociações. Aliás, as negociações paralelas as que estamos a conduzir continente a continente a nível dos ACEP (organização que junta 79 países de África, Caraíbas e Pacífico) estão paralisadas, porque o secretariado está fechado por causa do coronavírus. Temos um calendário completamente interrompido. As consultas internas africanas deveriam ter lugar durante o mês de abril, a União Africana suspendeu todas as reuniões por razões do coronavírus. Temos um calendário que tem de ser completamente refeito à luz do que vier acontecer nos próximos meses.

DW África: Está a admitir que as reformas do franco CFA que implicariam a entrada em vigor do ECO vão atrasar-se devido ao novo coronavírus?

CL: Sou das pessoas que nunca acreditou que o ECO viesse a ter lugar em 2020 por razões que não têm nada a ver com o coronavírus. As políticas de convergência macroeconómica a nível da Comunidade Económica dos Estados África Ocidental (CEDEAO) não permitiriam a criação da moeda durante este ano. A utilização do nome ECO para uma reforma do CFA, que é uma apropriação em relação aquilo que são as decisões próprias da CEDEAO, levaria seguramente a polémicas políticas muito grandes, como o que estamos a verificar, nomeadamente com o protagonismo da Nigéria que demonstra não estar à vontade com o desenrolar dos acontecimentos. Estou agora ainda mais convencido que durante ano de 2020 não haverá nenhuma transição mesmo a nível do CFA.

DW África: Alguns especialistas e instituições acreditam que é o momento de África aproveitar para intensificar as trocas comerciais inter-regionais para fortificar as suas economias. É uma opção realística para manter viva a economia do continente?

CL: É uma retórica simpática, mas que não tem muitos efeitos práticos. Porque em plena crise não se reorienta o comércio internacional. O comércio internacional depende muito mais de políticas muito bem concebidas em termos de pautas aduaneiras, em termos de facilitação de comércio, de logística, de investimentos nas cadeias de valor tanto a nível regional bem como nacional para os grandes mercados. Portanto, um conjunto de atividades que não se fazem em tempos de crises. Nós estamos em tempos de emergência, estar a dizer que isto vai contribuir para aumentar o comércio inter-regional é um coisa simpática de se dizer, mas que não terá efeito nenhum na prática

DW África: Como é que África deve lidar com a pandemia para evitar o pior, tal como alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS)? 

CL: Estou convencido de que do ponto de vista estritamente sanitário há uma grande dificuldade em termos estáticos fiáveis. Portanto, estamos a viver já em África um conjunto de circunstâncias que levam a uma falta de informação que pode ser catastrófica em termos do impacto do coronavírus do ponto de vista sanitário. Isto num contexto em que as nossas estruturas de saúde são extremamente frágeis e voláteis. Mas temos algumas lições que podemos tirar do ébola e também do HIV/SIDA, de uma certa resiliência por parte dos africanos, o facto de nós (africanos) termos mais experiências em fazer o rastreio, extremamente difícil de introduzir nos países europeus. Já praticamos algumas dessas atividades no passado, portanto, isto pode dar uma certa resiliência em relação as estruturas sanitárias. Estou convencido de que, do ponto de vista económico, é preciso tomar medidas urgentes. Todos os países deveriam estar a criar agora células de crise. Essas células de crise deveriam estar a dialogar com os bancos centrais para betonar o máximo possível a proteção das políticas monetárias. Por exemplo, todos os países com meios estão a pedir aos seus bancos centrais para injetar programas de estímulo à economia e não é, de facto, algo que a África esteja normalmente autorizada a fazer pelo FMI, mas neste contexto pode fazê-lo. Tem de tirar vantagem disso e equacionar a reestruturação da dívida africana. Porque os programas de estímulo, no fundo, são para proteger o tecido económico dos países mais industrializados e podemos vir a pagar uma fatura por causa da discrepância muito grande, ou seja, como se alguns estivessem a ser apoiados e outros ficam ainda mais isolados por falta de apoios. Precisamos de completar estas medidas com uma renegociação, uma reestruturação da dívida africana. O FMI anunciou 50 bilhões de dólares para fazer face à crise e acho que uma boa parte significativa deste montante deveria ser para reestruturar a dívida africana.

