CABO VERDE PROPÕE MODELO DE INTEGRAÇÃO COMUNITÁRIA A CPLP COM ISENÇÃO DE VISTOS ATE 30 DIAS

24/04/2019 

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O ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, disse hoje que Cabo Verde propôs à CPLP um modelo de integração comunitária que visa, num primeiro momento, estadias de curta duração no máximo de 30 dias com isenção de vistos.

Paulo Rocha falava aos jornalistas à margem da V Reunião dos Ministros do Interior e da Administração Interna da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que acontece hoje na Cidade da Praia.

Conforme o governante, este modelo de integração propõe ainda vistos de curta temporada para profissionais, investigadores, docentes e ainda autorizações de residência.

No entanto, ressalvou que o documento está aberto a mais contribuições porque a equipa técnica só vai finalizá-lo no mês de Maio em Lisboa, Portugal, para que o documento seja aprovado em Julho.

“O modelo propõe que cada um a seu tempo em função do seu estágio de desenvolvimento possa aderir gradualmente. Antes, há todo o processo de securizacão documental. Já estamos muito avançados, uns mais do que outros, mas a maioria está a dar passos seguros e isto é o que se pretende”, avançou o ministro reiterando, no entanto, que não se pretende uma adesão em simultâneo, mas gradualmente.

“Estamos sempre a falar de adesão gradual. Estamos a falar de cada um poder decidir as suas especificidades”, clarificou.

Conforme Paulo Rocha, para além da mobilidade os ministros do Interior e da Administração Interna da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vão também analisar a autorização securitária no espaço da comunidade e questões que têm que ver com a assistência humanitária.

Sobre a ideia de Cabo Verde participar na força conjunta de intervenção em casos de catástrofes o governante afirmou que durante o dia de hoje deverão aprovar uma recomendação que defina os princípios de actuação.

Já no mês de Julho deverá acontecer uma reunião de peritos em matéria de protecção civil para trabalhar os princípios dessa força conjunta, à semelhança do que começou a ser feito com a Reunião dos Chefes de Estado Maior da CPLP que aconteceu na Cidade da Praia.

OdemocrataGB

Banco Mundial financia em 178ME projeto de eletrificação em 19 países africanos

Washington, 24 abr 2019 (Lusa) – O Banco Mundial (BM) desbloqueou uma verba de mais de 200 milhões de dólares (cerca de 178 milhões de euros) para alargar o acesso à eletrificação em 19 países da África Ocidental, incluindo os lusófonos Cabo Verde e Guiné-Bissau.

A organização adiantou, em comunicado hoje divulgado, que o conselho de administradores do grupo Banco Mundial aprovou a 17 de abril o Projeto Regional de Eletrificação Fora da Rede (ROGEP), financiado em 150 milhões de dólares (cerca de 134 milhões de euros) pela Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) e em 74,7 milhões de dólares (cerca de 67 milhões de euros) pelo Fundo para as Tecnologias, organismos do BM.

“Trata-se de ajudar o Banco Oeste-Africano de Desenvolvimento e o Centro para as Energias Renováveis e Eficácia Energética da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a alargar o acesso à eletricidade fora da rede em 19 países da África Ocidental e região do Sahel”, explicou o BM.

Entre os países abrangidos estão os lusófonos Cabo Verde e Guiné-Bissau, aos quais se juntam o Benim, Burkina Faso, Camarões, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, República Centro-Africana, Senegal, Serra Leoa, Chade e Togo.

O projeto visa melhorar o acesso à eletricidade através da implementação de “sistemas solares autónomos modernos” e deverá beneficiar 1,7 milhões de pessoas atualmente “privadas de eletricidade”, bem como empresas e instituições públicas.

“Atualmente apenas 3% das habitações na África ocidental e no Sahel estão ligadas a um sistema solar doméstico autónomo e 208 milhões de habitantes da sub-região não têm acesso a eletricidade”, disse Rachid Benmessaoud, diretor de coordenação e integração regional do BM para a África Ocidental.

Segundo Rachid Benmessaoud, o projeto ROGEP vai ajudar a criar um mercado regional de sistemas solares autónomos e permitirá aos empresários aproveitarem as oportunidades ligadas a este novo mercado.

