Governação

      Cidadãos guineenses pedem nomeação de novo primeiro-ministro
Bissau,10 jun 19 (ANG) – Alguns cidadãos guineenses pedem ao Presidente da República a nomeação do Primeiro-ministro na base do resultado das últimas eleições legislativas de 10 de Março passado e consequente formação do governo para acabar com situação de crise política.

Os cidadãos Uie Sonco, Dulce Gomes Correia, Cristina Nhaga José Djú, Banor da Fonseca e Inês Có que reagiram hoje em exclusivo a ANG, a não nomeação do primeiro-ministro da parte do Chefe de Estado guineense após três meses da realização das eleições, foram unânimes em instar a designação do chefe do governo para  sanear os problemas sociais, sobretudo do sector de ensino e saúde.
“ O Presidente da República prometeu trabalhar com quem quer que seja antes das eleições de 10 de Março e agora não está a cumprir com a promessa que fez ao povo”, recordou o estudante Uie Sonco.
Afirmou que o chefe de estado é único que pode tirar o país na situação em que se encontra e que isso passa pela nomeação do novo primeiro-ministro resultante das eleições de 10 de Março.
Segundo Uie Sonco a nomeação do primeiro-ministro não tem nada a ver com o problema que existe na Assembleia,  e  acrescenta que,  “se fosse o Partido da Renovação Social ou Movimento para Alternância Democrática que venceram as eleições numa situação igual, o Presidente da República nomearia o primeiro-ministro sem invocar a questão de entendimento no parlamento”.
A mulher da actividade Económica, Cristina Nhaga pediu igualmente a nomeação do chefe do executivo para tirar não só o país e a sociedade na dificuldade, mas também para que resolvam os problemas existentes no ensino guineense.
Por sua vez, a estudante Dulce Gomes Correia, não só solicitou a nomeação do primeiro-ministro, bem como ao Partido da Renovação Social e o Movimento para Alternância Democrática a participarem na sessão do dia 11 de Junho para juntos encontrarem uma solução, a bem do povo guineense.

O funcionário público José Djú considerou de grave a não nomeação do primeiro-ministro após três meses de realização de eleições legislativas no país e acrescentou que a referida situação só prejudicará a sociedade guineense.
Djú sublinhou que a negligência dos governantes acaba por prejudicar o país no seu todo e que o interesse do povo deve ser colocado sempre na primeira posição.
A agricultora Inês Có disse que os agricultores, de certa forma, são  dos mais prejudicados com a situação de instabilidade no país, tendo reforçado que é urgente a nomeação de um primeiro-ministro para conduzir o país ao progresso.
“Este ano, a campanha de comercialização de castanha de caju é uma catástrofe, e,  de certa forma, podemos dizer que a instabilidade política está por detrás desta situação”, lamentou Inês Có.
O Director do curso de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade Lusófona da Guiné, Banor da Fonseca exorta os governantes a não prejudicarem  mais o destino da Guiné-Bissau, tendo acrescentado que a nomeação de um primeiro-ministro deve ser feita com o objectivo de tirar o país da situação de estagnação em que se encontra.
Banor da Fonseca disse lamentar  o facto de a Guiné-Bissau ter  governantes que não colocam o interesse do povo na primeira posição, uma vez que segundo ele, o dever de um governante é de servir o seu povo.
“A situação da crise política normalmente afecta todas as áreas, começando pelas instituições estatais até às privadas. Nós da Universidade Lusófona também somos atingidos pela situação da crise, porque dependemos do pagamento das mensalidades por parte dos estudantes para melhor funcionamento da nossa instituição”, sustentou Fonseca.
ANG/AALS/LPG//SG

