UNIOGBIS QUER QUE AS ELEIÇÕES PRESIDÊNCIAS DE 24 DE NOVEMBRO TERMINE COM A INSTABILIDADE POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU???

A Chefe da Secção de Direitos Humanos de UNIOGBIS diz que o recuo que a Guiné-Bissau tem vindo a enfrentar nos últimos anos, deve-se a instabilidade política sobretudo no período pós eleitoral.

Mireya Peña Guzman fez estas declarações esta quinta-feira (14/11) no acto da abertura do seminário de formação de dois dias aos agentes da sociedade civil sobre “Monitorização dos Direitos Humanos no Contexto Eleitoral”.

De acordo com esta responsável o escrutínio de 24 de Novembro deve servir para inverter a tendência do ciclo de instabilidade a fim de construir alicerce solida para construção de uma sociedade fundada nos valores de paz, democracia e direitos humanos.

“ Nos últimos anos, o quadro global dos direitos humanos e revolução política, social e económica na Guiné-Bissau é caracterizado por avanços e recuos. Esta constatação deve-se essencialmente a instabilidade política sobretudo no período pós eleitoral, portanto as eleições presidências devem servir para inverter esta tendência e construir alicerces sólidas para a construção de uma sociedade fundada nos valores de paz, democracia e direitos humanos”, referiu.

Por outro lado, Guzman apelou aos jornalistas para absterem de discurso que possa incitar ódio e violência ou a discriminação durante esta campanha eleitoral. “ Pois os interesses para as disputas eleitorais são ideias, programas e projectos políticos voltados para a promoção de desenvolvimento, estabilidade e justiça social. O papel da sociedade civil é fundamental para o equilíbrio do processo eleitoral, todavia esta participação deve respeitar os princípios da objectividade, imparcialidade e a independência face aos interesses públicos”

Entretanto, o vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Vitorino Indeque advertiu aos candidatos que o momento é de suma importância para estabilização do país. “ Também o momento é de muita responsabilidade. Cada um dos candidatos mesmo se for derrotado, deve fazer o que estiver ao seu alcance para ajudar o país”.

Durante dois dias vão ser abordados padrões internacionais de direitos humanos e aspectos a monitorizar no contexto eleitoral; Dimensão género no processo eleitoral e monitorização de grupos específicos entre outros.

Por: Marcelino Iambi

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