“Este novo projeto favorecerá a adoção de normas e regulamentos que contribuirão para a harmonização de políticas à escala da região e tornará esta fileira atrativa para os grandes atores dos mercados”, disse.

DN.PT

CLIENTES DA TAP SEM BAGAGEM CRITICAM “SERVIÇO HORRÍVEL” DA TRANSPORTADORA PARA BISSAU


Dezenas de pessoas protestaram hoje junto ao escritório da Transportadora Aérea Portuguesa (TAP) em Bissau devido ao atraso da chegada das suas malas de viagem, considerando que o serviço que está a ser prestado “é horrível”.
“Cheguei na terça-feira e não recebi nenhuma das cinco malas. Viajei com um criança de três meses e outra de três anos. Aqui na TAP ninguém nos diz nada”, afirmou Solange Guissange.
Revoltada, Solange Guissange disse que a companhia lhe deu 100 dólares, mas questionou o que faz com aquele dinheiro com duas crianças.
“Não aceito isto”, lamentou.Outra passageira, Tamará Cá, que também viajou pela TAP, mas na quinta-feira, com uma bebé, não recebeu nenhuma das cinco peças de bagagem, incluindo a que podia ter trazido consigo na cabine.”Tinha direito a duas malas de 23 quilogramas e paguei mais duas”, disse, explicando que não recebeu nenhuma mala e uma delas trazia o único leite que a bebé pode beber e que não há em Bissau.

Carlos Tibúrcio, um português que trabalha há dezenas de anos na Guiné-Bissau e que viaja com frequência entre os dois países, disse que os “serviços estão horríveis” e que “as coisas não funcionam”.

“As informações da TAP são incorretas”, lamentou, salientando que chegou na terça-feira e que se vai embora na quinta-feira.

Outras duas passageiras, que foram de férias a Bissau, e que também chegaram na terça-feira, ainda não receberam as malas.

“Desde 16 abril que há pessoas que não têm mala e a única resposta que temos tido da TAP é que talvez no próximo voo”, disse Astrides Costa Pina, lamentando que as férias se tenham tornado num momento de ‘stress’.

A Lusa contactou a TAP em Bissau e em Lisboa, mas ate ao momento ainda não obteve resposta.

Num alerta na página oficial da TAP na Internet, a companhia aérea adverte que há restrições de bagagem nos voos com destino a Bissau devido a “limitações de espaço” nos aviões, nomeadamente no período da Páscoa, entre 06 de abril e 21 de abril, no verão, entre 20 de junho e 15 de agosto, e no Natal, entre 11 de dezembro e 06 de janeiro de 2020.

No mesmo alerta, a TAP salienta que nas viagens com destino a Bissau não é permitido excesso de bagagem da franquia associada à tarifa, nem compra de peças de bagagem extra.

“Apenas serão aceites o número de bagagens indicadas no bilhete e cuja soma das três dimensões (altura, largura, comprimento) não ultrapasse os 158cm, com peso máximo de 23kg, em classe económica, e de 32kg, em classe executiva.

A limitação aplica-se a todos os bilhetes, independentemente do tipo de produto adquirido ou estatuto de Passageiro Frequente, com exceção dos bilhetes tap|discount, onde apenas será possível adicionar uma peça de bagagem”, sublinha.

Mas, apesar das restrições em vigor, a TAP continua a vender e a aceitar malas extras para os voos com destino a Bissau.
Notabanca: 23.04.2019Publicada por notabanca à(s) 13:37

Literatura

“Livro é peça fundamental para construção da identidade nacional”, diz Secretário de Associação dos Escritores da Guiné-Bissau
Bissau, 23 Abr 19 (ANG) – O Secretário da Associação dos Escritores da Guiné-Bissau (AEGUI) defendeu hoje que o livro é a peça fundamental para construção da identidade nacional.