PAIGC VENCEDOR DAS LEGISLATIVAS PEDE “POSIÇÃO MUITO CLARA” AO PR DE CABO VERDE SOBRE O PAÍS


O presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, e o líder da União para Mudança na Guiné-Bissau, Agnelo Regala, foram hoje recebidos na cidade da Praia pelo Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, com quem pretenderam “partilhar a atual a situação política na Guiné-Bissau à luz dos últimos acontecimentos e à luz do aproximar do fim do mandato do Presidente da República guineense, sem que haja Governo e estejam fixadas as datas para as próximas eleições presidenciais”.
O encontro levou ainda em conta a aproximação da data de realização de uma reunião da CEDEAO.
“Sendo Cabo Verde membro da CEDEAO, consideramos que o Presidente da República de Cabo Verde, que, além de tudo, é um constitucionalista, está bem posicionado para ajudar os países da CEDEAO a compreenderem a coerência do sistema do Governo que existe nesses países”, disse.
E acrescentou: “Esperamos da parte de Cabo Verde uma posição muito clara, sem equívocos, que possa permitir o respeito por parte dos outros pares do que é a escolha livre feita pelo povo da Guiné­-Bissau”.
Segundo o ex-primeiro-ministro guineense Domingos Simões Pereira, Jorge Carlos Fonseca ouviu os dois políticos guineenses “com muita atenção” e “quis tirar a limpo todos os aspetos e compreender de que forma pode ajudar, porque claramente não há a intenção de se ingerir em assuntos internos, mas sim de ajudar”.
“Temos uma Constituição muito semelhante. Mas contrariamente ao que é automático em Cabo Verde, ou em outra parte do mundo, o Presidente [guineense, José Mário Vaz] ainda pode questionar se aceita os resultados das eleições ou não”, referiu.

Domingos Simões Pereira disse esperar que “todos os países que são membros das organizações a que pertence a Guiné-Bissau ajudem a clarificar a questão, colocando pressão para o respeito da ordem constitucional” do país.

O Presidente cabo-verdiano também detém atualmente a presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a que pertencem os dois países.

Questionado sobre uma possível candidatura às presidenciais, disse que, caso não seja confirmado como primeiro-ministro, continua a ser líder do maior partido político da Guiné Bissau.

“O partido tem a liberdade e o direito de me utilizar nas competências que entender”, concluiu.

Três meses depois da realização de eleições legislativas na Guiné-Bissau, a 10 de março, o Presidente guineense continua sem nomear o primeiro-ministro e o Governo, alegando que falta resolver o problema da eleição da mesa da Assembleia Nacional Popular, o que tem levado à realização de vários protestos.

O presidente do parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, convocou os deputados guineenses para a segunda sessão ordinária da atual legislatura, a partir da próxima terça-feira, com a eleição do segundo vice-presidente da mesa da Assembleia Nacional Popular na agenda de trabalhos.

O impasse político teve início com a eleição dos membros da Assembleia Nacional Popular.

Depois de Cipriano Cassamá, do PAIGC, ter sido reconduzido no cargo de presidente do parlamento, e Nuno Nabian, da APU-PDGB, ter sido eleito primeiro vice-presidente, a maior parte dos deputados guineenses votou contra o nome do coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15, Braima Camará, para segundo vice-presidente do parlamento.

O Madem-G15 recusou avançar com outro nome para cargo e apresentou uma providência cautelar para anular a votação, mas que foi recusada pelo Supremo Tribunal de Justiça.

Por outro lado, o PRS reclama para si a indicação do nome do primeiro secretário da mesa da assembleia.

O parlamento da Guiné-Bissau está dividido em dois grandes blocos, um, que inclui o PAIGC (partido mais votado nas legislativas, mas sem maioria), a APU-PDGB, a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia, com 54 deputados, e outro, que juntou o Madem-G15 (segundo partido mais votado) e o PRS, com 48.

O Presidente guineense já disse que só vai nomear o primeiro-ministro e o Governo quando a eleição para a mesa da Assembleia Nacional Popular estar concluída.