«PAIGC-MOVIMENTO REAJUSTADOR» URGENTE CAMARADAS

«PAIGC-MOVIMENTO REAJUSTADOR» URGENTE CAMARADAS

O PAIGC necessita de promover uma verdadeira reconciliação e unidade interna, condição indispensável e urgente para salvar o PAGC e consequentemente a própria Guiné-Bissau.
Esta unidade e reconciliação que se pretende é acima de tudo uma condição imperativa e urgente para salvar o legado de Amílcar Cabral e a rica e valiosa história do que foi a grandiosa epopéia da Luta Armada de Libertação Nacional.
No estado atual em que se encontra o PAIGC torna-se necessário e urgente que o Partido encontre uma nova liderança, que não esteja comprometida nem vinculada aos diferentes e perniciosas lutas intestinais que marcaram negativa e profundamente os últimos dez anos deste histórico partido.
Ha necessidade de um reencontro urgente do PAIGC com a sua própria condição de partido libertador, para que possa engajar-se de forma mais clara e resoluta na luta que hoje devemos encetar contra a pobreza, a fome, a permitividade e, acima de tudo, na luta para o desenvolvimento.
Uma das mais complexas lutas, porque exige de todos o armazenamento do saber, com base suficiente em tudo o que servirá de catalisador para o bem-estar dos guineenses.
O nosso objetivo é despertar os simples militantes do PAIGC e o povo, em geral, para as riquezas que possuímos e a necessidade de transformá-las em ferramentas para os grandes e melhores resultados, de acordo com os nossos valores individuais.
Cada indivíduo, cada militante ou dirigente do nosso grande Partido é uma experiência, uma vivência, sendo, portanto, um potencial projecto, sendo, portanto, necessário e urgente conjugar os vários projetos individuais no chamado projeto comum no qual cada um e cada uma se revê, na base de uma reflexão e análises profunda da situação política vigente no país, assim como nos funcionamentos dos órgãos do Partido.
O actual projecto quer retirar o Partido da situacao anomala onde foi conduzido por uma gestão aparentemente colegial, mas profundamente dependente dos interesses do seu Presidente.
O PAIGC deve fazer voltar este histórico partido as suas origens, isto é, um partido dos seus militantes, um partido sujeito aos seus estatutos e as regras ideológicas de Amílcar Cabral. O PAIGC não pode ser propriedade de ninguém.
É verdade, de ninguém mesmo, a não ser o povo da Guiné-Bissau, como alguém o defendeu de forma clara e corajosa. Avante Combatentes
UNIDADE LUTA E PROGRESSO.
Movimento Reajustador

Os equívocos do senhor Embaló

Há dias, de regresso à Guiné-Bissau, vindo do Senegal, Níger e Nigéria, o senhor Embaló, que se autoproclama “Presidente da Guiné-Bissau”, fez um conjunto de declarações equivocadas, com linguagem disparatada à mistura, indignas inclusive de um político que quer ser encarado com alguma dignidade. Em qualquer parte do mundo, quem faz política deve dignificar o cargo e a instituição que representa, facto que o deve levar a evitar declarações insultuosas inclusive contra quem discorda.

O senhor Embaló não precisa de concordar com o Presidente João Lourenço e, na discordância, um mínimo de respeito é exigido a quem se quer fazer respeitar.
A política, independentemente de ser encarada como pouco séria por causa de pessoas que dela se servem, em vez de a usarem para servirem, ainda deve ser feita com valores que dignificam os que a exercem, as instituições que representam e o país. O senhor Embaló, com as declarações feitas em que se referiu a Angola e às suas autoridades, demonstrou que não respeita a instituição que pretende a todo o custo representar, além da incontinência verbal.
O primeiro equívoco deste senhor que parece mal conhecer as regras básicas da convivência política e procedimentos elementares de tratamento entre os políticos e não necessariamente homólogos em pé de igualdade legítima e legal, tem a ver com o facto de caracterizar a República de Angola como “país africano mais violento”.
Salvo se tiver um conceito desconhecido sobre violência, de que estaríamos interessados em saber, Angola, ao lado dos outros países da sub-região em que se insere, é dos mais estáveis, pacíficos e seguros comparativamente a outros. Relativamente ao funcionamento de um Estado democrático, o senhor Embaló cometeu um outro erro, ao chamar para si a autoridade para prender ou deixar de prender pessoas, uma atribuição exclusiva das autoridades judiciais em qualquer democracia.
Quando diz que o Presidente João Lourenço “está a perseguir a pessoa que lhe entregou o poder de forma gratuita” e que “o poder em Angola foi dado de bandeja”, o senhor Embaló está mais do que equivocado. Está a cometer um disparate irreparável porque, em Angola, João Lourenço foi eleito Presidente em eleições gerais vencidas pelo partido MPLA, sem precisar de “tomada de posse simbólica”, de recorrer aos militares para se impor como “Presidente” e sem insultar os diplomatas, como fez o senhor Embaló.
Em Angola, o Presidente João Lourenço não decreta a prisão ou detenção de ninguém e todas as movimentações policiais e judiciais são da completa responsabilidade do sector da Justiça.
Se o senhor Embaló tem “razões para não perseguir o filho do seu antecessor” porque lhe deve alguma gratidão, ninguém pretende contrariá-lo desta iniciativa que, no mínimo, revela o entendimento e visão do “autoproclamado Presidente” da Guiné-Bissau quanto à separação e ao exercício do poder político.
Por um lado, Angola não pretende dar exemplo de democracia a nenhum Estado, por outro, é completamente inaceitável que o senhor Embaló se arrogue ao direito de fazer declarações insultuosas contra o seu povo e as suas autoridades.
Para todos os efeitos, a comunidade internacional está à espera de clarificação do processo eleitoral, cujo desfecho continua inconclusivo até hoje. Não se percebe como é que no andamento de um processo, com contornos políticos e jurídicos, um dos actores, antecipando-se ao Tribunal Supremo e à CNE, se dá ao direito de se autoproclamar Presidente da República.
Senhor Embaló, saiba que Angola augura apenas que a Guiné-Bissau normalize a sua situação política e constitucional, que não resvale para a instabilidade política, potenciada pelo seu acto tresloucado. Que Angola só pretende contribuir para o melhor e nunca imiscuir-se negativamente nos assuntos internos da Guiné-Bissau, como equivocadamente pensa o senhor Embaló.