Edson Incopté falava à  Agência de Notícias da Guiné(ANG) no quadro de celebração do Dia Mundial de livro que se assinala hoje, 23 de Abril.
Aquele responsável disse que, através dos livros, são revelados, entre outros, as histórias do mundo em geral, as culturas dos diferentes povos e que a promoção de hábito de leitura é um dos objectivos que estão por detrás da instituição do Dia Mundial de livro com a finalidade de aproximar as pessoas ao conhecimento.
“Na Guiné-Bissau assim como em alguns países do mundo, as pessoas não têm o hábito de leitura, por isso, AEGUI está a desenvolver acções de sensibilizações mensalmente para incentivar essa prática no país”, revelou Incopté.
Acrescentou que nas referidas acções de sensibilização que desenvolvem mensalmente costumam falar da importância do livro, disse que também procuram pessoas para partilhar as suas experiências  de leitura, e  oferecer livros.
O secretário de AEGUI disse  que prevêm distribuir o livro intitulado “Tempo de Mininessa” para diferentes escolas do país, como forma de alargar conhecimentos e de incentivar o hábito à leitura.
Edson Incopté disse que a falta de acesso aos livros, de bibliotecas e livrarias, a desvalorização de sistema de literatura, a elevada taxa de analfabetismo são, entre outros, os factores que contribuem para a falta de hábito de leitura na Guiné-Bissau.
“O hábito de leitura ajuda na progressão de uma pessoa assim como do próprio país, porque só quem tem esse costume consegue levantar  questões com a finalidade de encontrar respostas satisfatórias”, disse o Secretário de AEGUI.
AEGUI é uma Associação dos Escritores da Guiné-Bissau  que trabalha voluntariamente na promoção do valor do livro e da  literatura, uma vez que os escritores guineenses estão a aumentar cada vez mais, e  a vontade de partilhar conhecimentos não lhes faltam.
O Dia Mundial do livro é um evento comemorativo com origem na Catalunha (Espanha), celebrado inicialmente em 05 de Abril , em comemoração do nascimento do escritor espanhol Miguel de Cervantes em 1926. No ano 1930 a data comemorativa foi transferida para 23 de Abril , dia de falecimento de Cervantes e dos outros escritores como: Josep Pla e Dramaturgo.
Em 1995 a Organização das Nações Unidas para Educaçao, Ciência e Cultura (UNESCO) instituiu 23 de Abril como o Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor com objectivo de estimular a reflexão sobre a leitura, a indústria de livros e a propriedade intelectual. ANG/AALS/AC//SGPublicada por ANG à(s) 07:21:00

Deputados sem dirigentes para mesa parlamentar de Bissau

Assembleia nacional da Guiné Bissau não consegue formar mesa parlamentar

Permanece o impasse na assembleia nacional popular da Guiné Bissau. Depois de uma primeira sessão marcada pela discórdia, aquando da tomada de posse na passada quinta-feira dos novos deputados eleitos nas legislativas de 10 de março, numa nova reunião hoje os líderes dos partidos com assento parlamentar não conseguiram novamente entender-se sobre quem vai ocupar ocupar os postos de direcção do orgão e em particular o cargo de segundo vice-presidente.

Mesmo com uma reunião convocada expressamente pelo presidente do parlamento, não houve consensos a volta da fórmula para eleição dos novos dirigentes da mesa parlamentar.

Cada um dos seis partidos com assento no novo hemiciclo guineense manteve a sua posição. Neste momento há assim um bloqueio total.

O impasse, que já dura há uma semana, deve-se ao facto de o Madem, segundo partido mais votado nas legislativas de março, apenas indicar o nome do seu coordenador, Braima Camará para o posto de 2º vice-presidente, a terceira pessoa na mesa do parlamento.

O nome de Camará não obteve a aprovação dos deputados na passada quinta-feira, numa votação secreta. O Madem diz que não vai apresentar outro nome que não seja o de Braima Camará, doa a quem doer, venha quem vier, conforme as palavras do próprio Camará.

 O Partido da Renovação Social, PRS, diz por seu lado, que cabe-lhe a ele indicar a figura de 1º secretário da mesa parlamentar, lugar que é reivindicado pelo PAIGC, vencedor das eleições e que já propôs os nomes de presidente e vice-presidente da mesa parlamentar.

Perante o extremar das posições, os partidos que sustentam a nova maioria no parlamento, alinhados com o PAIGC, dizem que a situação é simples: Perante o impasse nas conversações, caberá agora ao plenário do Parlamento, que se reúne na quarta-feira, dia 24, decidir o que fazer.

RFI

Novo Parlamento da Guiné-Bissau sem jovens e com poucas mulheres

Parlamento tomou posse nesta quinta-feira com 102 deputados, dos quais 14 mulheres e nenhum com menos de 35 anos de idade. Muitos guineenses desconfiam que não vai haver estabilidade numa Assembleia sem maioria absoluta.

