ABERTURA DE CANDIDATURAS PARA AS BOLSAS DE ESTUDO PARA O ENSINO SUPERIOR EM PORTUGAL

Fonte: Cooperação Portuguesa Guiné-Bissau

ABERTURA DE CANDIDATURAS PARA AS BOLSAS DE ESTUDO PARA O ENSINO SUPERIOR EM PORTUGAL – Estão abertas, de 31 de julho a 11 de agosto, as candidaturas para as bolsas de estudo para o ensino superior em Portugal, no âmbito do Programa de Bolsas de Estudos da Cooperação Portuguesa para cidadãos guineenses.

As candidaturas devem obrigatoriamente ser submetidas em Língua Portuguesa e enviadas, até ao próximo dia 11 de agosto, para o seguinte endereço eletrónico: bolext2020.cpcbissau@camoes.mne.pt

COVID-19 – Mais de 673 mil mortos e 17 milhões de infetados em todo o mundo

A pandemia provocada pela covid-19 provocou a morte de pelo menos 673.909 pessoas e infetou 17.352.910 em todo o mundo, segundo o último balanço feito pela Agência France-Presse (AFP)com base em dados oficiais.

De acordo com os dados da AFP, às 11:00 de hoje, há pelo menos 9.992.800 pessoas consideradas curadas.

O balanço indica que, na quinta-feira, foram registadas 6.459 mortes e 290.986 novos casos no mundo.

Os países que registaram o maior número de novas mortes nos seus últimos balanços foram os Estados Unidos (1.379 óbitos), o Brasil (1.129) e a Índia (779)

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado, tanto em mortes como em casos, com 152.070 óbitos em 4.495.224 casos registados, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins. Pelo menos 1.414.155 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais atingidos são o Brasil, com 91.263 mortes em 2.610.102 casos, o México, com 46.000 mortos (416.179 casos), o Reino Unido com 45.999 mortos (302.301 casos) e a Índia com 35.747 mortos (1.638.870 casos).

Entre os países mais duramente atingidos, a Bélgica é aquele que tem o maior número de óbitos em relação à sua população, com 85 mortes por 100.000 habitantes, seguida pelo Reino Unido (68), Espanha (61), Itália (58) e Peru (57).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabiliza oficialmente um total de 84.292 casos, (127 novos casos nas últimas 24 horas), incluindo 4.634 mortes e 78.974 recuperados.

Também nas últimas 24 horas, as ilhas Fiji e o Vietnam registaram os seus primeiros óbitos por covid-19.

A Europa totalizava, às 11:00 de hoje, 209.180 mortes para 3.157.253 casos, a América Latina e Caraíbas 194.683 mortes (4.733.320 casos), os Estados Unidos e Canadá 161.027 óbitos (4.610.841 casos), a Ásia 61.868 mortes (2.775.743 casos), o Médio Oriente 26.997 óbitos (1.146.821 casos), África 19.325 mortes (910.325 casos) e a Oceânia 229 mortes para 18.615 casos do novo coronavírus.

Esta avaliação foi realizada utilizando dados recolhidos pelos escritórios da AFP junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A AFP sublinha que o número de infeções registadas reflete apenas uma parcela do número real de casos, uma vez que muitos países não têm recursos suficientes para rastrear o SARS-CoV-2 em larga escala.

Portugal regista hoje mais oito mortes e 204 novos casos de infeção por covid-19 em relação a quinta-feira, segundo o boletim diário da Direção-Geral de Saúde (DGS).

De acordo com o relatório da situação epidemiológica da DGS, desde o início da pandemia até hoje registaram-se 51.072 casos de infeção confirmados e 1.735 mortes.

A região de Lisboa e Vale do Tejo, onde continua a haver mais surtos ativos de covid-19, totaliza hoje 26.067 casos, mais 128 do que na véspera.

LUSA

Peregrinação a Meca vive dia mais importante mas envolta em restrições

Bissau, 30 Jul 20 (ANG) –  Os muçulmanos que foram este a

no realizar a peregrinação a Meca, na Arábia Saudita, chegaram hoje ao Monte Arafat para rezar, equipados com máscaras e sob estritas regras de distanciamento social para evitar infecções de covid-19.

Este é o dia considerado o mais importante do “hajj” – a peregrinação anual a Meca -, mas a pandemia de coronavírus lançou uma sombra sobre todos os momentos simbólicos da peregrinação, que, no ano passado, atraiu 2,5 milhões de muçulmanos de todo o mundo para o Monte Arafat, onde o profeta Maomé fez o seu sermão final há quase 1.400 anos.

