PESCADORES ALERTAM SOBRE POSSÍVEL ESCASSEZ DE PESCADO NA GUINÉ-BISSAU 


O presidente da Associação Nacional de Pescadores Artesanais (ANAP) fez esta terça-feira uma alerta sobre as possibilidades de o pescado vier a faltar no mercado nacional.

“Já estamos no período  mais difíceis de pescar, que são  meses de Julho, Agosto  e Setembro em que  se torna difícil capturar os peixes na Guiné-Bissau, a não ser com embarcações de grandes capacidades que atingem as milhas, disse Augusto Dju em entrevista à ANG.

Acrescenta quen muitos pescadores são agricultores,   que quando chega a época chuvosa vão todos para o campo de lavoura.

 

Sustenta que a maioria dos pescadores não tem pirogas com capacidades para levar muitos dias no alto mar e que só usam  pequenas canoas de remo  que fica dentro de rio e na época de chuva o mar fica mais agitado pelo que muitos guardam suas canoas para se  dedicar a lavoura.

Por outro lado, disse que, não  há muito peixe agora por causa da invasão dos pescadores dos países vizinhos:   Guiné Conacri nas localidades do sul do país e de Senegal, no norte e até Serra-leoneses e Ganeses refugiados, que acamparam  no país e se dedicam atualmente a faina.

Dju adianta  contudo que a partir de dia 15 de Agosto   haverá falta de pescado do tipo tainha, bagre e djafal tendo em conta que vão emigrar porque vai haver  muita água doce.

“Os peixes precisam de mistura de águas doce e salgada e nesse tempo começa-se  a verificar a subida do preço do pescado, por rutura do  stock”, afirmou.

Referiu que, nas zonas das ilhas neste momento existem  muitos pescadores bijagós que deixaram de praticar a faina para irem ao cultivo de arroz e que só em Outubro, quando já terminarem a colheita, é que voltam à pesca e se dedicam ao mar 100 por cento.

Augusto Dju explicou que está-se agora no período de água morta em que a pesca diminui bastante, acrescentando que, daqui a pouco, o mar vai entrar no seu período de água subvivo em que os  peixes reproduzem muito.

Notabanca;28.07.2020