102 deputados empossados na Guiné-Bissau

A décima legislatura começou oficialmente nesta quinta-feira (18.04.) na Guiné-Bissau com a tomada de posse dos 102 deputados que compõem o novo Parlamento do país. A cerimónia decorreu numa unidade hoteleira de Bissau devido às obras de reabilitação do hemiciclo, na presença de várias entidades nacionais e estrangeiras.   

O novo Parlamento da Guiné-Bissau, já  empossado em Bissau, é composto por seis partidos políticos, nomeadamente, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) que elegeu 47 deputados, o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) com 27, o Partido da Renovação Social (PRS), que assim se tornou a terceira força política com 21 representantes, a Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB com cinco, e a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia elegeram um deputado, cada um. Dos 102 deputados eleitos nas legislativas de 10 de março não há nenhum jovem, como nota o jurista e ativista guineense, Lesmes Monteiro, que defende a inclusão de jovens no centro de decisão, e não como um meros espetadores:

“Infelizmente teremos um Parlamento sem representatividade da juventude. Tem sido normal na Guiné-Bissau atribuir a pessoas de 45 anos os estatuto de jovens, mas segundo a Carta Africana da Juventude, a idade dos jovens vai dos 15 aos 35 anos. Posto isso, não temos nenhum jovem no Parlamento. Lembramos que os jovens foram atores-chave no processo da estabilização do país, com manifestações de rua a favor de um melhor ensino e várias greves. Temos um Parlamento – que é principal órgão decisor do país – sem juventude, o que demonstra que o país está um pouco perdido”, afirma o Monteiro.

Lei da Paridade não fez diferença

Parlamento tem apenas 14 deputadas, num universo de 102.

O quadro da representatividade das mulheres também não mudou em relação ao Parlamento anterior, apesar da aprovação da lei da paridade em vésperas das eleições. Para Nelvina Barreto, na altura não houve tempo suficiente para que fosse aumentado o número de mulheres no novo hemiciclo guineense, refere a ativista que tentou, mas não conseguiu eleger-se.

“O Parlamento anterior – em 102 deputados – tinha 14 deputadas. Infelizmente este quadro mantém-se nesta décima legislatura. É um processo moroso que reflete a visão e a perceção que a sociedade tem do papel da mulher. Esta visão está a evoluir, fruto de muitas ações levadas a cabo pelas organizações femininas que estão a mostrar que se pode deixar para trás esta parcela tão importante da população. Estou certa que na décima primeira legislatura teremos mais mulheres no Parlamento”.

De acordo com os resultados das legislativas de março, uma coligação formada pelo PAIGC, APU-PDGB, UM e PND, que assinaram um acordo de incidência parlamentar deu lugar a uma maioria no Parlamento, cuja tarefa será agora governar o país nos próximos quatro anos. Lesmes Monteiro que esteve à frente de varias manifestações de rua contra a crise política, que durou 4 anos, traça os grandes desafios para esta décima legislatura e não prevê um Parlamento pacífico.

“Por um lado, a necessidade da estabilização política e governativa do país e por outro, temos aspectos da reforma do Estado, onde temos que ver a pertinência da manutenção ou não do atual regime semi-presidencialista, com mais de duas décadas de instabilidade, e podemos pensar na alteração da Constituição, nomeadamente no artigo que confere ao Presidente da República o poder de demitir o Governo e redimensionar a administração pública que tem sido a principal fonte de emprego no país”, disse Lesmes.

Novo Parlamento frágil

Para que seja alcançada a almejada estabilidade parlamentar e governativa na Guiné-Bissau, os guineenses não confiam nas alianças políticas e já dizem que novas crises políticas, a curto prazo, poderão surgir; isto antes das eleições presidenciais, previstas para final deste ano. Para tal os guineenses continuam a exigir o consenso político, como única forma de viabilizar a governação e assim permitir uma saída do ciclo de instabilidade governativa, como afirma, aos microfones da DW África, o sociólogo e analista político, Rui Jorge:

“O cenário político parlamentar é frágil, tendo em conta que não houve uma maioria absoluta nas legislativas. É preciso varias engenharias para garantir o funcionamento do Parlamento e consequentemente a governabilidade. Tudo vai depender da eficiência do acordo de incidência parlamentar entre o PAIGC e o APU-PDGB e de um diálogo permanente com a oposição para viabilizar os principais instrumentos de governação no Parlamento”.