Este ano, um número muito limitado de peregrinos foi autorizado a participar no “hajj”, sendo todos residentes ou cidadãos da Arábia Saudita.

O Governo saudita não divulgou o número de peregrinos do “hajj” neste ano, adiantando apenas que participam entre 1.000 e 10.000 pessoas.

Nos anos anteriores, o Monte Arafat juntava, neste segundo dia da tradição, um “mar” de peregrinos, vestidos com roupas brancas, e que ali iam orar e contemplar desde antes do amanhecer até ao anoitecer, sendo comum ver muitos com lágrimas no rosto e as mãos levantadas em adoração nas encostas da colina onde o profeta pediu igualdade e unidade entre muçulmanos.

Este ano, os peregrinos chegaram ao Monte Arafat cerca do meio dia local, viajando de autocarro em grupos de 20 pessoas e de acordo com directrizes rígidas de distanciamento social.

Todos foram submetidos a testes para verificar se estavam infectados com o coronavírus que provoca a covid-19 e estiveram em quarentena.

Ao contrário do que diz a tradição da cerimónia, os peregrinos não podem ficar lado a lado com outros muçulmanos de todo o mundo, um gesto simbólico que indica que, no Islão, todos são considerados iguais perante Deus.

Além disso, todos têm de usar pulseiras, fornecidas pelo Ministério da Saúde da Arábia Saudita, ligadas aos seus telefones, para monitorizar os seus movimentos e garantir o distanciamento físico.

Depois de passar o dia em oração no Monte Arafat, os peregrinos costumam ir para uma zona chamada Muzdalifa, onde descansam e recolhem pedras que são depois usadas para apedrejar simbolicamente o diabo e expulsar o mal.

Este ano, no entanto, as pedras foram pré-embaladas e esterilizadas antes de serem distribuídas aos peregrinos presentes.

O ritual final irá acontecer daqui a três ou quatro dias em Mina, uma zona a cerca de 20 quilómetros de Meca, onde se realiza o festival do sacrifício, comemorado pelos muçulmanos de todo o mundo.

A peregrinação à cidade santa de Meca é considerada pelos muçulmanos um dos cinco pilares do Islão, que todos os fiéis devem cumprir pelo menos uma vez na vida desde que tenham condições físicas e recursos.ANG/RFI

PARLAMENTO GUINEENSE APROVA ENVIO DE DELEGAÇÃO PARLAMENTAR À PORTUGAL 

Os deputados da nação aprovaram, em resolução, o envio de uma delegação parlamentar à Portugal para contactos com as autoridades portuguesas sobre o assassínio do ator Bruno Candé e com a comunidade guineense.
Bruno Candé, 39 anos e de origem guineense, foi morto a tiro no sábado, em Moscavide, e o suspeito da morte do ator vai aguardar julgamento em prisão preventiva.

A resolução, divulgada quarta-feiar à imprensa, refere que foi autorizada a “criação e deslocação de uma delegação a Portugal com vista a manter contactos com as autoridades portuguesas sobre aquele assassínio e inteirar-se da situação dos cidadãos guineenses naquele país”.

Os parlamentares da Guiné-Bissau condenam o assassínio do ator, considerando que foi “fundado em motivos fúteis, por representar o que mais desprezível existe num ser humano”.

Os deputados guineenses encorajam também as “autoridades portuguesas a prosseguir com a urgência necessária, as devidas diligências, de modo a traduzir à justiça o responsável por este ato ignóbil”.

Na resolução, os deputados consideram que o assassínio ocorreu por “motivos racistas” e salientam que a “diversidade racial, cultural, étnica e religiosa representam do que de mais belo possui a humanidade” e que é da “responsabilidade coletiva a defesa e respeito por essa heterogeneidade planetária”.

Bruno Candé, de 39 anos, foi baleado, no sábado, por outro homem, de 76 anos, em Moscavide, no concelho de Loures, distrito de Lisboa

Notabanca; 31.07.2020

PESCADORES ALERTAM SOBRE POSSÍVEL ESCASSEZ DE PESCADO NA GUINÉ-BISSAU 


O presidente da Associação Nacional de Pescadores Artesanais (ANAP) fez esta terça-feira uma alerta sobre as possibilidades de o pescado vier a faltar no mercado nacional.

