Bissau, 30 Jul 21 (ANG) – O ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural através da Direcção Geral da Floresta e Fauna leva a cabo uma campanha de reflorestação com diversas espécies florestais, nomeadamente bissilão, pau de conta, cibi, farroba, pau de sangue entre outros, de uma área de 100 hectares em todo o país.
Segundo o jornal Nô Pintcha, a campanha sob o lema “Quem planta uma árvore preserva a vida” foi aberta no passado dia 28 em Embunhe/N´cor, sector de Bissorã, região de Oio, pelo titular da pasta da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Marciano Silva Barbeiro.
“Iniciamos esta actividade na região de Oio, como a zona que sofreu maior pressão da população e com maior potencias em recursos florestais de maior relavância no país” afirmou Silva Barbeiro.
Garantiu que a cada campo vedado será construida uma torre de vigilância, gerido por um comité de gestão formado pelos populares de cada localidade.
Cerca de 200 hectares da floresta da Região de Oio ficaram completamente degradados devido ao desmatamento ali praticado.
Para atingir a meta zero degradação da terra até 2030, Silva Barbeiro disse que o repovoamento florestal deve ser um acto patriótico de cada cidadão, e que deve visar uma gestão sustentável de recursos florestais, salvaguardando a estabilidade e o equilíbrio dos ecosistemas, do ponto de vista ambiental, da resiliência e adaptação às alterações clímaticas.
O governante reconheceu que a delapitação da floresta nas últimas décadas com uma exploração desenfreada e irracional, de, sobretudo, a conhecida pau de sangue, testemunha hoje que várias especies de árvores estão ameaçadas de extinção pelo que é urgente a correção dos erros cometidos no passado com más práticas.
Silva Barberiro indicou como consequência dessa prática, não só a variação da chuva em termos de tempos e duração e no seu modo de distribuição ao longo do período com tendência para diminuição, mas também o aumento das temperaturas, ventos e da seca.
Para manter a integridade das florestas, dos rios, do ciclo da natureza, Marciano Silva Barbeiro defendeu combates sem tréguas às queimadas, a desmatação ilegal e exploração desenfreada e desorganizada da floresta e fauna.
Realçando a importância da campanha de reflorestação, o ministro do Ambiente e Biodiversidade, Viriato Cassamá distacou a utilidade da floresta em diversos aspectos, nomeadamente na farmacopeia, energia doméstica, alimentação, entre outras.
Cassamá acrescentou que a sua instituição vai tabalhar em sinergia com o Ministério da Agricultuta para o levantamento parcial da moratória, porque, segundo diz, “os recursos florestais do país devem ser explorados mas de forma sustentável, em prol da sua valorização economica, visando o fortalecimento da cadeia de valores de todos os actores dependentes deste recursos, para a redução da pobreza”.
Segundo o represente interino do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentaçáo(FAO), Jean Marie Kipela , a Guiné-Bissau perdeu cerca de 21 mil hectares entre 2011 a 2018, com abates ilegais de árvores para produção da madeira, por incêndio e produção de carvão vegetal, bem como a expansão de terrenos agrícolas com a monocultura do caju.
Jean Kipela defende que é essencial a proteção da floresta, porque elas abrigam a maior parte da biodiversidade terrestre e fornecem mais de 86 molhões de emprego ecológico, produtos silvestres, lenhas, entre outros bens.
A Guiné-Bissau faz parte de um grupo de oito países que beneficiam do projecto de gestão integrada dos recursos naturais do maciço de Fouta Djallon, financiado pelo Fundo Mundial do Ambiente, no quadro da ONU Ambiente, executada pela FAO e coordenada pela Comunidade Economica dos Estados da Africa Ocidental ,que visa assegurar conservação e a gestão sustentavel dos recursos naturais.
O Director Geral da Floretsa e Fauna explicou que o governo pretende com a campanha do o repovoamento florestal de 2021/2022 recuperar cerca de 100 hectares proceder a fixação de pilares de vedação..ANG/LPG/ÂC