Durante a última legislatura, o Parlamento esteve encerrado por um período de quase três anos e foram nomeados sete primeiros-ministros, um dos quais por duas vezes. Rui Jorge, afirma que, se não houver um diálogo franco nesta décima legislatura, poderá haver mais uma intervenção militar no país.

“Se não se conseguir viabilizar a legislatura a crise vai-se aprofundar e as consequências são imprevisíveis, podemos contar com o aumento da violência civil, mas também, quem sabe, até com uma violência armada, neste caso com uma intervenção dos militares, como no passado, para tentar ver se são eles a corrigir os erros dos políticos”. 

Posse sem Presidente guineense

Entretanto, o Presidente do país, José Mário Vaz, não marcou presença na cerimónia de posse dos novos deputados, precisaram as fontes parlamentares. Nenhuma justificação oficial foi apresentada para esta ausência.

O PAIGC, partido mais votado, já disse que vai indicar Domingos Simões Pereira para o cargo de primeiro-ministro e propor Cipriano Cassamá para continuar como presidente do parlamento guineense.

DW

X Legislatura: NUNO NABIAN ELEITO PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE DO PARLAMENTO GUINEENSE

O líder de Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Nabian, foi eleito na mandrugada de sexta-feira, 19 de abril de 2019, para o cargo de primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular, com 93 votos a favor, 05 (cinco) contra e uma (01) abstenção, no universo de 99 deputados presentes.
A candidatura de Nabian, deputado eleito na lista dos “apuanos” no círculo eleitoral n° 05 (Sector de Bissorã, região de Oio) foi apresentada pela bancada parlamentar dos libertadores (PAIGC) no âmbito do acordo assinado entre as duas formações políticas para estabilidade parlamentar e governativa.
O cargo do primeiro vice-presidente do parlamento, de acordo com o regimento do Parlamento guineense no seu artigo 27, pertence ao partido com maior número de deputados. E neste caso os libertadores concederam este cargo ao líder de APU-PDGB, Nuno Gomes Nabian.
O político ora eleito para ocupar a função do primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular é estreante nesta X Legislatura do parlamento.
Por: Assana SambúFoto: Marcelo Na RitcheConosaba/odemocratagb.

Líder do PAIGC diz que partido foi escolhido para governar Guiné-Bissau e vai fazê-lo

Bissau, 18 abr 2019 (Lusa) – O presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, disse hoje que o partido foi escolhido para governar e que está determinado em fazê-lo e sem permitir interferências no processo.

“Fomos escolhidos para governar e é o que estamos determinados a fazer em absoluta observância da Constituição da República e das leis, fazendo as escolhas que a nossa consciência e os estatutos do nosso partido ditarem em conjugação com os partidos da nossa parceria para materialização dos anseios e aspirações de todo o nosso povo, não aceitando, nem permitindo nenhuma interferência estranha a este processo”, afirmou Domingos Simões Pereira.

O presidente do PAIGC e antigo primeiro-ministro falava na cerimónia da tomada de posse dos novos deputados do parlamento da Guiné-Bissau eleitos nas legislativas de 10 de março, que decorreu hoje numa unidade hoteleira em Bissau e que contou com a participação de mais de 300 pessoas, entre os quais representantes da comunidade internacional.

“Nessa perspetiva, me inclino perante o povo guineense e a sua prova incessante de maturidade e resiliência ao aceitar o desafio de ultrapassar a transição, restaurar a soberania nacional e a normalidade constitucional”, salientou Domingos Simões Pereira.

O PAIGC venceu as eleições legislativas de 2014, mas Domingos Simões Pereira foi demitido das funções de primeiro-ministro em agosto de 2015, o que deu início a uma grave crise política no país, que acabou por ser mediada pela comunidade internacional, principalmente a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

Nas eleições do mês passado, o PAIGC elegeu 47 deputados para o parlamento guineense e anunciou uma coligação parlamentar e governamental com a Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau, União para a Mudança e Partido da Nova Democracia, conseguido uma maioria de 54 deputados.

