SISSOCO EMBALÓ NEGA TER ASSINADO ACORDO PARA PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO NA ZONA CONJUNTA COM MACKY SALL

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O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, negou esta quarta-feira, 04 de outubro de 2020, as informações em como teria assinado o acordo para a prospecção de petróleo com o Presidente senegalês Macky Sall na zona conjunta partilhada pelos dois países. O chefe de Estado guineense assegurou que até ao momento não houve nenhuma renovação do acordo, apenas o que está a ser analisado é a possibilidade de mudança da chave de partilha do acordo assinado no passado.

Úmaro Sissoco Embaló falava depois do encontro de concertação, no palácio do governo, com responsáveis das diferentes instituições do país, nomeadamente: o primeiro-ministro, o Procurador Geral da República, o ministro do Interior, a Diretora da Polícia Judiciária, o Comandante da Guarda Nacional e o Comissário da Ordem Pública.

Na sua declaração aos jornalistas, o Presidente da República destacou a transversalidade do papel da Polícia Judiciária no combate ao crime organizado,  trabalhar em sinergias com o governo para criar as condições para a Polícia Judiciária, dotando-a de meios necessários para que possa fazer o seu trabalho.

“Durante 47 anos da independência, a PJ trabalhou sem meios. Isso é vergonhoso, mas agora como queremos fazer transformar a Guiné-Bissau num país sério, a PJ deve ter um tratamento especial, sem deixar de lado as outras forças policiais”, disse Sissoco Embaló.

Questionado sobre como está o processo de transladação dos restos mortais do General João Bernardo Nino Vieira do Cemitério Municipal de Bissau para Amura, Embalóinformou que é preciso que o povo guineense saiba quem era Nino Vieira.

“Um dos filhos da Guiné-Bissau mais respeitados pelo Amílcar Cabra é Nino Vieira, figura na primeira linha, porque é um herói. Nós não conhecemos Amílcar Cabral, mas conhecemos Nino e os próprios combatentes da liberdade da pátria que participaram na luta de libertação ouviram mais o nome do Nino do que o de Cabral, portanto ele merece o respeito do povo guineense”, salientou.

Sobre o decreto aprovado em Conselho de Ministros que autorizou a exploração florestal, Umaro Sissoco Embalóesclareceu que não existe nenhuma medida que autorize o abate florestal, apenas foi permitido aos cidadãos com dinheiro a compra de troncos de madeira cortados em 2012, de acordo com a norma estipulada pelo executivo.

Questionado se vai promulgar o decreto aprovado em Conselho de Ministros que autoriza o início da exploração florestal, Sissoco Embaló confirmou que o documento entrou no seu gabinete e será analisado pelo gabinete jurídico. Contudo, reitera que até ao momento não há nenhum documento  que autoriza corte de madeiras.

Por: Aguinaldo Ampa