Fonte: Diario Angola

CORONAVÍRUS EM ZIGUINCHOR MENSAGEM PARA GUINEENSES NA FRONTEIRA

 

Caros Filhos e Amigos da Secção de Suzana;

Minhas senhoras e meus senhores;
O mundo está confrontado com a pandemia de coronavirus e, em consequência, muitos países já declaram o Estado de Emergência contra o “inimigo invisível”.
Como sabem, o nosso sistema sanitário é frágil e, por conseguinte, os profissionais de saúde não têm “formações” nem materiais sofisticados, capazes de indentificar, detectar e enfrentar essa pandemia, pelo que é necessário tomar medidas urgentes em defesa do interesse público.
Minhas Senhoras e meus senhores, Foi confirmado o PRIMEIRO CASO DE COVID-19 EM ZIGUINCHOR, no sul do Senegal, norte da Guiné-Bissau.



Trata-se de um cidadão francês de 73 anos que chegou àquela cidade (Ziguinchor- Lyndiane), na última segunda-feira, 16 de março de 2020.

 

Diante desta realidade, e considerando que uma boa parte da população que representamos vive na linha fronteiriça com o senegal (de São domingos a Hassuka), torna-se ainda mais complicada a nossa situação. Urge (já falei, esta manhã, com todos os presidentes das sub associações) sensibilizar a população das nossas tabancas, na secção de Suzana, não só a evitar de organizar atividades suscetíveis de propiciar aglomeração de pessoas, mas também a evitar as deslocações para o país vizinho (Senegal- ziguinchor).

 

É necessário, minhas senhoras e meus sonhores, aconselharmos a população local a respeitar escrupulosamente as orientações que estão a ser dadas pelos profissionais de saúde no que concerne à prevenção de CORONAVIRUS, sobretudo lavar sempre as mãos com sabão, evitar apertos de mão e abraços.

 

Importar salientar que a nossa organização (AOFASS) não tem condições financeiras para comprar os produtos essenciais para proteger de CORONAVIRUS (lembrem-se que são cerca de duas dezenas de tabancas que compõem a Secção de Suzana), nomeadamente baiões, Lixívia e Sabão.

 

Neste sentido, apelo às pessoas de boa vontade a apoiar a nossa organização (AOFASS) financeira e materialmente para dar primeiro socorro a nossa comunidade, ou seja, colocar baiões, lixívia e Sabão em todos os locais públicos na secção (comité de Estado, mercados, BANTABA, Igreja, Mesquitas…)

 

Minhas Senhoras e meus senhores, Parafraseando um chefe de Estado diria “Só se salva a vida se a economia não morrer”. Furtei-me esta expressão porque o meu povo depende da economia informal: “Nota Troca Binhu ku pis, troca binhu ku Mandioca. Bindi Pis, OSTRA ku Binhu pa kumpra Arruz pa sobrevivência do nosso povo…”. “Nó RIKESA I AGRICULTURA, PESCA”. Portanto, todo o cuidado é pouco.