Notbanca; 09.06.2019

GREVE PARALISA HOSPITAL SIMÃO MENDES NA GUINÉ-BISSAU

Trabalhadores reclamam por quatro meses de salários em atrasoNa Guiné-Bissau, médicos, enfermeiros e outros profissionais paralisaram desde as primeiras horas desta segunda-feira, 10, a principal unidade sanitária do país, o Hospital Simão Mendes.
A greve visa exigir o pagamento de quatro meses de salários em atraso e a reintegração de 39 colegas, expulsos pela actual direção do hospital.
A direcção do hospital ainda não se pronunciou sobre a paralisação, mas os trabalhadores dizem estar abertos a negociações.
Conosaba/Voa

Para a nomeação do PM: COMUNIDADE RELIGIOSA ANUNCIA QUE JOMAV INICIA NA SEXTA-FEIRA AUSCULTAÇÃO DE PARTIDOS POLÍTICOS

10/06/2019 / OdemocrataGB / No comments

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O Porta-voz da comunidade religiosa, Carlos Quissangue, anunciou esta segunda-feira, 10 de junho de 2019, que o Presidente da República, José Mário Vaz, vai iniciar uma audição de partidos políticos com o assento no parlamento na próxima sexta-feira, com o propósito de nomear o novo primeiro-ministro e consequente formação do governo.

Quissangue falava aos jornalistas depois de uma audiência com o Chefe de Estado guineense, que para além da Comunidade Religiosa, reuniu-se igualmente com os representantes do Conselho das Mulheres Facilitadoras e da Comissão Organizadora da Conferência da Reconciliação Nacional para a Paz, com o intuito de analisar a situação política vigente.

A reunião do Presidente José Mário Vaz acontece numa altura em que o país completa 90 dias depois da realização das eleições legislativas que ditou a vitória (relativa) aos libertadores (PAIGC), mas continua sem a nomeação do Primeiro-ministro indicado pelo partido vencedor do escrutíneo de março.

O porta-voz da comunidade religiosa, Carlos Quissangue, disse na sua declaração aos jornalistas que o Presidente da República lhes informou durante o encontro que nesta sexta-feira iniciará consultas com os partidos políticos para a nomeação do novo Primeiro-ministro. Acrescentou ainda que o Chefe de Estado mostrou-se preocupado com a situação.

“Disse-nos que o momento é de os guineenses pensarem em mudar a linguagem e tomar o rumo a paz e o desenvolvimento”, contou, para de seguida, assegurar que a reunião visa informar-lhes da situação real do país, tendo em conta os últimos acontecimentos depois das eleições legislativas de 10 de março.

Salienta-se que as mulheres facilitadoras saíram da reunião com PR sem prestarem qualquer declaração à imprensa.  

Por: Epifania Mendonça

Oficina de Escrita de Guião para Telenovela (1a Edição)

Data: 15 a 19 de Julho de 2019
Local: Bissau
Para mais informações contate-nos em oficina@aegui.org
Mantenha-se actualizado visitando regularmente a nossa pagina no Facebook emfacebook.com/AEGUI 

Descrição:
A oficina insere-se no projecto de criação da primeira telenovela da Guiné-Bissau que a AEGUI (Associação de Escritores da Guiné-Bissau) desenvolve em parceria com as Nações Unidas na Guiné-Bissau, com o apoio financeiro do Fundo das Nações Unidas para a Consolidação da Paz. 

A formação decorrerá durante uma semana (5 dias) e será orientada por um especialista na escrita de guiões para cinema e televisão.

A metodologia contempla, para além de uma abordagem teórica e prática das técnicas de escrita de guiões, a análise da sinopse da novela, oferecendo assim aos formandos a oportunidade de participarem num contexto real e prático de trabalho. 

Será feita uma avaliação no fim do curso e serão atribuídos certificados em função dos resultados obtidos.

Objectivo Geral:
Contribuir para a consolidação de uma capacidade endógena de escrita de guiões para a produção de obras de ficção no domínio das artes cénicas na Guiné-Bissau.

Objectivos Específicos:
(i) – Constituição de um núcleo de futuros guionistas, disponíveis para contribuir na redacção da telenovela, e animados pela ideia de escrever sobre as questões identificadas como principais desafios dos guineenses, propondo soluções e alternativas através da ficção.
(ii) – Aperfeiçoamento de técnicas de escrita para o desenvolvimento do potencial de criatividade artística.
(iii) – Desenvolvimento de habilidades de apropriação do sistema de escrita de guiões para a produção cinematográfica e televisiva.

