Investimento mineiro de 180 milhões na Guiné-Bissau arranca em 2021

A diretora nacional da Guiné-Bissau do Banco Central dos Estados da África Ocidental disse hoje em Macau que arranca em 2021 um investimento mineiro de mais de 200 milhões de dólares (180 milhões de euros) no país.

“No setor mineiro está em curso um investimento de mais de 200 milhões de dólares para exploração de fosfato a partir de 2021”, afirmou Helena Nosolini Embaló, durante uma conferência do 10.º Fórum Investimento e Construção de Infraestruturas (IIICF, na sigla em inglês), que termina hoje em Macau.

“Estes investimentos poderão mudar a médio prazo a nossa estrutura de exportação, contribuindo desta forma para um crescimento económico mais robusto, consequentemente criando emprego e riqueza”, sustentou a responsável que, à margem do evento, questionada pela Lusa, não quis prestar declarações.

Com 36.125 quilómetros quadrados e uma população que não chega aos dois milhões de habitantes, a Guiné-Bissau situa-se na costa ocidental de África, entre o Senegal e a Guiné-Conacri, e tem mais de 80 ilhas no arquipélago dos Bijagós, a maior parte desertas.

Apesar de ter recursos naturais relativamente intactos, com reservas de bauxite e fosfato e eventualmente de petróleo, a economia do país centra-se no caju, o principal produto de exportação.

“A Guiné-Bissau está em busca de diversificar a sua exportação”, sublinhou a diretora, lembrando que “a exportação com destino à China atingiu 71,4 milhões de dólares em 2017, superando largamente o máximo atingido em 2015, num montante de 37 milhões de dólares”, sendo que os produtos exportados foram principalmente a castanha de caju e as madeiras nobres”.

A Guiné-Bissau é um dos países que integra a União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), uma organização de integração regional criada por sete países da África Ocidental que têm em comum uma moeda única.

“As nossas economias [da UEMOA e da China] complementam-se e as relações económicas devem ser aprofundadas”, defendeu Helena Nosolini Embaló, acrescentando que “o papel de Macau enquanto uma plataforma de serviços representa uma oportunidade” para serem criadas e aprofundadas sinergias. Lusa

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