“Já estamos no período  mais difíceis de pescar, que são  meses de Julho, Agosto  e Setembro em que  se torna difícil capturar os peixes na Guiné-Bissau, a não ser com embarcações de grandes capacidades que atingem as milhas, disse Augusto Dju em entrevista à ANG.

Acrescenta quen muitos pescadores são agricultores,   que quando chega a época chuvosa vão todos para o campo de lavoura.

 

Sustenta que a maioria dos pescadores não tem pirogas com capacidades para levar muitos dias no alto mar e que só usam  pequenas canoas de remo  que fica dentro de rio e na época de chuva o mar fica mais agitado pelo que muitos guardam suas canoas para se  dedicar a lavoura.

Por outro lado, disse que, não  há muito peixe agora por causa da invasão dos pescadores dos países vizinhos:   Guiné Conacri nas localidades do sul do país e de Senegal, no norte e até Serra-leoneses e Ganeses refugiados, que acamparam  no país e se dedicam atualmente a faina.

Dju adianta  contudo que a partir de dia 15 de Agosto   haverá falta de pescado do tipo tainha, bagre e djafal tendo em conta que vão emigrar porque vai haver  muita água doce.

“Os peixes precisam de mistura de águas doce e salgada e nesse tempo começa-se  a verificar a subida do preço do pescado, por rutura do  stock”, afirmou.

Referiu que, nas zonas das ilhas neste momento existem  muitos pescadores bijagós que deixaram de praticar a faina para irem ao cultivo de arroz e que só em Outubro, quando já terminarem a colheita, é que voltam à pesca e se dedicam ao mar 100 por cento.

Augusto Dju explicou que está-se agora no período de água morta em que a pesca diminui bastante, acrescentando que, daqui a pouco, o mar vai entrar no seu período de água subvivo em que os  peixes reproduzem muito.

Notabanca;28.07.2020

Secretário Executivo da AMIC  diz que o fenómeno é uma realidade na Guiné-Bissau

 

Bissau, 29 Jul 20 (ANG) – O Secretário Executivo da Associação de Amigos das Crianças(AMIC)  afirmou hoje  que o tráfico de seres humanos é uma realidade na Guiné-Bissau.

Em entrevista exclusiva à ANG, Laudolino Medina disse que a

 denúncia do deputado Conduto de Pina na sessão da ANP sobre  alegado caso de tráfico de crianças na ilha de Canhabaque por  uma cidadã francesa de nome Miriam Lídia Barbie, é muito contundente e  que reforça um conjunto de denúncias feitas ao longo dos anos sobre o fenómeno de tráfico de pessoas na Guiné-Bissau, em particular de mulheres e crianças.

Disse  que este fenómeno de tráfico de mulheres e crianças não se verifica  só na zona insular mas também em muitas localidades do norte e leste do país.

Referiu  que a AMIC denunciou recentemente um caso  de uma cidadã estrangeira sob capa de adopção de um menor de meses na zona sul do país, mas que o objectivo era tráfico, acrescentando que felizmente foi interceptada pela Polícia Judiciária e presa preventivamente.

“Muitas meninas foram enganadas várias vezes por cidadãos da sub-região alegadamente para trabalharem no Senegal, Guiné-Conacri e Gâmbia, mas na verdade é para a prostituição,”revelou.

Laudolino Medina explicou ainda que no ano transacto, a AMIC denunciou o caso das meninas que foram interceptadas pela Polícia Interpol em Casablanca /Marrocos,  retornadas e entregues às famílias, em  Bissau.

Aquela organização das crianças explicou que também houve  uma  outra intercepção de cerca de 60 crianças na zona sul que supostamente estavam a ser traficadas para a Gâmbia, e que o caso foi traduzido para o tribunal de Bafatá, houve uma mão invisível que interviu e o caso não deu em nada.

Lamentou que desde a existência de lei de tráfico de seres humanos na Guiné-Bissau, existe sempre vítimas e a são recebidas no centro de Acolhimento da AMIC , mas que nunca os criminosos foram traduzidos à justiça.

Laudolino pede a Polícia Judiciária e ao Ministério Público para fazerem os seus  trabalhos neste caso da denúncia do deputado porque “já têm elementos para investigar e  traduzir a suposta criminosa à justiça”.

Advertiu que a sua organização,o Instituto de Mulher e Criança e o Parlamento Infantil estarão empenhados a seguir o caso até que seja julgado.