Resultados Esperados:
(i)  25 novos dramaturgos e teledramaturgos, capacitados em escrita e produção literária para as artes cénicas;
(ii)  Habilitação de guionistas e realizadores que reconhecem e valorizam o papel das artes dramáticas – e do teledrama em particular – como instrumento de educação para a cidadania.

Prazo e Condições de Inscrição: 
As inscrições decorrem de 10 de Junho a 30 de Junho de 2019 (23h59). Os interessados deverão enviar um texto da sua autoria (ficção ou não), com 500 palavras no máximo, anexado a esta ficha de inscrição. Os interessados podem visitar a página da AEGUI no Facebook – em facebook.com/aegui – para mais detalhes e informações actualizadas sobre o evento. Para qualquer pedido de esclarecimento favor contactar via email:oficina@aegui.org

NB: Os candidatos que já tenham obras literárias publicadas, estão isentos da apresentação do texto acima referido, bastando indicar na ficha de candidatura os dados bibliográficos da obra (título, editora, ISBN, ano de publicação). Essa isenção também é valida para os candidatos que já tenham produzido uma obra cinematográfica, devendo para o efeito fornecer as referências da mesma. A escolaridade mínima elegível é o 12º ano. 

Candidaturas de jovens e de mulheres são vivamente encorajadas. 

O nome e a foto associados à sua Conta Google serão registados quando carregar ficheiros e enviar este formulário.

Fonte: ONU na Guiné-Bissau

MULHERES DE PARTIDOS DA MAIORIA PARLAMENTAR PROMOVEM VIGÍLIA PARA EXIGIR FORMAÇÃO DO GOVERNO

Cerca de uma centena de mulheres que se autodenominaram de “Mulheres Democráticas” de diferentes formações políticas aliadas dos libertadores (PAIGC) promoveram na quinta-feira, 06 de junho de 2019, uma vigília para exigir a nomeação do novo Primeiro-ministro indicado pelo partido vencedor das eleições de legislativas de 10 de março e, consequentemente, a formação do governo.
A iniciativa das mulheres de diferentes formações políticas, que na sua maioria fazem parte do fórum de concertação democrática (PAIGC, APU-PDGB, UM, PND, PCD, PUN, MP e PJ), visa fazer pressão ao Chefe de Estado, José Mário Vaz, a nomear Primeiro-ministro e consequente formação do governo e acabar com as crises sociais e económicas que se registam no país. As mulheres trajadas de panos pretos e camisas brancas em sinal de ‘luto’ juntaram-se na Praça de Che Guevara, em Bissau, com as velas nas mãos e algumas com dísticos, onde se pode ler as seguintes frases: ‘’Rispita kil ki Bambaram di Ferru’’; ‘Mindjeris i firkidja di uma nação’; ‘Presidente lanta bu cudinu anós i bu mame…’

Gabriela da Silva, representante do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo-verde (PAIGC), disse que ficaram muito decepcionadas com a posição do Presidente da República por não se ter, até neste momento, pronunciado nada sobre a nomeação do Primeiro-ministro e a consequente formação do governo para desembaraçar o impasse no país. Para Gabriela da Silva, Assembleia Nacional Popular está a ‘’funcionar normalmente’’ pelo que não há motivos que possam impedir a nomeação de novo Primeiro-ministro e, consequentemente, a formação do governo.
Alertou, no entanto, ao Presidente da República para tomar medidas necessárias, o mais rápido possível, para nomear o novo primeiro- ministro e avisa ainda que o próximo passo não será bonito, pois a comunidade internacional será alertada a tomar medidas mais agressivas sobre o impasse que se vive no país.
Por seu lado, representante da União para Mudança (UM), Denise Lopes Camará, pediu união entre todos os cidadãos guineenses, sobretudo no seio das mulheres. Avança neste sentido que as mulheres devem ter a coragem de exigir o Presidente da República para nomear novo Primeiro-ministro e formar o governo, porque conforme disse, “o povo está cansado desta situação’’. 
Por: Carolina DjemeFotos: Marcelo Na RitchePublicada por CONOSABA DO PORTO