“Nesta sala improvisada em plenária da ANP (Assembleia Nacional Popular), que mesmo modesta tenta reproduzir os requintes que a civilização moderna convencionou para atos deste simbolismo e envergadura somos uma centena de privilegiados, trajando os nossos melhores fatos, talvez adquiridos em grandes butiques do mundo ocidental, tudo a condizer com a época que vivemos e com os padrões universais do desenvolvimento”, afirmou Domingos Simões Pereira.

O que não condiz, continuou o presidente do PAIGC, é o “facto de estarem lá fora milhares que nos escutam e acompanham enquanto aguardam ansiosos por sinais que possam dar-lhes consolo e a esperança de que estamos aqui reunidos não por nós próprios, não para atendermos aos nossos egos de elite urbana, mas para simbolizar cada mulher e cada homem desta sociedade e Nação”.

No discurso, Domingos Simões Pereira disse que é preciso que todos os deputados tenham consciência de que são “milhares os que se sentem excluídos desta perspetiva, quer seja pela saúde que não lhes chega, quer seja pela educação que lhes é sonegada, seja, sobretudo, pela falta de oportunidade num país rodeado de tantos ingredientes”.

“A democracia tem esta magia, de nos colocar sempre de volta ao ponto de partida”, sublinhou.

dn.pt

Novos deputados tomam posse


Bissau, 18 br 19 (ANG) – Os cento e dois (102) novos deputados do parlamento guineense tomaram hoje posse, para um mandato de cinco anos, na presença de várias personalidades nacionais e estrangeiras.
Entre convidados estrangeiros destacam-se o  Presidente do parlamento de Cabo Verde, Jorge dos Santos , a deputada e líder do grupo parlamentar de Amizade Portugal/ Guiné- Bissau, Elsa Pais e o representante do Presidente do parlamento do Senegal.

Na cerimónia estiveram presentes o presidente do Movimento da Sociedade Civil Fodé Carambá Sanhá, membros do governo em função, representantes do poder judicial, religiosa e chefias militares.  
Na ocasião, Fodé Caramba Sanhá disse esperar que a X legislatura corresponda com aquilo que foi o sufrágio do povo guineense e para que haja um dialogo permanente entre os partidos, privilegiando, acima tudo, o interesse da Nação.
Em representação do chefe da diplomacia portuguesa, o Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, António Alves de Carvalho disse que a Guiné-Bissau vive actualmente um processo político interno muito vivo e promissor.
“O acto eleitoral de 10 Março marcou o início de um ciclo político e que constituíra um marco de mudança e viragem para estabilidade e consolidação de um estado de direito democrático e se afirmará como um passo decisivo ao regresso pleno à estabilidade política institucional da república da Guiné-Bissau”, salientou.
O embaixador de Portugal em Bissau acrescentou que os  eleitores guineenses transmitiram ao mundo um sinal de esperança de um futuro do seu país, e frisou que,  neste contexto,  Portugal reitera a continuidade do seu apoio à Guiné Bissau, na sua vida política,económica e social.
A deputada e Presidente do grupo parlamentar de amizade Portugal e Guiné-Bissau, Elsa Pais disse que deseja que a Guiné-Bissau encontre o caminho da paz, estabilidade e da prosperidade.
“Agora que o poder legislativo entra em plenitude das suas funções como órgão da soberania, faço votos que as eleições presidências tenha lugar em 2019, completando assim o edifício institucional, sem o qual não é possível a vida em democracia”, afirmou.
Elsa Pais lembrou aos deputados que o importante no momento é a implementação do  que foi acordado, e traçar novas perspectivas para futuro comum, que pode ser feita, quer no plano bilateral, na cooperarão institucional, na cultura e na defesa dos direitos humanos, com destaque para as crianças e mulheres.
O Presidente do parlamento de Cabo-Verde, Jorge dos Santos destacou  que a vida política e a situação social económica o preocupa, por isso considera  que o momento é de ação, para se construir  os consensos necessários e pactos nacionais para se levar a “Guiné para a  frente.
Depois da investidura, os deputados prosseguiram os trabalhos para a eleição da mesa do parlamento.
Resultados eleitorais de 10 de Março ditaram a vitória do PAIGC com 47 mandatos/deputados, estando o partido Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15)  na segunda posição com 27 mandatos,o PRS na terceira posição  com 21 mandatos, APU-PDG ,cinco e PND e UM ambos com um deputado cada.