O Deputado Francisco Conduto de Pina denunciou segunda-feira no parlamento que uma senhora de nacionalidade francesa estaria supostamente a traficar uma criança sob protesto de adopção, na ilha de Canhabaque, Sul da Guiné-Bissau..ANG/JD/ÂC//SG

Editorial: SILENCIAR JORNALISTAS COM TERROR NUNCA VENCERÁ NA GUINÉ-BISSAU!

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Este país já viveu crises, experimentou golpes, contra golpes, assassinatos de todo tipo e tudo dentro de água de impunidade que sistematicamente tem alimentado as crises cíclicas. Apesar desse quadro sombrio, a Guiné-Bissau tinha vindo a salvaguardar um aspeto que orgulha qualquer cidadão que milita pelos ideais democráticos: a liberdade de expressão e de imprensa. Custa hoje acreditar que essa conquista que custou sangue e pesados sacrifícios está posta em causa por um regime falido e acima de tudo violento.

Espancamentos, sequestros e perseguições contra individualidades nacionais não bastaram. Agora é a vez da imprensa ser vítima da brutalidade armada no calar da noite.

O ataque contra a Rádio Capital, para além de um ato covarde e vergonhoso é um claro atentado à liberdade de expressão e de imprensa, consagradas na Constituição que há muito tornou-se uma carta morta colocada a porta do lixo.

A banalização e a anarquia já são uma realidade diária, encarnada por autoridades com elevada carência de legitimidade. Senão, o que justificaria tantas ameaças contra homens e mulheres da imprensa que, em árduas condições laborais, nunca renunciaram ao seu sagrado dever de informar a opinião pública? Como explicar a violência seletiva encomendada, e até assumida publicamente por atores políticos contra jornalistas no exercício da sua função?

A história já provou que o estado de selva nunca triunfou perante a resiliência de um povo determinado. O povo guineense aspira construir um país livre, pacífico e independente. Qualquer projeto que vise destruir essa aspiração enraizada é condenado ao fracasso.

A tentativa de semear divisão no seio da classe jornalística para melhor reinar não surtirá efeitos porquanto os profissionais guineenses, saberão se livrar desse “game”.

Os jornalistas não são “meninos de mandado” como muitos impreparados políticos julgam. Os jornalistas são fazedores de histórias que alicerçam o processo de construção da República.

“Só há democracia sólida com imprensa estável e livre”, lembrava num discurso o atual Presidente português, Marcelo Rebelo Sousa. As disputas pelo poder, as ameaças, os ataques sejam quais forem e executados por quem quer que seja, nunca levarão os jornalistas guineenses à resignação.

A liberdade custou vidas para a edificação deste país, e nenhum aventureiro, nenhuma autoridade, substrairá esse valor ao povo guineense!!!

Aterrorizar e vandalizar como arma de silenciar imprensa nunca vencerá. A Guiné-Bissau sempre terá uma imprensa livre.

Por: Redação

Nb: edição completa da versão

Bissau: Revelações sobre um plano para assassinar o primeiro-ministro Aristides Gomes

FONTE: LSI ÁFRICA

No dia seguinte à sua tomada de posse em 28 de fevereiro de 2020 em um hotel em Bissau, violando a constituição, Umaro Sissoco Embalo assinou um decreto exonerando o primeiro-ministro Aristides Gomes, ainda reconhecido pela CEDEAO e pelos países. Vindo do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Aristide Gomes foi alvo durante vários meses de uma caçada humana sem precedentes.

“A investidura de Embaló é um golpe de estado e revela uma afronta ao Supremo Tribunal e ao Parlamento” declarou no final de fevereiro de 2020, o ex-chefe de governo e primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes.

Uma declaração qualificada como “provocação inaceitável”, que despertou a ira de Umaro Sissoco Embalo e seus apoiadores. Desde esse incidente, o ex-primeiro-ministro tem sido alvo de várias tentativas de seqüestro e prisão, que muitas vezes se deparam com a intervenção das Nações Unidas e de alguns chefes de Estado africanos.

Sob a proteção da ONU por quase seis meses, os dias de Aristides Gomes estão em perigo, de acordo com nossas informações exclusivas.

De fato, vários apoiadores de Umaro Sissoco Embalo, incluindo Muhammadu Buhari, Mahamadou Issoufou, Macky Sall e recentemente Roch Kaboré pressionariam a Representante Especial da ONU em Bissau, Rosine Sori-Coulibaly para que este liberte Aristides Gomes, o que facilitaria a sua prisão.