 

Diz um ditado em crioulo “TARTARUGA MISTI BADJA MA RABADA KA TEM”. Por isso, para o vosso conhecimento, já falei com os diretores das rádios Kassumay e EVA a criarem programas de sensibilização sobre Coronavirus no sector de São domingos quiçá a Secção de Suzana.

 

Termino, renovando, não só a nossa disponibilidade de participar e apoiar as iniciativas tendentes a prevenir/ melhor a situação social e sanitária na secção de Suzana, mas também solicitar o apoio de deputados eleitos no CE 21 (Os de PAIGC, PRS E DE MADEM G15) a darem os seus apois incondicionais a comunidade que os elegeu como seus representantes para os próximos 4 anos (X Legislatura). O momento é de unirmos os esforços para combatermos o inimigo invisível “CORONAVIRUS”. Não há “uma arma” eficiente e eficaz que possa combater e prevenir CORONAVIRUS a não ser a PREVENÇÃO. Previnam-se sempre! A prevenção é a melhor arma para o combate de COVID- 19.

 

Que Deus nos proteja de CORONAVIRUS na Guiné-Bissau; Que Deus abençoe e proteja o sector de São domingos e a Secção de Suzana!

 

O Presidente Tiago Seide

 

Notabanca; 22.03.2020

COVID-19: Idriça Djaló preocupado com as consequências


Por: Idriça Djaló
Presidente do Partido de Unidade Nacional

Há vários meses o mundo inteiro está confrontado com uma pandemia do novo coronavírus.

As medidas tomadas para conter a disseminação do Covid-19 já tiveram um grave impacto na economia mundial. Os melhores sistemas de saúde do mundo – China, Europa- têm dificuldade em conter a pandemia.

Africa por sua vez, já foi atingida. As fragilidades dos sistemas de saúde dos diferentes países expõem as populações a riscos incalculáveis no plano sanitário, económico e social.

O nosso País, a Guiné-Bissau, sem dúvida alguma faz parte do elo mais frágil do nosso continente. Esta tragedia global acontece na pior das situações. Há décadas que o nosso Pais encontra-se mergulhado numa instabilidade cronica que mina a cada dia as estruturas do nosso Estado defeituoso. Hoje, somos confrontados com querelas de legitimidade politica e disputas pós-eleitorais que paralisam o funcionamento normal das nossas já frágeis instituições. Esta situação impede que os nossos parceiros internacionais concedam apoio e assistência. Toda a nossa energia é canalizada para disputas politicas estéreis que levarão claramente para a destruição do pouco que resta da estrutura da administração do Estado.

O Governo que está em funções não tem tomado as medidas acertadas porque não tem capacidade de avaliação do que está em causa e não possui no seu seio pessoas capazes de assumir a extensão da pandemia e de oferecer respostas satisfatórias.

Devemos começar por negociar um pacto nacional para melhor preparar o nosso Pais para fazer face aos graves desafios sanitário, económico, social e politico que enfrentamos. Para tal, teremos que adiar o contencioso político, sem por em causa a necessidade de resolve-lo logo que for possível. Contudo, se não queremos correr o risco de ver centenas ou milhares dos nossos compatriotas morrer em consequência do Covid-19, a prioridade e de construir um consenso nacional e colocar a Guiné-Bissau em ordem de batalha.

No plano sanitário, devemos criar uma equipa de especialistas dirigidas por profissionais de saúde pública e de epidemiologistas reconhecidos como a Dra.Magda Robalo, Dr.Inacio Alvarenga, Dra. Amabelia Rodrigues e Dr.Paulo Rabna entre outros. Como acontece na Europa, este grupo de experts deverão ser encarregues de fornecer respostas científicas as questões colocadas pelas autoridades politicas e de recomendar as medidas de saúde pública como o confinamento, o funcionamento dos espaços públicos (mercados, estádios) precauções e medidas de higienização, etc.

No plano económico devemos solicitar personalidades como Carlos Lopes e Paulo Gomes para refletir no impacto das medidas que sejam tomadas e conceber as solicitações realistas de apoio aos nossos parceiros europeus, chineses, americanos e africanos.

Estas duas equipas deverão dispor de plenos poderes até ao final da pandemia e da fase de relance da nossa economia.

Somente confiando estas responsabilidades a uma equipa de profissionais competentes teremos a chance de ultrapassar este flagelo.
Os atores de todos os quadrantes políticos devem comprometer-se por escrito e publicamente em transferir poderes alargados a estas equipas e abster-se de toda a ingerência e aproveitamento político durante este período crítico.