Política/PR recomenda abolição de isenção ao  pagamento de cargas nos Portos e nas Alfândegas

Bissau, 13 nov 20 (ANG) – O Presidente da República recomendou   a abolição de isenção ao  pagamento de cargas nas alfândegas e no porto de Bissau.

A recomendação foi feita aos responsáveis destas instituições pelo  Chefe de Estado  Umaro Sissoco Embalo na quinta-feira no final da visita que efetuou as instalações do cais de Bissau e das Alfândegas.

Em relação ao Porto comercial de Bissau justificou a medida com a necessidade de angariar fundos para a drenagem do caudal do Porto que  corre o risco de não poder receber  barcos de grande porte.

“Dei orientações ao ministro dos Transportes e Comunicações, Jorge Mandinga e ao Diractor-geral do porto Felix Blutna Nadunguê de que a partir de hoje, não há mais isenção no pagamento das cargas no porto, mesmo que a carga seja do Presidente ou do primeiro ministro. O porto tem que recolher receitas, disse.

Em relação as Alfândegas o Presidente da República disse  que  2021 será o ano de “Dragão”  ou seja ano em que a direcção da referida instituição deve trabalhar ainda mais para recolha de mais receitas.

O Ministro dos Transportes e Telecomunicações disse que a visita do chefe de Estado demonstra a sua preocupação em relação ao estado das infraestruturas do país e que o Porto é uma das principais infraestrutura da Guiné-Bissau.

Mandinga acrescentou  que para além da drenagem do Porto é preciso drenar  o canal de acesso, e proceder a colocação de faróis de   sinalização para permitir o funcionamento do porto de Tchetchi para escoamento do fosfato de Farim.

Instado sobre o início previsto para esta sexta-feira da greve no aeroporto anunciado pelos funcionários que reivindicam o pagamento de salários em atraso de oito meses, Jorge Mandinga disse que o processo de privatização do aeroporto é da iniciativa do então governo liderado por Aristides Gomes.

“SAA é uma empresa privada, é preciso que fique muito clara. Não estamos a privatizar uma empresa pública, o que está ser feito agora, o Estado vai sair dando o seu capital à uma outra empresa que está em condições de fazer melhor, porque vai certificar se os  funcionários  têm condições de manejar os novos equipamentos a ser instalados, e que aumentará a segurança no aeroporto”, disse.

Afirmou  que todos os trabalhadores vão ser indemnizados de acordo com o contrato de trabalho de cada um.

O Director-geral dos Portos de Bissau, Felix Nandunguê  disse estar satisfeito  ao ouvir o apoio que o Presidente Umaro Sissoco Embaló pretende dar ao Porto.

Segundo Nandunguê que cita dados de um estudo, se não houver  drenagem, dentro de dois anos barcos de grande porte não poderão se atracar no Porto de Bissau.

O Presidente Sissoco Embaló  prometeu usar a sua influência para conseguir meios financeiros que permita a realização da drenagem no Porto de Bissau, e diz estar convicto de que  os trabalhos de drenagem  podem começar no início do próximo ano.ANG/LPG//SG