Para a família do ex-primeiro-ministro, ela toma a comunidade internacional como testemunha e responsabiliza a ONU pelo destino que será reservado a Aristide Gomes.

O ex-chefe de governo, cujo estado de saúde se deteriorou nas últimas semanas, continua denunciando os abusos do regime de Embalo e ameaça entrar em greve de fome nas próximas semanas.

Fontes próximas ao sistema das Nações Unidas em Bissau, a saúde do ex-primeiro-ministro exige uma evacuação médica. “Umaro Embalo quer matar Aristides Gomes, ele ofereceu bilhões para deixar o PAIGC, mas o nosso primeiro-ministro permaneceu digno e disse que não.

É por isso que ele procura eliminá-lo, impedindo-o de deixar o território nacional enquanto Embaló, todo envergonhado, declarou a seus colegas na France24 que ele está sendo tratado em Paris”, disse-nos Agapito Nilmar, professor-pesquisador cabo-verdiano.

A imprensa amordaçou e aterrorizou

A deriva autoritária do autoproclamado presidente da Guiné-Bissau não tem limites. Durante a noite de 25 a 26 de julho, as instalações da Capital-FM foram saqueadas por soldados sob as ordens do governo. Os transmissores e todo o equipamento técnico foram destruídos.“

Condenamos veementemente esse ataque, que visa silenciar jornalistas que estão apenas cumprindo suas funções, solicitamos que seja realizada uma investigação para identificar e punir os autores desse ato, o que constitui um sério obstáculo à liberdade de imprensa. imprensa “, disse Assane Diagne, diretor do escritório da Repórteres Sem Fronteiras na África Ocidental.

Por seu lado, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde , em um comunicado de imprensa do qual tínhamos uma cópia, denunciou “a barbárie e a deriva ditatorial do regime de Umaro Sissoco Embalo “e “apoia” jornalistas e funcionários da Capital-FM”.

A Guiné-Bissau ocupa atualmente a 94ª posição da edição 2020 do Ranking Mundial de liberdade de imprensa estabelecido anualmente pela RSF.

Paulo Gassama

IBAP satisfeito com trabalhos de preservação dos mangais

Bissau 27 Jul 20 (ANG) – O Diretor-geral do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas(IBAP), Justino Biai, disse estar satisfeito com os ganhos tidos com o projeto desencadeado há décadas no setor de preservação e plantação de mangais nas zonas costeiras na Guiné-Bissau.

Justino Biai que falava hoje em entrevista exclusiva à ANG, no quadro do Dia Internacional da preservação dos mangais, assinalado no Domingo 26 do corrente, em todo o planeta, manifestou a  satisfação e preocupação da sua instituição em matéria de preservação da biodiversidade e em especial o setor de mangais.

De acordo com o Diretor-geral de IBAP, a Guiné-Bissau é um dos países mais interessados na defesa dos mangais, por ter nove por cento do seu território nacional, que corresponde 326.087 hectares cobertos por mangais.

Segundo este responsável, a região de Cacheu é aquela que tem maior área ocupada por mangal e com parques naturais de mangais do Rio Cacheu com 39.777 hectares.

 “Com avanços na informação e sensibilização para fazer conhecer a importância de mangais no país, a ação humana está constituindo ainda enorme preocupação com comportamentos nocivos devido as construções nas zonas da plantação do mangal, resíduos tóxicos e cortes para outros fins” ressaltou Justino Biai

Aconselha a população em geral para mudarem de comportamentos, na forma de lidar com o meio ambiente e salienta que, para  além da contribuição na produção da vida marinha, o mangal protege as catástrofes naturais, pelo que deve ser bem tratado tendo em conta que o país consta na lista de países com risco de inundações com a subida do nível da água.

A Guiné-Bissau assinalou pela primeira vez o Dia Internacional de Conservação do Ecossistema do Mangal com um convite lançado pelo IBAP para se continuar a dinamizar e renovar  a restauração ecológica e preservação de mangal, tidas como essencial para o planeta e os seus habitantes.

De acordo com uma nota de imprensa do IBAP, o mangal protege as zonas costeiras da erosão, graças aos seus  raízes, servindo de barreira para diminuir o impacto dos ventos fortes, as ondas e correntes de água e das inundações periódicas.

O documento do IBAP refer ainda que o mangal é importante para a segurança alimentar e para a sobrevivência das comunidades, porque é ali que os peixes, os camarãos, carangueijos, ostras e outros mariscos reproduzem e crescem. ANG/CP/ÂC//SG