MAIORIA PARLAMENTAR NA GUINÉ-BISSAU REGRESSA ÁS RUAS PARA EXIGIR NOMEAÇÃO DE PM E NOVO GOVERNO

Bissau, 07 jun 2019 (Lusa) – Milhares de apoiantes do partidos da maioria parlamentar na Guiné-Bissau realizaram hoje um novo protesto para pedir ao Presidente guineense a nomeação do primeiro-ministro e do Governo e lembrar-lhe que o seu mandato termina a 23 de junho.
“Nós estamos a fazer um protesto pacífico que vai culminar com uma vigília para exigir ao Presidente da República (José Mário Vaz) a nomeação do novo primeiro-ministro, mas também para lembrar ao Presidente da República que o mandato dele termina no dia 23 e que no dia 24 não será mais Presidente da República da Guiné-Bissau”, disse Dionísio Pereira, presidente da juventude do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
A marcha, com menos participantes em relação às últimas realizadas pelos partidos que representam a maioria parlamentar na Guiné-Bissau, culminou no largo junto à Câmara Municipal de Bissau, onde os apoiantes gritaram palavras de ordem como “Jomav rua”, “abaixo o Jomav”.
Jomav é o nome da empresa do chefe de Estado e é a forma como é tratado pelos guineenses.
No final da marcha, os apoiantes pretendem continuar com o protesto através da realização de uma vigília, que vai decorrer em vários pontos da cidade. As mulheres daqueles partidos já iniciaram uma na quinta-feira, que deverá prolongar-se até ao próximo dia 23.
“Nós como democratas só temos um caminho é demonstrar ao Presidente da República que o Governo deve ser nomeado e empossado. Na democracia uma das alíneas de demonstrar o descontentamento é a marcha pacífica, é a marcha demonstrativa de que algo não vai bem e é por isso que estou aqui como dirigente do meu partido que está nessa coligação e quer que o povo saia da dificuldade que está emergindo”, afirmou Armando Mango, vice-presidente da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB).
Três meses depois da realização de eleições legislativas na Guiné-Bissau, a 10 de março, o Presidente guineense continua sem nomear o primeiro-ministro e o Governo, alegando que falta resolver o problema da eleição da mesa da Assembleia Nacional Popular, o que tem levado à realização de vários protestos.
O impasse político teve início com a eleição dos membros da Assembleia Nacional Popular.
Depois de Cipriano Cassamá, do PAIGC, ter sido reconduzido no cargo de presidente do parlamento, e Nuno Nabian, da APU-PDGB, ter sido eleito primeiro vice-presidente, a maior parte dos deputados guineenses votou contra o nome do coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15, Braima Camará, para segundo vice-presidente do parlamento.
O Madem-G15 recusou avançar com outro nome para cargo e apresentou uma providência cautelar para anular a votação, mas que foi recusada pelo Supremo Tribunal de Justiça.
Por outro lado, o PRS reclama para si a indicação do nome do primeiro secretário da mesa da assembleia.
O parlamento da Guiné-Bissau está dividido em dois grandes blocos, um, que inclui o PAIGC (partido mais votado nas legislativas, mas sem maioria), a APU-PDGB, a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia, com 54 deputados, e outro, que juntou o Madem-G15 (segundo partido mais votado) e o PRS, com 48.
O Presidente guineense já disse que só vai nomear o primeiro-ministro e o Governo quando a eleição para a mesa da Assembleia Nacional Popular estar concluída.
O novo parlamento da Guiné-Bissau vai reunir-se a partir de 11 de junho e até 22 de julho, tendo na agenda da sessão a eleição do segundo vice-presidente do parlamento.
Conosaba/Lusa