Campanha eleitoral

Domingos Simões Pereira diz que não haverá alternativa à escolha do Povo na urna
Bisssau,22 Nov 19(ANG) – O candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), às presidenciais de 24 de Novembro, afirmou que a Lei deve ser respeitada por todos e que não haverá nunca mais no país a alternativa à escolha do Povo nas urnas.

Domingos Simões Pereira que falava hoje em Bissau, perante milhares de apoiantes no último comício da campanha eleitoral, disse que a sua candidatura apresentou um Manifesto ao Povo guineense durante os 21 dias da campanha eleitoral, com ambição e visão clara para a Guiné-Bissau.
“No nosso Manifesto, afirmamos que, enquanto Presidente da República,  vamos unir os guineenses como um só Povo, porque queremos para que todos nós sermos parte de uma única Nação ,sem pertença étnica, religião ou cidadão da cidade ou tabanca”, explicou.
O líder do PAIGC sublinhou que os guineenses devem demonstrar que são um único Povo, acrescentando que para o efeito devem ser capazes de celebrar a referida identidade que os une.
“A nossa presidência vai produzir a reconciliação de forma a fazer os guineenses unir de novo, depois de muitos anos de tentativa de divisão no seio da nossa sociedade, tendo em conta que somos  filhos da mesma terra”, disse.
Domingos Simões Pereira salientou que, se for eleito Presidente da República, irá fazer uma nova digressão à todas as regiões do país, para  ouvir as preocupações do Povo guineense, conselhos dos anciões e formulas, de facto, para unir a nação guineense.
“Quando apresentamos os problemas  que enfrentamos no país, as pessoas de outros países, questionam se de facto não temos homens grandes na Guiné-Bissau, capazes de intervir para encontrar  soluções”, frisou.
Disse que, para o efeito, se for eleito chefe de Estado, irá criar as condições para que os anciões sejam respeitados na sociedade guineense, acrescentando que não para eles demonstrarem que são os mais sábios, mas têm que ser ouvidos em todas as circunstâncias, de forma a indicarem o caminho a  percorrer.
“Vou reencontrar com os homens grandes de todas as regiões do país para lhes transmitir a nossa confiança no futuro do país, para que possamos ser capazes de dizer que não temos outro paraíso para viver a não ser a Guiné-Bissau”, sublinhou.

Domingos Simões Pereira frisou que não irá permitir que as pessoas nos dividem com base na religião, cor de pele ou na diferença dos cidadãos que nasceram nas tabancas com os da cidade.
Acrescentou que devemos levantar todos para demonstrar que, se existe algo de bom no país, é a humildade e tolerância do Povo guineense.
“Então devemos levar a esperança, o convencimento de que nós todos vamos ser  suficientes para criar um país que Amílcar Cabral e outros combatentes da liberdade da pátria nos tinha prometido”, declarou.
Domingos Simões Pereira informou que enquanto Presidente da República irá trabalhar para que, de facto,   os guineenses encontrem a concórdia nacional, proclamada há muitos anos.
Disse que isso significa que irá trabalhar para que haja justiça, para que as leis sejam implementadas no país, acrescentando que vai igualmente recordar as pessoas de que é possível perdoar e sermos capazes de esquecer os erros do passado e projectar o futuro de reconciliação.
“Enquanto Presidente da República vou garantir  que a justiça tem que funcionar. Vou pedir o perdão de facto, mas nunca vou interferir na justiça de forma a condicionar a sua capacidade de chegar junto de todos os cidadãos”, prometeu Domingos Simões Pereira, apoiado pelo PAIGC, vencedor das legislativas de março passado, e por vários  outros partidos sem assento parlamentar. ANG/ÂC//SG